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CARTA ABERTA A DINIZ

Fase amarga. Uma vitória nos últimos 10 jogos. Mas, impossível esconder esperanças com você.

Difícil, não admirar sua coragem e persistência nesse sistema de jogo modo roleta russa.

No Maracanã quinta-feira, cativante assistir no pré-jogo o seu reencontro com o time carioca, o pessoal da comissão técnica, a turma da faxina de vestiários, os roupeiros, os seguranças. O mesmo aconteceu em campo, com os seus ex-jogadores. Abraços e beijos como os que damos e recebemos de nossa família. Isto é muito, no retrato das pessoas e no complicado campo dos ajustes emocionais.

O coração quase não aguentou, mas gostei do time. Saímos daquele marasmo de passar o primeiro tempo trocando bola em nosso campo. Sem emoções, mas também sem um chute de verdade a gol.

Desta vez foi um amasso. Flu recuado, pedindo água. A gente em cima, empilhando oportunidades. Como você deve ser sócio do laboratório que produz Lexotan, de vez em quando nossa defesa entregava a bola a um atacante adversário na grande área. Sufoco geral. Precisamos, mesmo, disso? Tem de ser assim? Ou poderemos, nessas duas semanas de folga, treinar saídas menos curtas num esquema que, com dois ou três toques, a bola já esteja no campo oposto, sob nosso domínio?

Readaptados atrás, vamos para o ataque: veja as estatísticas de bolas perdidas, até bisonhamente, quando pra infiltrar temos de ir costurando passes dentro do miolo defensivo. É muito difícil. A genialidade de Matheus Pereira, destacada até por Mano Menezes, não supre a carência técnica de companheiros. Falta harmonia. Futebol não aceita samba de uma nota só. Exige treinos meses a fio, e “combinando com os russos.” A alternativa são passes mais alongados, fugindo do tumulto.

Não sei como. Mas você sabe.

Podemos conferir no próximo jogo?

BATE PAPO NO QUINTAL 

1. Brasil hexacampeão mundial de futsal – título conquistado da melhor forma possível: contra a Argentina, no Uzbequistão. 2 x 1, sendo que o gol dos platinos foi marcado nos minutos finais da partida. Aí, ferveram em cima e o Brasil cometeu a quinta falta; a próxima seria convertida em pênalti. Faltavam 4 minutos. Parecia faltar meia hora. O relógio emocional é assim mesmo. Impressão de parado pra uma torcida. E voar pra outra. Um suplício. Foi como troca de passes na pequena área por 10 minutos entre Zé Ivaldo e Cassio.

2. Lei do Ex inaugura Arena MRV – Encerrado Atlético 2 x 2 Vitória, o zagueiro Bruno Fuchs ainda procurava o atacante Alerrandro. “Ele tava aqui, fingiu que ia por ali…”

Formado nas categorias de base do Atlético, Alerrandro marcou o gol de empate com requintes de crueldade. Recebeu a bola ainda no campo do Vitória e partiu pra frente, sozinho. Fez gato e sapato da zaga atleticana. Caprichou mais com Bruno Fuchs passando duas vezes por ele no estilo “vai que não vou”. Merece placa na Arena.

3. Augusto, distraído, continua a promoção de secadores. Como se sabe, todo o estoque é de peças restauradas, acionadas durante meio século, pela sofrida massa atleticana. Augusto aposta na inoperância deles. Inesperadamente, passaram a funcionar sábado e, tudo indica, vão repetir a dose quarta-feira também, no jogo contra o Grêmio.

4. Paulo Pimenta lança míssil contra o blogueiro:

“Ai, não Dalai! No item 4 você se equipara aos vândalos quando tenta justificar a quebradeira da torcida cruzeirense como “legítima defesa” ao deparar com banheiros sem portas e sem papel higiênico, torneiras secas e bares fechados no setor de visitantes da Arena MRV. Você tem netos? É assim que os ensina a reagir? Foi assim que ensinou seus filhos? Não perca a credibilidade com os leitores inteligentes ao trocar o juízo e o bom senso pela paixão clubística”.

Meu caro Paulo, naqueles lamentáveis episódios ocorridos na Arena MRV, primeiro clássico ali, entre os dois clubes, a expressão “legítima defesa”, assim, entre aspas, foi cunhada por alguns comentaristas, não com o propósito de justificar, mas sim igualar as duas posturas: da direção do Atlético e da torcida cruzeirense. Com uma diferença crucial: muito mais grave a ação do Atlético pois foi “crime premeditado”, de cabeça fria, preparado desde muito antes  pra vilipendiar o adversário.

