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CRUZEIRO ESCONDE FUTEBOL EM CUIABÁ

Um primeiro tempo sofrível, com apenas duas finalizações e Cássio confirmando seu valor para o time. O goleiro foi uma barreira contra o sufoco do adversário, sendo eleito pela maioria dos jornalistas o melhor em campo. O calor justifica apenas em parte o mal rendimento. Fernando Seabra, outra vez, não mudou o time no intervalo. Voltou com todos. Mais do mesmo. Produção zero, perigo 10. Somente aos 15 minutos fez alterações que levaram, finalmente, o time pra frente, mas o tempo foi ficando curto. E ficou mais difícil depois da justa expulsão de João Marcelo. Nossa defesa “surpreendida” pela única jogada que o Cuiabá tentou desde o início do jogo: lançamentos agudos para um atacante nas costas de nossos zagueiros.

Pena, não termos encontrado uma solução tática pra barrar essas jogadas. Poderíamos ter evitado a expulsão.

Até quando vamos desperdiçar os primeiros tempos? Onde estão as revelações da base que aumentariam as opções do treinador?

Veja o vídeo, Seabra: Escanteios e faltas continuam sendo cobrados com irritante displicência. Não trazem nenhum perigo para o adversário e as oportunidades vão sendo jogadas no lixo.

Saídas de bola são testes pra cardíacos.

O que treinamos, afinal?

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Quinta-feira é o Libertad – Mineirão, 21h30. O jogo começa com o placar  de 2 x 0 a nosso favor o que significa apenas uma boa vantagem. Não é garantia de classificação. Não podemos entrar em campo jogando com o regulamento. A torcida estará fazendo o papel de sempre, exigindo luta e vitória.

 2. Ajustes & Desajustes – É mais ou menos como a montagem de um quebra-cabeça. Você encaixa uma peça e outra fica deslocada. Aí tem de recomeçar. O Cruzeiro mostrou isto, em Assunção, contra o Libertad.  Finalmente, fomos apresentados a Lautaro e Kaio Jorge. Muito prazer em conhece-los. Sejam bem-vindos. Mas nos perdemos de Matheus Pereira. A função básica dele não é ficar fustigando o goleiro adversário em bolas recuadas. Perdido lá na frente, contra três ou quatro defensores. Cansando-se por nada.  Isto, qualquer outro jogador faz. O lugar especial de Matheus Pereira é na cozinha de nosso ataque. Temperando jogadas com molhos surpreendentes. Fez isto ontem, contra o Cuiabá. Deslocado lá na frente, como tinha sido nos últimos jogos, torna-se mero marcador de zagueiros.

3. Adriano Pereira, escrevendo antes do jogo contra o Cuiabá, aplaudiu as alterações de Seabra quanto aos volantes:

“ A mudança feita deixou o Cruzeiro mais ofensivo com dois volantes apenas e o Veron no lugar do Walace que, dos 3 é o que está pior. Boa mexida e bom resultado. Tomara que continue assim.”

Assino embaixo.

4. Sub-17 Brasileiro – Cruzeiro 2 x 2 Palmeiras. Jogo no Independência, com mais de 5 mil torcedores, sexta-feira à noite. A decisão será nesta semana, em São Paulo. Fizemos quatro gols, dois a favor. Num requinte de crueldade, marcamos contra os gols de empate no primeiro e no último minuto do segundo tempo.

5. Recado pra Adilson Batista, diretor geral das divisões de base – O que aconteceu no primeiro jogo da decisão do Sub-20 é um “case” que não pode passar em branco.  Marcado pênalti a nosso favor, Gui Meira se apresenta pra bater  e, praticamente recua a bola para o goleiro, no canto esquerdo deste.  Verificado pelo VAR que o goleiro se adiantou, é determinada nova cobrança.  Gui Meira se apresenta de novo. E de novo recua a bola para o goleiro, no mesmo canto… Incrível, fantástico, extraordinário, inadmissível!

Meu caro Adilson, isto não pode passar como coisa comum. Sou um obstinado nesta questão de pênalti porque, excluindo-se condições psicológicas anormais, ela está claramente dividida em duas formas de cobrança: com ou sem riscos. Considerando que o goleiro pula caindo, segue-se que toda batida a meia altura ou rasteira, nos canos, aumenta a possibilidade de defesa, se o goleiro adivinhar o canto. Ao contrário, as cobranças próximo aos cantos superiores não têm pega, porque – de novo – o goleiro pula caindo.

No meu curto tempo dirigindo o Cruzeiro este foi um dos temas debatidos no planejamento que começamos a idealizar. Foram semanas miraculosas que, lamentavelmente, intermediaram a queda da quadrilha e o decreto de pandemia, parando o mundo e nossos sonhos. Quanto aos pênaltis, a ideia era colocar caçapas nos dois cantos superiores da trave. Com “boca” do tamanho dessas caçambas de recolhimento de material de construção. Terminado o treino os jogadores fariam as cobranças, sem necessidade de goleiro. E sem recorrer a chutões.

Faça isto, Adilson. E entre de novo na História do futebol do Cruzeiro, em outro capítulo.

6. Três teclas falsas, desgastadas pelo uso contínuo – Cansativas, vazias, intoleráveis, injustificáveis. Mas têm sido o único recurso dos atleticanos no quixotesco combate a meio século de hegemonia azul:

1) A “goleada” de 9 x 2, em 1927 (acerto feito entre Cruzeiro e Atlético pra finalizar, no deca campeonato, a sucessão de títulos do América, no Mineiro). Destaque para o telegrama de felicitações do presidente do Cruzeiro ao Atlético.

