Categories: Notícias

CBF – CASA BANDIDA DO FUTEBOL?

O termo é do jornalista Juca Kfouri e mais uma vez, mundialmente, está sendo colocado à prova com o afastamento preliminar do presidente Ednaldo Rodrigues e diretores, tudo sob os olhos correcionais da FIFA.

Já tivemos presidentes presos e outro recentemente que, mesmo se chamando Marco Polo, não podia colocar os pés fora do País.

No caso, embora a decisão unânime de Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (ainda sujeita a recursos) aponte, basicamente, incompetência do Ministério Público para o ajuste que resultou na eleição de Ednaldo, não se pode ignorar a administração desastrosa que vem manchando o futebol brasileiro, em todos os níveis:  Mundial Sub-17, eliminado pelo Irã; Mundial Sub-20, eliminado por Israel. Dois países cuja tradição no futebol é a mesma do Brasil em Rugby. Nas eliminatórias para o próximo mundial, preocupante sexto lugar, sendo ultrapassado até agora por Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela e Equador. Destaque maior para o vexame duplo contra a Argentina de Messi, no Maracanã.  Pisamos na bola em campo e na arquibancada onde faltou competência pra separar, com segurança, as duas torcidas.

Este é o retrato capenga do futebol brasileiro revelando-se para a América do Sul e o mundo. Uma pena, ante a nossa tradição campeã, construída com a arte e o sacrifício de tantos craques. Detalhe paroquial: Ednaldo, e toda a diretoria afastada são os mesmos que, após serem regiamente homenageados na Arena RMV, pegaram o “título” ganho pelo Atlético há 80 anos, em 1937, com a participação apenas das Forças Armadas e Clubes de Minas, Rio e Espírito Santo, transformando-o em Campeonato Brasileiro. Deixaram de fora os clubes de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Norte e Nordeste. Inconcebível! Inimaginável!

BATE PAPO NO QUINTAL 

1. Novo técnico do Cruzeiro  Fernando Rubén Gago, 37 anos, ex-companheiro de Ronaldo no Real Madrid, meio campo de estilo que lembra Falcão, deve ser o novo técnico do Cruzeiro.  É esperado nesta semana, para os acertos e, em seguida, o planejamento de nossos rumos para 2024. Antes da fase-Europa, Fernando marcou época jogando no Boca Juniors.  Como treinador teve vitoriosa experiência no Racing. Tomara que faça o mesmo, aqui.

2. Manuel Panhame faz promessa de lançamento literário no QUINTAL: Contará a riquíssima história tricentenária de Peçanha. Projeto embrionário, concebido com garantia de sucesso. Entre mil casos que poderiam gerar livro, cada um, o “problema” de Panhame será selecionar. Já estou na fila pra pegar o primeiro exemplar, com direito a dedicatória de, pelo menos, 10 linhas.

3. João de Deus Filho confessa:

“Que engraçado, né? Como o mundo dá voltas. Nós, que sempre fomos zoados, nos meus 65 anos passei muito tempo tentando encontrar formas ou motivos pra zoar os azuis. Era difícil, nossa situação era terrível. Mas, eu tentava…”

Meu caro João de Deus, por estas e por outras você é o nosso Guru da Racionalidade. Jamais se acha capaz de tampar sol com peneira. De fato, houve um tempo, não distante, que durou cerca de meio século, em que era mesmo muito difícil atleticano zoar cruzeirense. A saída era terceirizar e torcer contra nossos adversários. A gente era feliz e sabia. Nas arquibancadas, aquele refrão que cutucava nervo de dente exposto: “Não ganha nada, time sofredor…”

Agora, sem dúvida, vocês estão o Maior de Minas. Só que a roda gira. E desta vez, mais depressa.

João, quanto à terceirização, por exemplo, sexta-feira passada vocês vibraram no vôlei, esporte que é um zero à esquerda no Atlético. Na Índia, o Sada-Cruzeiro, segundo maior campeão mundial, foi eliminado na fase de grupos pelo Halkbank Spor Kulubu, da Turquia. Ouvi centenas de foguetes explodindo. Entendeu?