Sublimação, controle emocional, resiliência, podemos ensinar e exigir de nossos filhos e netos. Não, de multidões ofendidas de forma injusta, aviltante, inesperada.

5. Adriano Pereira põe o dedo na ferida:

“… quem não faz gols não ganha jogos. Esta frase é óbvia. Mas o óbvio tem de ser dito para que a atual diretoria não ache que Lautaro, Kaio Jorge e Veron são goleadores. O Cruzeiro perdeu o jogo para o Fluminense porque nossos atacantes são inimigos do gol. (…) Se eu fosse o Diniz focaria agora em treinos de finalizações, deixando de lado nesse momento o estilo de saída de bola…”

Adriano, o jogo contra o Fluminense merece uma monografia.  Apesar do resultado, houve evidente evolução. A gente já estava se acostumando em jogar no lixo o primeiro tempo. Intensidade zero.   Apenas um ou dois chutes a gol, de fora da área. Quinta, no Maracanã, foi um bombardeio. Os cariocas, acuados, só tiveram as chances (grandes) que demos a eles, nas perigosas saídas de bola, também conhecidas como “tentativa de genocídio azul”.  Por falta de qualidade, perdemos dois ou três gols chamados de “feitos”. Várias finalizações frustradas.

Quando os jogadores são excepcionais, basta uma oportunidade. Na nossa intermediária, mais à direita, Ganso recebe a bola de Arias e pressente sua posição engatilhada. Marlon se aproxima cauteloso, pernas abertas… e é por debaixo delas que Ganso devolve a bola em diagonal para Arias. Ele avança, acerta intuitivamente o posicionamento do corpo e do pé. Certeiro, chuta no canto fora do alcance de Cássio. Isto se chama “qualidade técnica”. Quatro ou cinco bolas semelhantes a essa foram lançadas para nossos atacantes no primeiro tempo. Faltou um Arias.

6. Roberto Cardoso de Sousa não suportou a pressão das últimas semanas e acabou submerso num ato falho. Inconsciente, atribui ao blogueiro a sua própria viagem na maionese:

“Caso típico de confusão mental provocada pelo delirius tremulus”. Compreensível, tamanho o número de pancadas que vem sofrendo o nosso anfitrião.”

A partir daí, enumera os episódios que, a seu ver, recomendariam um olhar psiquiátrico mais atento sobre o blogueiro: a estimativa de rombo anual de 120 milhões de reais em passadas administrações do Atlético e a saudação ao Sub-20 do Cruzeiro como vice campeão brasileiro. Sobre o alto valor do calote – 10 milhões/mês – acha extremamente elevado, classifica como “sandice”. Sobre o título do Sub-20 recomenda que o tratamento certo do Cruzeiro é “perdedor do campeonato brasileiro, assim como os outros participantes à exceção do Palmeiras. O resto é conversinha fiada pra boi dormir.”

Meu caro Roberto Cardoso, tome bastante água, repouse uns dias, afaste-se dos psicotrópicos e nem pense em escrever até que as coisas lhe pareçam mais claras.

Vamos por partes, como diria Jack. O valor de 120 milhões/ano, de falcatruas no Atlético foi apresentado pelo gestor Rubens Menin; Ao contrário do que você finge pensar, o título de vice-campeão é significativo. Mostra o êxito do trabalho durante o ano. O Cruzeiro tem conseguido excelentes resultados com suas divisões de base sub-15, sub-17 e sub-20. Ocorre o mesmo com o time de vôlei e o futebol feminino. Com o Atlético é o contrário: vexame após vexame. Isto não é “conversinha fiada pra boi dormir,” reflete o zelo (ou descaso) da  administração com o nome do Clube. Mas há uma luz no fim do túnel e não é o trem se aproximando. Sábado, o sub-20 atleticano sagrou-se vice-campeão mineiro. O título foi conquistado pelo América. Já é um bom recomeço. Isto é muito. Falta agora a gestão dos 4-R olhar as demais divisões, principalmente  o futebol feminino.

7. Pé de Anjo?  Marcelinho Carioca popularizou uma cobrança de falta psicodélica, dificílima de executar porque a bola muda de direção no meio da trajetória, enganando por completo o goleiro.  Explicava que era uma batida exclusiva de quem tem pé pequeno.  No máximo, 36.

Ontem, na decisão do futsal, contamos com o melhor do mundo, o chapecoense Pito. Não poderia  jamais bater falta à la Marcelinho: calça 45.

GARIMPO

“A gente está falando de um conjunto de atos inadequados e violentos, sem consentimento e reciprocidade, que, infelizmente, mulheres do mundo inteiro vivenciam diariamente.”

(Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, depondo como vítima, sobre assédio)

Dalai

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