2) Os três anos seguidos na Série B (sempre ignorando o tsunami interno e a pandemia mundial, caso único no futebol). Ninguém podia sair de casa. Como reagir?

3) A piada inventada por Benecy “comprando” árbitro num jogo amistoso, imaginário. Excluindo-se coisas de hospício, alguém sabe qual é a vantagem ou o interesse em “comprar” juiz em jogo amistoso?

Chega a ser patológica a fixação de alguns atleticanos, neste minifúndio liderados por Augusto (Teobaldo, Rômulo e João de Deus como copilotos) em diminuir ou empanar de qualquer forma a supremacia azul, confirmada pela sala de troféus e turbinada com o incrível 6×1 de Sete Lagoas, pelo campeonato brasileiro. Tudo em circunstâncias que apenas os deuses do Olimpo, em raríssima inspiração, poderiam arquitetar.

A realidade machuca. Mais ainda depois de 2011.

O atleticano sente na alma a lembrança das arquibancadas, aquele coro que era como farpas nas unhas – “Não ganha nada, time sofredor…” – O paliativo é forçar a abstração dos fatos, tentando ser menos infeliz. É como se misturasse opioides com benzodiazepínicos pra garantir alucinações. E volte-se à “goleada”, em 1927, de 9 x 2, pelo campeonato mineiro, os três anos na B e a “façanha” imaginada por Benecy Queiroz…

Histórias da Carochinha, vestidas como fatos reais.

Deem-nos um tempo, amigos.

Que tal variar, restaurando o “título de campeão do gelo”?

Afinal, embora nunca tenha existido, ele está no hino. Qualquer semelhança com jaboti em galho de árvore não é mera coincidência.

7. Santa Casa, outro gol de placa! – Mais 20 máquinas de hemodiálise já estão funcionando, melhorando o atendimento a mais de 300 pacientes que dependem do Ambulatório Especializado de Nefrologia. Só quem já passou por isso ou tem pessoa querida em tratamento, sabe a importância dessa conquista. O blogueiro, com imensa honra, é Conselheiro da Santa Casa, há décadas. A recente aquisição dos aparelhos se deu por meio de emendas parlamentares, uma das fontes de sustento da instituição. Outra fonte, são as doações. No início, a Santa Casa não precisava de recursos dessa natureza pois tinha a exclusividade dos serviços funerários em Belo Horizonte. Em troca, atendia a quem precisasse de socorro. Sem nenhuma exigência previa. O mesmo com sepultamentos.

GARIMPO

“Na minha vida, tudo parecia inalcançável. Lutei pra mudar esta perspectiva”.

(Gabrielzinho,  cruzeirense nascido em Santa Luzia – tricampeão mundial de natação – Paralimpiadas da França)

Dalai

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  • Pense comigo, Dalai: o Cruzeiro vinha bem, com time consistente, surpreendendo, inclusive, nas cabeças da tabela com time muito limitado.
    Vem os reforços: Cássio já chega jogando e Matheus Henrique parece cair "como uma luva".
    Chegamos, assim, no "divisor de águas", que é a partida contra o Botafogo. Ao contrário do que a mídia fala, Botafogo não jogou mal - muito pelo contrário (!!!): criou mais e teve mais chances, inclusive, que o Cruzeiro (salvo por defesas escandalosas - força de expressão, como dizemos popularmente - de Cássio), que, criou elástico placar por ter sido cirúrgico em suas investidas.
    Depois disso, nenhuma outra partida "consistente" do time, que oscilou demais e até mesmo proporcionou certos "vexames" - como o empate com o Inter depois de um sem fim de finalizações e o baile que tomou em casa pros reservas do São Paulo.
    Que está acontecendo ou que tem acontecido?
    Pra mim, além das jogadas de bola parada que o time não tem - não me lembro mais quando foi a última vez que o time as teve -, Seabra não tem tão boa leitura de jogo assim - igual o Adilson Batista tinha, nunca vi -, por isso demorar a mexer no time e várias vezes mexer errado e, por fim, Matheus Pereira que, sejamos sensatos, depois do jogo contra o Botafogo, não jogou bola mais (assim como outros jogadores que caíram muito de produção). Tá só no chinelinho. Armador de jogadas diferenciadas, passes arrojados, conclusões precisas e que parecia tirar coelho da cartola, virou mero coadjuvante, que não tem mais colocado os jogadores na cara do gol como fazia, não tem saído da marcação (várias vezes a tem aceitado com grande conformismo), não tem realizado arrancadas e dribles inesperados que surpreendia defesas adversárias... não tem feito jogadas que o colocavam como "jogador diferenciado" - e isso tem feito muita diferença!

    • Só pra reforçar: lembrando que o Inter hoje tem praticamente a mesma pontuação do Cruzeiro e dois jogos a menos - já imaginava, às vésperas das duas partidas contra o Cruzeiro, que o Inter subiria na tabela; só não imaginaria que seria de forma tão meteórica assim (e o Cruzeiro tem grande parcela de contribuição nisso).
      Time parece também ter perdido a vibração: o futebol vibrante há muito também não é constatado - creio que depois do jogo contra o Botafogo, não voltou a dar as caras.

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