4. Fabio Souza, a propósito, reproduz reportagem do GE, com o ranking atualizado do futebol brasileiro. Mesmo tendo permanecido três anos seguidos na B, consequência do tsunami interno/pandemia, o Cruzeiro ainda é o maior campeão brasileiro fora do privilegiado eixo Rio-São Paulo. Está em 6º. O Atlético, com seus milhões, 4-Rs, Arena, Empáfia, Eu Acredito, etc, etc, etc, está em 10º.

Desculpe-nos, periferia.

5. Fred Melo Paiva – conformado:

“Tá ruim mas tá bom, foi péssimo mas foi ótimo… o Bahia parecia a Alemanha. A gente olhava para a beira do campo e lá estava o Felipão, credo, que assombração. Só faltou a Alegria nas Pernas já ter voltado do exterior.”

6. Ronaldo manda carta – Endereçada à Nação Azul, agradece a cooperação da torcida e promete dias melhores, o que, obviamente, só pode ser garantido com investimentos pontuais. Outra vez, joga na nossa cara que pegou o Cruzeiro em “estado terminal”. Foi obrigado? Ou tomou decisão de investidor? Que tal virar esta página e olhar pra frente?

Felizmente admite que é simples mortal e cometeu erros. Um deles sem bola, mas que machucou o mundo celeste: aquela ideia maluca de trazer gente de São Paulo e do Rio pra maquiar nosso Raposão.

No geral, porém, penso que Ronaldo está sendo aprovado como gestor da SAF cruzeirense. Escapamos do rebaixamento e garantimos participação na luxuosa Sul Americana do próximo ano. Pouco, para o que fomos ontem. Muito, para o que somos hoje.

7. Jamicel concorda com o blogueiro:

“Ao olhar de maneira pragmática, a SAF cumpriu o segundo objetivo, após o acesso, ou seja, permanência na Série A e vaga em uma competição internacional. 2024 tende a ser diferente, principalmente com a manutenção da sinergia entre torcida e time!”

8. New look – Ademg informa: substituição de fake no QUINTAL. Sái “Bôca Suja-Coliformes Fecais” entra “Fala Mansa-171”. Mas luvas de pelica não camuflam digitais. Como advertia Buffon, já lembrado aqui, “o estilo é o homem.”

No caso, apesar da sofisticação, continua uma tartaruga querendo se passar por coelho.

GARIMPO

“Enquanto você pede benção pra tia, mais um gol do Bahia”.

(folclore nordestino)

Dalai

Ver Comentários

  • Querido Galai! Só para lembrar mesmo que quem concedeu o título do FAX para o vaidoso BBBruzeiro foi o honestíssimo Ricardo Teixeira. Insiste em desmerecer um título dos outros , mas os seus são bem válidos, ainda mais com a alcunha do Beneci!

    • Prezado Paulinho Boia, a Taça do Brasil de 1966, “contou com a participação de vinte e dois clubes. Os campeões estaduais do ano anterior estavam garantidos .”
      E as finais foram contra o time mais poderoso do mundo, o Santos do Pelé!
      O de 1937 tinha: Galo, Americano(RJ),Fluminense (RJ), Portuguesa(SP) e a poderosa ……. Liga da Marinha(RJ).
      Tem certeza que quer discutir sobre isso?????

      • Amigo a questão que eu disse não foi está, e sim a lisura de quem concedeu os títulos, isso que foi comentado pelo Galai. Agora o campeonato que havia na época de 37 foi o que o Galo jogou, você quer discutir as condições de 1937 com as de 1967, transporte, estadia, estádios, será que era a mesma coisa? Será que daria para fazer um campeonato como o de 67? Pensa aí !

      • Eu quero!

        1) Em primeiro lugar, o futebol de 1937 era diferente do futebol de 1966. Como o de 1966 era diferente do de 2023. Cada época com sua história, suas limitações, suas possibilidades.

        2) Em segundo lugar, em todos esses anos, o time vencedor foi considerado campeão brasileiro (ou nacional) pelas pessoas da época e assim está registrado nas páginas da imprensa.

        3) Em terceiro lugar, por uma questão de OPINIÃO, penso que os títulos de cada época têm sua história e seu valor e não há o que ser “equiparado” aos campeonatos modernos que surgiram depois.

