CRUZEIRO 2 X 1 VILA: PODIA SER MELHOR!

A escalação de Palacios como zagueiro foi uma ducha de água fria antes do jogo começar. Não vai dar certo, pensei logo. E não deu mesmo. No gol de empate do Vila ele não percebeu o atacante nas suas costas, marcou apenas o que via à sua frente. Uma sopa. Zé Ivaldo estava lá, no banco, mas certamente sem condições. Quase meio time estava assim e Lacarmón improvisou muito, adiando a expectativa azul de ver 11 titulares em campo.

O centroavante Dinenno ainda não estreou de fato. Marcou um gol daquele tipo que a gente também faria e depois perdeu outro, com finalização atrapalhada. O teste não é definidor. Vamos nos recordar que nas mesmas circunstâncias, contra o mesmo Vila, ano passado um centroavante estreava no Cruzeiro fazendo os 3 gols da vitória. Era Gilberto.

Fagulhas de esperança vieram com o gol da vitória. Quatro toques levaram ao arremate do jovem João Pedro que acabara de entrar para sua segunda partida pelo Cruzeiro. Jogada mortal no último terço do campo, como a gente cobrava ao final de cada partida, naqueles tempos sombrios.

Mais tarde, da mesma quarta-feira, uma equipe próxima do Triângulo Mineiro resolveu “patrocinar” a melhoria da noite tornando mais palatável a atuação do Cruzeiro: Patrocinense 2 x 1 Atlético.

Fim de noite apenas perfeito!

 BATE PAPO NO QUINTAL

1. Copa São Paulo – Final hoje – Cruzeiro x Corinthians Aberta com a participação de 128 equipes Sub-20, a Copinha se encerra nesta tarde, em Itaquera. Com a terceira menor média de idade, o Cruzeiro eliminou Santos, Coritiba e Flamengo nos últimos jogos. Foi campeão mineiro e da Copa do Brasil da categoria. Está credenciado, a grande exibição mesmo enfrentando o adversário na casa dele. Vantagem extra, injusta, que deveria ser evitada no Regulamento da Copinha. Na semifinal, contra o Novorizontino, os paulistas tiveram 30 mil torcedores. E hoje?

Os dois gols da vitória sobre o Flamengo, na Arena Barueri, foram uma lição de futebol. O primeiro, cruzamento milimétrico, venenoso, da lateral esquerda da intermediária do Flamengo, por Jhosefer, para a cabeçada estratégica do zagueiro Bruno Alves; o segundo, uma cobrança gelada de pênalti por Gui Meira. Tinha acabado de entrar em campo (pelos manuais, não seria o indicado). Ficou  parado próximo à bola (três passos), não fez firula, não olhou para o goleiro, que como sempre pulava e fazia gestos. Bateu do jeito que o blogueiro não batia (com segurança, nos cantos superiores). Mandou rasteiro no cantinho direito  enquanto o goleiro pulava para a esquerda.  Deu certo, mas pênalti assim é loteria.

2. Tostão, tri-gênio (jogador, professor de Medicina, cronista discípulo-herdeiro de Armando Nogueira), escreveu ontem na Folha:

“Amanhã (hoje), dia 25, aniversário de São Paulo, que fará 470 anos, será a final da Copinha entre Cruzeiro e Corinthians. Seria aniversário de Tom Jobim, um dos maiores craques da história da música brasileira. E também o aniversário de um grande número de cidadãos brasileiros, como este colunista, um idoso de 77 anos, racional, sonhador e independente. Quero ver ainda a seleção brasileira ganhar mais uma Copa do Mundo e o Cruzeiro ser campeão do Brasileirão, da Libertadores ou da Copa do Brasil.”

No resto da coluna, intitulada “Consciência coletiva”, Tostão, no seu estilo, sem querer parecer melhor que os outros, sem pretensão, manda sugestões patrióticas para o complicado Brasil de hoje. A crônica deveria ser impressa e distribuída principalmente nos Ministérios, no Congresso Nacional e parlamentos estaduais e municipais.

3. Marcelo – critica manchete do blogueiro enfatizando estreia do Cruzeiro no campeonato mineiro:

“Quanta ansiedade para um joguinho de campeonato rural! É Dalai, o nível abaixou muito…”

Marcelo, não era apenas “um joguinho”, era a apresentação do novo Cruzeiro para este novo ano. Nada menos que sete caras novas eram esperadas, o que afinal não aconteceu. Justificava-se a ansiedade azul.

