CANHÕES DE NAVARONE - Quintal do Dalai

CANHÕES DE NAVARONE

  • por em 14 de novembro de 2020

Vinnicius Silva/Cruzeiro/Flickr

Antigamente, nas guerras, era fundamental conhecer a localização dos canhões inimigos. Deles, camuflados até então, partiam os balaços que destruíam tropas, navios, construções. Localizados, era mais fácil atacá-los ou se proteger deles.  Na Segunda Guerra Mundial, os nazistas instalaram 2 canhões enormes, controlados por radar, na ilha grega de Navarone. Eles impediam a saída de tropas britânicas aquarteladas numa ilha vizinha. Filme inesquecível, lançado nos anos 60, conta a epopeia dos aliados para localizar e destruir aquela fortaleza.

Hoje, a Internet transformou cada grupo social em canhões com potência muito maior porque atravessam o mundo. Não adianta localizá-los, são indestrutíveis. Não causam danos materiais, pelo menos diretamente. Mas destroem vidas, moralmente. É por isso que devemos ter o máximo rigor com duas etapas no uso desses canhões: munição e mira. O que vamos atirar é verdade ou fake? E o nosso alvo é culpado, suspeito ou inocente?

Como já pontuei aqui, tenho a honra de participar de 30 canhões:

 Benvindo Felipão, Bora Reconstruir, China Azul, Cruzeirão,  Cruzeiro Imortal, Cruzeiro Minha Vida, Cruzeiro Social, Cruzeiro Mil Grau, Cruzeiro Hexa, Ex CG, GDT, Gigante de Minas, Juntos Somos Cruzeiro, La Banda, Minas Arena Cruzeiro, Nação Celeste, Nação Cruzeirense, Nação Cinco Estrelas, Novo Nação Azul, Rei de Copas, Reconstrução Cabuloso, Palestra Zeiros 1, Palestra Zeiros 2, Parabéns Felipão, Time do Povo, Turma 5 Estrelas, Sangue Azul,  Sangue Azul CEC, Somos Cruzeiro, Somos Gigantes. 

Alguns são novos, recém-criados, mas compostos de combatentes antigos, veteranos de guerras. Uma senha isola na Internet cada grupo, limitando-o aos seus membros. Mas um denominador comum, como um fio invisível envolve todos eles num só corpo, num barco, chamado Cruzeiro.

Paixão, devoção, raiva, ódio, angústia, esperança, decepção, confiança, dúvida. Estes são os ingredientes do nosso coquetel de todos os dias. A quantidade usada de uns e outros, para o gosto prevalecer no misturador, mel ou fel, depende tanto de grandes acontecimentos, como contratações e demissões, como de pequenas coisas: declarações de um ex jogador, de um dirigente, ou infelizmente como se tornou rotina nos últimos tempos, manchetes de páginas policiais. Nossas sensíveis antenas captam essas mensagens e sem que a gente queira, elas vão moldar o nosso humor no dia. Isto é viver o Cruzeiro. Por isto, os grupos sociais são tão importantes quando se transformam num abraço de solidariedade, irmãos de dor que se consolam.

Mas também se realimentam de coragem e motivação quando convocados à luta.

Aí, que me perdoem o confessado egocentrismo neste particular: de todos os 9 milhões de combatentes da Nação Azul ninguém como eu sentiu, participou, integrou e co-dirigiu a potência desses Canhões de Navarone quando na enfurecida luta por uma causa tão nobre: arrancar da direção do Cruzeiro quem nunca deveria estar lá. Senti na alma a força dessa torcida. E é apenas dela o mérito pelo que foi conseguido. Como presidente interino nunca perdi uma oportunidade de proclamar o quanto nos tornamos devedores da torcida.

Por isso, gostaria de interagir com todos esses grupos quando, neles, sou diretamente perguntado sobre questões envolvendo o Clube, mas é impossível. São 10 a 15 polêmicas levantadas todo dia. Não há tempo nem espaço disponíveis.

Bola pra frente, com um pedido. Munições sem fake news. Só balas da verdade!

BATE PAPO NO QUINTAL

1. O tempo corre. Está ficando cada vez menor para que se apresentem sugestões à Comissão de Reforma do Estatuto. Não podemos perder a oportunidade de elaborar um Estatuto que já não nasça cheio de impropriedades a serem consertadas na próxima reforma, como sempre acontece.

2. Tão apressada para fazer o que não deve ou que não tem urgência, a Mesa diretora do Conselho Deliberativo, cujo mandato acaba dia 31 de dezembro, continua adiando a marcação de eleição da nova Mesa. Se o propósito for o de forçar a reeleição, o que é vedado pelo Estatuto, seria aconselhável desistir por bem.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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geraldo

Hoje chega mais um ex jogador, muquiço, para se juntar a Henrique, ceca lourenço, Leo 200 kilos de bunda, Sasa cachaceiro, David e sua quadrilha , Benecyetc.
O presidente Dona Maria, a louca, segue firme em sua ardua tarefa de impedir a limpesa do clube, ao mesmo tempo qu acelera a sua destruiçao. E claro que nao podem destruir o clube, mas vao atrapalhar bastante, so espero que a torcida acorde a tempo e de um fim a esses escrotos.

Jason D' Cézaris

Sr. Geraldo gostaria de saber o diabos vc está fazendo pra ajudar o clube enquanto fica com esse argumento ridículo atrás dos teclados!

geraldo

Jason, eu era socio torcedor e cancelei ainda na gestao Dr Gilvan, cancelei porque meu dinheiro e fruto de trabalho, nao dou dinheiro para vagabundo roubar o meu clube do coraçao. Quando comecei na decada de 60 no mineirao, nos era mos uma pequena fraçao , ficavamos num cantinho e o atletico ocupava o resto do estadio. agora me responda qual e o seu interesse em defnder essa quadrilha??? ou voce faz parte??? diz ai cara????

Fabricio

E os 6 pts Dalai? O Gatti vai entrar em campo pra “correr um pouco mais” como ele disse que o time tinha que fazer? Esse mesmo Gatti falou que nao colocaria 1 centavo dele no Cruzeiro nem por empréstimo, então o que ele foi fazer no CG? Vários empresários ali, inclusive um bobao dono do Nova Safra que vocês queriam colocar como presidente so por causa do sobrenome e NINGUÉM quis ajudar o Cruzeiro finaceiramente. 5 milhões pra esse povo não é nada e eram 7 pessoas bem sucedidas tocando o clube. Esses caras nao deveriam nunca mais se envolver com o clube.

Luis

Pois e fabricio os 6 pontos devem ser lembrados diariamente, tenho a impressao que nao subiremos por esses pontos. Grande deserviço fizeram ao clube

danielsantos60

Grande filme os Canhões de Navarone. Mas é uma história fictícia. Aqueles canhões nunca existiram de verdade.