        4) Em quarto lugar, vencido em minha OPINIÃO, por uma questão de COERÊNCIA, penso que o que vale para um, vale para todos. Se podem ser desconsideradas as limitações do campeonato de 1966 em relação aos campeonatos brasileiros que vieram depois, também devem ser desconsideradas quaisquer limitações dos campeonatos anteriores, desde que provado que eles, com suas limitações, representavam e foram considerados o campeonato nacional (ou brasileiro) da época.

        5) Por último um exemplo. Por muito tempo o campeão da América (do Sul) e o campeão da Europa disputavam um ou dois jogos a título de campeonato mundial (?). Dois continentes representando o mundo. Pode isso? Houve um clube que disputou esse torneio uma vez e levou uma traulitada. Tendo uma segunda chance, alugou um time inteiro para tentar ganhar, mas levou outra traulitada. Pergunto: Se esse time tivesse ganho um campeonato “mundial” com representantes de apenas dois continentes ele seria considerado “campeão mundial” pelos seus torcedores? Se esse protótipo de campeonato mundial que a Fifa veio a instituir anos depois não vale, podemos dizer então que o time vaidoso nunca disputou um torneio mundial? Ou nesse caso vale um “mundial” com dois continentes?

  • Bom dia a todos,

    Dezembro é um mês tão cheio de atividades e de tantas emoções... Aí a gente acaba nem tendo tempo para vir aqui zoar nossos sofredores amigos bbbruzeirenses (desculpem a redundância).

    E apesar do atraso, não poderia deixar de destacar o título da coluna passada. “Conseguimos empatar com o campeão”. Sim, havia muitos motivos para comemorar! Poderia também ter sido “conseguimos escapar do rebaixamento”. Ou ainda, numa retrospectiva, “Conseguimos vencer o Galo na Arena MRV”. Como diria o Roberto, aquele que só anda de azul, são tantas as emoções...

    E teve também, na coluna passada, a lembrança, inesquecível, do Atleticano se divertindo com as aventuras alemãs de Bayern e Borússia. A bem da verdade, isso foi coisa de Estudiantes. Porque profissional mesmo foi o carnaval fora de época na avenida Raja feito por bbbruzeirenses, entre ainda assustados e aliviados... Dizem que nem quando conquistaram títulos fizeram uma festa tão grande como aquela. Eu, diretamente de Marrocos, só pude agradecer aos meus amigos bbbruzeirense por tanta demonstração de importância e consideração que nos ofereciam. Trouxe até duas camisas do Raja para amigos bbbruzeirenses mais próximos. Porque nós, isentos de vaidade, sabemos rir de nós mesmos. Agora uma coisa é verdade. Nós entramos no inconsciente do bbbruzeirense. Isso é um fato.... kkkkkkkkkkkk

    Mas hoje, acabado o desespero, ou melhor, o campeonato, o nosso estimado Dalai vem nos trazer uma reflexão sobre a CBF. Começo lendo achando que será uma crítica profunda e consistente e acabo, decepcionado, descobrindo que tudo aquilo foi só para, mais uma vez, protestar contra o reconhecimento do título de campeão brasileiro do Galo de 1937. A montanha pariu um rato... kkkkkkkkkkkkkkk Tá difícil de aceitar, né? Pois aceita que dói menos....kkkkkkkkkkk

    E o Dalai nos brinda com um trecho da reflexão do Fred Melo Paiva. Esse, atleticano de corpo e alma, é um retrato do torcedor atleticano raiz. Sim, nós sabemos rir de nós mesmos. Talvez por falta daquela vaidade tóxica, nós nos ‘autozoamos’. E por isso gostamos tanto de zoar bbbruzeirense. É divertido ver o quanto eles ficam incomodados... Kkkkkkkkkkkkkkkk. “Empatamos com o Campeão”, “Ganhamos do Galo”; “Garantimos participação na ‘luxuosa’ Sul Americana” (aquela que não valia nada...). kkkkkkkkkkkkkkkkk A vaidade bbbruzeirense é divertida....

