EM UM MINUTO!

Pezzolano, por favor, no próximo jogo não vamos desperdiçar os outros 89 minutos! A gente não aguenta mais!

Se queremos chutar a média distância, vamos treinar mais pra evitar o vexame daqueles chutões sem direção.

É urgente também uma revisão emocional no time. Nos dois últimos jogos, expulsões inexplicáveis e, neste, contra o Democrata, com dez jogadores, faltando dois minutos no tempo normal, Filipe Machado revoltado com a cera do adversário (absolutamente normal nas circunstâncias), com o jogo parado, dá chutão pra cima e toma cartão amarelo. Precisamos amadurecer, e rápido. Falhas infantis! Não podem aparecer em time que almeja subir para a Série A.

Estamos em formação, é verdade, mas muito devagar. Outra vez jogamos fora o primeiro tempo inteiro, com apenas uma finalização. Inaceitável e um desrespeito para uma torcida maravilhosa que, sob chuva torrencial em Belo Horizonte, dá show nas arquibancadas do Mineirão.

Pezzolano, sábado, contra o Tombense, entre com o time titular! A Nação Azul merece e precisa!

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Pedro não suportou nem a “Velhinha de Taubaté” nem a visão do blogueiro sobre a situação dos aborígenes na Austrália, onde o governo, após louvável “mea culpa”, procura reparar com assistência médica, econômica e social os graves erros do passado.

Detona o blogueiro:

“Auto estima é mesmo uma coisa impressionante. Quando encarna em seres medíocres, vira uma mistura até engraçada… Talvez o senhor, na sua condição econômica, tenha visitado a Austrália como turista e sequer sabe os meandros do lugar e como o racismo e a xenofobia são características bem fortes em boa parte da sociedade daquele país… não me espanta do senhor que deve achar que o Brasil também não tem racismo, não é mesmo. Que Moise te perdoe (…) O senhor é tão culpado quanto Wagner. Mas advinha, ninguém vai votar a sua expulsão do Conselho, não é mesmo? ”

Pedrinho, calma! Troque o furoato de mometasona por maracugina. Uma vez mais você errou a hora de blefar no truco. Há cerca de dez anos, tenho sobrinha querida, Ana Raquel – engenheira de alimentação – morando na Austrália com o esposo Guilherme, engenheiro mecânico, sobrinho por adoção.  Um casal maravilhoso, inteligente, antenado. As informações chegam-me assim atualizadas e de ótima fonte. 

Quanto a minha expulsão do Conselho, fico tranquilo porque você não vota.

2. Jorge inspira-se em Stanislaw Ponte Preta, codinome do genial Sergio Porto, e lança o Samba do Doido-2. Veja como ele “explica” a aparente dicotomia entre compliance (transparência) e confidencialidade contratual ou inerente ao próprio negócio:

“E hoje nós aprendemos com o Dalai que transparência é só para negócios escusos. Se o negócio for honesto, não precisa de transparência. Faz sentido. É algo mais ou menos assim: você resolve dar um golpe na praça e, em nome da transparência, avisa todo mundo. Por outro lado, se você vai fazer um negócio que envolve mais de três milhões de simpatizantes e não quer contar para ninguém o que vai fazer, você declara que o negócio é honesto e pronto. Não precisa ter transparência. ”

Jorge, sua imaginação transborda…  você tem de escrever peça pra teatro ou enredo de novela. Rápido!

3. Psicanálise urgente – antes que piore, precisamos de um laudo na barraca atleticana neste QUINTAL. Tudo que o Atlético historicamente usufrui das arbitragens mineiras, com as bênçãos da FMF, está sendo jogado no Cruzeiro. Tecnicamente, esse fenômeno é conhecido como “transferência”.  Aquilo que você faz e não quer admitir, acusa o outro.  Nesta coluna mesmo, José Antônio, Teobaldo, Atleticano, Jorge e  vários outros líderes da barraca estão acusando o Cruzeiro de beneficiar-se de práticas ilícitas da arbitragem… Seria cômico, se não fosse trágico. Além dos pênaltis “estratégicos”, realidade na vida do Atlético, valem-se do fato de ter saído no último minuto da prorrogação o gol da vitória do Cruzeiro sobre a Caldense, para nos devolverem a gozeira que sempre foi nossa em cima deles, neste último meio século.  Se o Atlético estava perdendo ou empatando contra time do interior, a prorrogação prosseguia por 8, 10, 12 minutos até o gol surgir. Isto era o “normal”, por mais absurdo que fosse.

4. Atleticano quer dar uma carroça para o blogueiro:

“Pena eu não ser burro, não sofreria tanto. ”

Você testou negativo. Toparia uma contraprova?

Brincadeiras à parte, recordo que tentei dividir nossa razão, no tema pagar ou negociar, porque entendi que o negociar aí era coisa séria, responsável.  Mas Atleticano estava se referindo ao negociar-fajuto de “Wagner/Hermínio/Itair”. Uma confusão que resultou na carroça oferecida e que recuso porque já estou aposentado.

5. Luiz Gonzaga de Barros aplaude as mexidas de Pezzolano no segundo tempo contra a Caldense e destaca Bidu, Daniel Jr., Geovane. Acho que podemos incluir mais uns três ou quatro nomes, dentre eles Edu. O próximo jogo, quarta-feira contra o Democrata, vai mostrar se demos sorte ou se achamos o caminho.