4. Bruno levantou-se na segunda de manhã, após boa noite de sono, foi para o café e confundiu as xícaras na mesa. Tomou a que tinha gotas de maracugina, pra vovó. Também sem perceber a sonolência, foi logo para o celular. Entrou desavisado. Viu notícia de que Douglas Costa não mais viria para o Cruzeiro, tendo assinado com o Fluminense. Deu aquele sorriso próprio do distraído prestes a escorregar em casca de banana. E soltou esta:

“Esqueceram apen as de dizer que um atual nanico tentou contrata-lo, mas não vingou, o cara não quis, tentou um clube fora do país, não deu certo, aceitou a opção do time carioca. Agora o FluC terá Douglas Costa e o Fabio de Costas…”

Meu caro Bruno, piadinha meia-boca, mas não mexa nesse vespeiro de contratações frustradas. Elas ocorrem bem mais do que a gente lê e ouve nos noticiosos porque a grande maioria, com peixes grandes, são preservadas. Têm absoluto sigilo. Quem participa e abre o bico, se queima em definitivo. Perde milionárias comissões.

Você se esqueceu de que nessa área o Prêmio Nobel da Série “Fui Passado pra Trás” está com o Atlético? Anunciaram a contratação de Anelka! O presidente Kalil, como bem lembra JCSR, postou de madrugada: “Anelka é do Galo”! Pela manhã, já ajudava a procurar casa para o atacante… À tarde, a Galoucura ensaiava recepção no aeroporto…

Á noite, a Revista Placar conseguiu entrevistar Anelka: “É verdade que você assinou contrato com o Atlético mineiro?”

– “Tá louco? Nunca ouvi falar neste time…”

5. Bruno-2  Ainda não refeito, mal  engole as façanhas do Cruzeiro na Copinha São Paulo. Parado na garganta, o caroço duro que foi a eliminação do Atlético por uma Sfera… Aí, encontra a relação dos 10 times de maior valor de mercado, o famoso valuation, e publica, ao ver que o Atlético está em 4º. e o Cruzeiro, fora:

1º. Flamengo: 4,5 bilhões

2º. Palmeiras: 3,5 bilhões

3. Corinthians: 3 bilhões

4. Atlético: 2,9 bilhões

5. São Paulo: 2,2 bilhões

6º. Internacional: 2,1 bilhões

7º. Athletico-PR: 2 bilhões

8º. Fluminense: 1,4 bilhão

9º. RB Bragantino: 1,1 bilhão

10º. Santos: 1 bilhão.

E pergunta, feliz da vida:

Cadê o Cruzeiro?

Bruno, o Cruzeiro está na Série A!

Cadê o Santos, que é o décimo na sua lista de valuation? Está na Série B, rebaixado.

Nem sempre os números, por mais expressivos, indicam realidade absoluta. Até no caso do Atlético, ocupando o quarto lugar em valor de mercado e classificando-se entre os primeiros no Brasileiro passado, a realidade não pode ser encontrada com foco apenas na coluna de crédito… Há noticias persistentes de que a dívida está batendo na porta da casa dos 2 bilhões. Quando, de mãos dadas com Alice, o nosso João de Deus revisita o País das Maravilhas, sonha que a dívida atleticana está no CPF do Menin…

Meu caro Bruno, sou como você. Gosto de publicar tudo que deixa o Cruzeiro bem na fita e afunda o rival. 

Desculpe-me, mas às vezes, a gente toma condução errada, como te aconteceu. Ia pra Pampulha, pegou o Carmo-Sion. Que listinha fajuta! O Internacional é o sexto nela e ficou fora dos 10 primeiros no Brasileiro. O Grêmio está fora dela e é o vice-campeão brasileiro…

6. Ubaldo Miranda –  Com a intermediação de um amigo cruzeirense – Arnaldo Tadeu Guimarães –  tive a honra de receber de Ubaldo Miranda um exemplar autografado do seu livro “No Tempo do Antigo Independência”. Uma joia. Replay do passado de glórias do atacante, célebre pelos incríveis  “gols  espíritas”, aqueles em que a bola desafiava as leis da física e entrava. Ele completará 93 anos em 19 de julho e continua recebendo as justas reverências de familiares, amigos e admiradores. Pelo livro fiquei sabendo que Ubaldo, servindo ao Exército, não pôde acompanhar o time na excursão à Europa, em 1950. O Atlético pediu emprestado ao América Vaguinho e Murilinho, e ao Metaluzina Vicente Pires e Barbatana. A excursão, refletida em 10 jogos, de primeiro de novembro a 7 de dezembro, teve seis vitórias, dois empates e duas derrotas. Em nenhum momento, ali, fala-se em “campeão do gelo”.

GARIMPO 

“Quem diz que dinheiro não compra felicidade, não sabe onde fazer compras.”

(David Lee Roth) – citado no livro “Curtindo a Velhice Adoidado”, de Arnaldo Tadeu Guimarães.