    E agora resta para nós atleticanos lamentarmos a frustração de um terceiro lugar no campeonato e ver a alegria do bbbruzeirense comemorando o seu 14º lugar, a sua permanência entre os grandes e a sua participação na “luxuosa” Sul Americana. Cada um com suas metas, expectativas e conquistas, de acordo com seu tamanho... Como diria o Fred, tá ruim mas tá bom! Sorte a dos bbbruzeirenses que atingiram seus objetivos! Tá ótimo? Não! Tá Excelente!

    E agora, como diria o Adilson, é aguardar porque depois do prolixo Autuori, o Gago vem aí. Vai ser uma mudança e tanto! Até 2024!

  • Dalai, como o GALÃO te machuca! Até hoje você se contorce todo pelo título de 1937!
    Esquece o GALÃO!
    Cuide melhor do CSA/MG que continua em estado terminal!!!

      • O ultimo vagabundo que ficou fazendo cometarios chulos e ofensivos com o Glai teve seu endereço e local de trabalho revelado, depois disto desapareceu. Se eu fosse você, Eudardo Vagabundo Silva, FAKE USURPADOR DE NOMES, tomava cuidado.

  • Bom dia, bom dia, bom dia!
    Obrigado, Dalai, anfitrião de Minh'Alma, pelo incentivante comentário a respeito do meu novo projeto histórico quintalino. Mas, preliminarmente, precisei entrar aqui, de novo com faca nos dentes, pra te responder, amigo especial, dizendo em voz alta, olho arregalado e espuma nos cantos da boca, que o fax de 66 também foi remetido pela Casa Bandida do Futebol, em tempo integral comandada por personalidades sob suspeita. Da Casa Bandida, com carinho, para a Máfia...

  • Bom dia Dalai. Fico admirado da audiência atleticana neste minifundio nobre Dalai. O Cruzeiro incomoda mesmo né. Se não fosse a derrota para o Cruzeiro e a derrota para o Coritiba na Meu Rival Venceu o clássico, e também a derrota para o Bahia o galo teria sido Tetra campeão brasileiro. Abraços nação azul. Vai lá Machado joga milho pras galinhas. KKKKKK