6. Mecão das Gerais, continuando à sombra da futurologia levantada pelo blogueiro, observa que nas condições atuais, mesmo com o gol valendo, o América teria condições de reverter a situação. Concordo.  Mas discordo do que veio depois: uma alegada falta que Felipe Azevedo teria sofrido em arrancada para o gol, pouco antes da grande área. O lance, segundo Mecão, seria para expulsão.

Até pode ser.  Mas concordemos: se não ocorressem os gravíssimos erros dos 15 minutos iniciais, prejudicando o Cruzeiro, teríamos tido outro jogo.

7. Teobaldo não percebe que seu anjo da guarda tomava a vacina contra o Ômicron e escorrega feio na maionese:

“Ricardo Rocha já está na fila da Justiça do Trabalho, mas eu não vi nada disso no site que hospeda o Quintal dos Atleticanos… E a tal transparência, como é que fica?

Meu caro Teobaldo, que vacilo! Tanta coisa importante acontecendo e você quer colocar o blogueiro vigiando fila de reclamantes na Justiça do Trabalho? E isto seria transparência?

Pelo seu passado, aqui neste minifúndio, se você pedir eu autorizo retirar dos anais taquigráficos essa intervenção.

Em seguida, com o imediato apoio de Marcilio Vaz, traz à colação a “Bala de Prata”, nome com que batizamos Luxemburgo e sua comissão técnica. Tudo pra lembrar que ela “saiu pela culatra”. Saiu mesmo.  Mas poderia não ter saído.  Naquelas circunstâncias, time despencando numa nau sem rumo, todas as fichas tinham mesmo que ser lançadas em apoio à intervenção branca, liderada por Pedro Lourenço.  Era a última bala. Você faria diferente?

8. Manuel Panhame – com duas luas de frente, o historiador mata a cobra e mostra o pau. Aquele 9 x 2 de 1927 foi jogo de pré final de campeonato mineiro e não amistoso como informou o blogueiro. Atuamos com apenas dois reservas. Admito que a razão está com o historiador. Deus me livre de agir como alguns da barraca atleticana que ante fatos contrapõem argumentos. Tentam tampar sol com peneira.  Chega a ser risível.

Fui tirar satisfações, bravo, com minha fonte, um experimentado jornalista. Ele não afinou. “Dalai, foi amistoso sim. Só me esqueci de te recomendar colocar aspas pra ficar “amistoso”. 

E explicou: O América, desgastado, vinha de um deca campeonato e o Cruzeiro, crescendo, lutava para ultrapassá-lo. Anos depois daquele jogo, Ninão revelou que os atletas cruzeirenses queriam evitar novo título do América e por isso não se esforçaram pra tentar frear a goleada. Acabava ali a hegemonia americana. Na última partida, quem não se esforçou foi o Atlético. Com o título já conquistado, perdeu para o América por 3 x 2.

Proponho ao historiador o cachimbo da paz: vamos batizar solenemente aquela partida como “jogo semi-amistoso”?

9. Jorge/2, numa premonição, retorna ao QUINTAL para lembrar telegrama que o Palestra Itália enviou ao Atlético, cumprimentando pelo resultado do jogo e pela “ampla superioridade” dos alvinegros na partida.  Mas não esquece de dar sua derrapadazinha habitual:

“Um telegrama que o Dalai vai jurar que não existiu…”

Existiu sim, Jorge.  Depois das declarações de Ninão, tudo ficou esclarecido!

10. Rei Melo, com propriedade, chama a atenção do blogueiro para a hipótese, difícil mas possível, do Atlético encontrar alguma dificuldade pra vencer o campeonato mineiro.  E denuncía:

“… aí será uma sequência de erros absurdos que realmente a FIFA vai entender…”

Já vimos este filme “n” vezes. Tomara que não tenha reprise.

11. Bruno Araújo de Carvalho aplaude a valorização da base, no novo time em formação do Cruzeiro, com destaque para Rafael Santos e Daniel Junior.  Mas termina com uma pergunta difícil:

“… a juizada é ruim ou mal-intencionada? ”

Bruno, dá pra marcar coluna do meio?

12. Lucio Carlos salienta aspectos animadores no novo Cruzeiro, como o nosso lado esquerdo com Rafael Santos, Bidu e outras opções. Alternativas várias, Lucio, felizmente. Estamos mesmo encontrando um time bom.

13. Marcos faz pergunta incômoda: 

“Dalai, vc sabe qual foi o público do rival contra a Patrocinense? Não vi nem ouvi em nenhum lugar. Será por vergonha? ”

Meu caro Marcos, há perguntas que mais importantes que as respostas!

GARIMPO

Inadmissível, no limiar do Século 21, um comunicador social, com milhões de seguidores, defender a legalização de um eventual Partido Nazista, com a justificativa do direito à liberdade de expressão.  Meu Deus! Liberdade pra defender o extermínio de uma raça humana?

A garimpagem do filme de hoje é para ele, que seguramente ainda não assistiu:

A Vida é Bela –  uma preciosidade do cinema italiano, de e com Roberto Benigni.