  • O Steeleye Span, na abertura de seu primeiro disco, publicado em 1970, inicia prometendo 'a audiência um mergulho nas histórias medievais que compõem a herança tradicional britanica. Neste formato quase, Manuel Panhame, índio atemporal, inicia esse relato de fatos relevantes ou nem tanto que se encontram incrustrados nas paredes eternais da história quase tricentenaria de Peçanha, o berço da cultura e da irreverência no nordeste mineiro. Para início de nossa conversa, TetraCAMpeoes de um lado, temporários escapantes do TetraNaB de outro, Manuel Panhame, Atleticano e Atleta de alcova, duas palavras que ao final representam uma única coisa, deseja esclarecer dois pontos, eles sendo em primeiro lugar a atemporalidade deste historiador que vos fala escrevendo. Atemporal, amigos quintaleiros, não significa eterno, como os bons estudantes da filosofia já sabem bem sabido. Significa tão apenas fora do tempo ordinário, como o concebem os que estão, temporariamente, revestidos da matéria. Alguns, não todos os da minha raça, usufruem em vida física dessa benesse maravilhosa e misteriosa, segredo de nossa ancestralidade, mantido a sete chaves. Explica-lo sendo vetado aos que o possuem __ também temporariamente __ e de igual modo indesejado por eles. Compreende-lo é impossível ao homem civilizado, formatado em corrosivas e pouco confiáveis bases racionais. Tendo dito isso, Manuel Panhame aborda, com a vossa permissão, o segundo ponto ainda carecido das melhores lapidacoes. "Em que podem nos interessar histórias de uma cidade da qual a maioria de nós nem ouviu até então falar o nome"? As histórias de uma comunidade, não importando qual seja ela, vêm sempre revestidas de universalidade, perceber essa universalidade, degusta-la representando a ocupação e o deleite continuado e principal de escritores e leitores. "Mas nós estamos num blog esportivo, do Cruzeiro, não nos interessando divagações históricas, sim os assuntos concernentes ao constante pavor da queda que nos ameaça diuturnamente, constantemente"! Manuel Panhame, exatamente aqui, percebe o que de fato ameaça frustrar os cruzerudos, potenciais segundinos: o medo de não serem mais alfinetados por este historiador. Descansem, amigos mafientos, sosseguem, vossas pessoas serão pontualmente ridicularizadas, como tem de ser e convém. Fiquem pianinhos, assentados em seus lugares, acompanhando rente a história. Haverá sempre espaço e disposição para os confrontar com a dura realidade. Delenda Panhame.
    Existem diferentes histórias e um só modo de comeca-las: pelo princípio. Pedante, Manuel Panhame pretende dar aulas de estilo e demonstrações seguras de domínio da arte de narrar, ele e Osvald Spengler __ notem isso! __, comprovadamente, vindo incomparáveis e absolutos. Mas, antes de ziguezaguear pela história, demonstrando arrojo, Manuel Panhame precisa primeiro comportar-se retilíneo, previsível, mesmo q apenas no começo; e iniciar a narrativa como todo mundo...
    O Descoberto do Santo Antônio do Peçanha nasceu de ações iniciadas por volta de 1752, naquele ano aventureiros patrocinados pela Coroa Portuguesa saindo do Serro do Frio no rumo da perigosa Bacia do Suaçuí, onde segundo relatos havia muito ouro e também muita população de índios canibais, os terríveis botocudos. Entre aqueles aventureiros vinha um certo João Peçanha, paulista de Itú, comandante da expedição, o fanhoso padre João Sobral e alguns outros bandeirantes. Vagaram por seis longos anos, indo e vindo pelos rios Suaçuí e Doce, atropelados, atropelando, se servindo esporadicamente de índias, negras e brancas extraviadas. Padre João Sobral fingia nada perceber. Em janeiro de 1758, finalmente, várias perdas entre eles tendo já acontecido, encontraram ouro em quantidade animadora numa região de platô circundada pelas escuras matas da Serra Negra. O perigo era grande, mas a esperança, maior. Rezaram missa, construíram galpão. A falta de mulher passou a consumir insuportavelmente aqueles, estacionados agora, desesperados sem recurso. Saíram pois em investigativa expedição, daquela ida retornando cada um com sua nova companheira, convencida ou raptada. Com eles veio também uma espigaitada velhota, simpática, magricela e dinâmica, ela, Dona Josefa, se fazendo parteira e passando também a socorrer os demais oprimidos do Descoberto. Mais cinco se passaram, aqueles na terrível condição de rebatedores de ataques botocudos. Nas redondezas de mata fechada viviam eles, os terríveis comedores de gente e também as amistosas tribos dos Panhames e dos Malalis. Doceis eram todos aqueles, os Panhames, no entanto, mais lerdos que os seus espertos irmãos Malalis, estes sobressaidos em inteligência e versatilidade. Os índios Malalis, mais claros, só não eram superiores aos Panhames no quesito força física. Amigos e colaboradores dos brancos recém chegados, os dois povos ofereceram a eles valoroso apoio, braços para a labuta diária, estratégias de luta e plantio, além de quatro jovens índias, duas de cada tribo, para ajuda-los no dia a dia e no refestelamento noite a noite. Padre Sobral tentou em vão interferir. Não conseguindo, batizou-as com os nomes cristianizados Rita, Mercês, Rosa e Eva. Combatiam juntos os ferozes ataques do bicho canibal. Um dia, João Peçanha, já mais do que farto daquilo, reuniu nove de nós __ ele, o comandante, Gregório Lemos, seu braço direito, Matias João, Feliz Berto Pereira, Ramiro Novato, Climério e Augusto Malalis, Emerenciano e Manuel Panhame; e propôs que iniciassemos então __ corria o ano de 1764 __ uma nova etapa, a gente a partir de então se negando a apenas permanecer na defensiva. Da conversa 'a acao, com malícia exemplar, capturamos um botocudos, o fizemos prisioneiro, e, debaixo de tratamento medonho, o forçamos a nós revelar segredos daquela tribo. Ao fim do demorado processo, a gte de posse do básico conhecimento, Padre Sobral implorando em vão, exterminados o prisioneiro. Mais alguns meses de preparação e, por fim, numa certa noite partimos em busca de um taba vizinha, no meio da madrugada chegando. Nos planos exemplar ofensiva, tudo havendo de vir destruído, ao fim apenas as mulheres e as crianças poupadas, debandada debaixo de gritaria. No caminho, Gregório Lemos tinha proposto a meia voz: "Essa tropa de faquinetas ela precisa compreender que nós ca somos homens bastantes para acoita-los, mata-los e trazer conosco pelo menos duas moças deles, eu desde muito vindo desejo de experimentar no privado o gostinho lá de uma botocudos"! Aquela fala foi acolhida com risadas e acenos de cabeças. Assim fizemos. Sabíamos de antemão que nenhum deles dormia armado, todos os armamentos depositados numa choupana apropriada para tal. Incendiada logo a entrada nossa. Chegamos, agimos, assaltados. Dois ou três mais exaltados foram sumariamente defuntados. Não passaríamos daquilo. Nesse entrementes, porém, ouvimos um lamento humano. Seguindo o som, topamos com um espetáculo medonho: membros de um quilombo escondido nas imediacoes, aprisionados para a devida alimentacao daqueles canibais. Em torno dos ainda vivos, as ossadas dos já falecidos. Um ódio colossal tomou conta de todos nós a um só tempo, um tiroteio ininterrupto. Matamos homens, mulheres e crianças, sobrando apenas as duas índias capturadas para nosso deleite em cama. Retornamos triunfantes, deixando tudo incendiado, trazendo conosco os pobres negros encontrados com vida. João Peçanha dava tiros para cima com as balas que lhe sobraram.

    Neste momento Manuel Panhame solicita as escusas dos leitores do Quintal, especialmente as das senhorinhas. O historiador, cativo do método, precisou iniciar deste ponto, atravessar veredas de grande impacto. A partir da terceira história será possível a escolha das melhores narrativas, aquelas que em especial fazem rir...

    • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Manuel Panhame impagável!!!

      O blog voltou ao 'normal'.

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Hora de anular o vergonhoso título de tri do Galo, outra triste nódoa. Em 1937, o campeão mineiro foi o Siderúrgica, de Sabará.

  • Boa noite a todos,
    Com a proximidade do Natal e ano novo, vamos desarmar nossos espíritos enfurecidos e nada melhor que duas piadinhas de Gago para iniciar nossa noite com o pé direito :

    Escola de gago

    Um gago entra no bar e pergunta ao atendente:
    - Por fa fa fa vovorr ondede fifica a esco co la de gagos po po por aqui?
    O atendente lhe responde:
    - Para que você quer uma escola de gagos, se você ja gagueja tão bem?

    Fofoca

    O Bêbado chegou para o gago e disse:
    - Gago, você gosta de fofoca?
    O gago respondeu:
    - N-Não eu pre-prefiro, pin-pinguim.

    Essas inocentes piadinhas são uma colaboração do Centro de Divulgação de Piadinhas Fracas sobre Gagos Joga Mamamamais Mimimilho Mamamachado "Aqui é Gagagalo"

  • Bom dia a todos,

    Notícia triste para a nação azul 9.2 :

    Dos 11 titulares que encerraram o Campeonato Brasileiro, nessa brilhante campanha, dois já deixaram o CSA, rumo a outras equipes.
    Lamentamos profundamente o fato, porque se esse time fosse mantido seria, com certeza candidato a várias conquistas em 2024, inclusive o Campeonato Rural.

    Centro de Informações Futebolísticas Me engana que eu Gosto desde 2019.

Posts Recentes

PARTIU PARAGUAI!

De São Paulo, onde ontem enfrentou o Corinthians, o Cruzeiro voou ao Paraguai e já está…

21 de novembro de 2024

MANHÃ DE QUARTA: A HORA DA EMOÇÃO!

Queremos, precisamos e esperamos novidades produtivas, depois de amanhã, contra o Corinthians, no Itaquerão. Transpiram…

18 de novembro de 2024

QUARTA, 11 DA MANHÃ, TESTE FINAL!

Não poderia ser mais apropriado: enfrentar o imprevisível  time do Corinthians, no Itaquerão, dias antes…

13 de novembro de 2024

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!