Continuam pipocando nos grupos sociais as reações ante o absurdo de se marcar votação de um novo Estatuto, até então desconhecido, em prazo tão curto.
Divulgado ontem finalmente o texto, com 58 páginas, viu-se que as inovações propostas não são poucas e reclamam debate amplo e cauteloso. Não podem e não devem ser enfiadas goela abaixo dos conselheiros, em segunda votação relâmpago, com meia dúzia de presentes, como é a hipótese prevista no edital, se não houver quórum mínimo de ¼ na primeira votação.
Pra que a pressa?
Esta atual direção executiva do Cruzeiro permanecerá por mais três anos, tendo assim tempo de sobra para conduzir um trabalho exemplar de reforma do Estatuto, como nunca foi feito antes: amplo debate e exame comparado dos temas com os dois outros projetos já apresentados.
O que é que custa fazer o certo?
Tem se insinuado aqui e ali que esta pressa tem objetivo oculto e condenável a ser percebido depois da aprovação. Não acredito. Mas é preciso que o bom senso coordene este tema tão importante para o nosso Clube.
Os valiosos trabalhos elaborados antes, com o mesmo objetivo, pelas equipes lideradas pelo Dr. Kris Bretas, então diretor jurídico do Cruzeiro, e pelo conselheiro Dr. Luiz Carlos Rodrigues não podem ser jogados no lixo. Impõe-se o estudo comparado entre eles, tema por tema, para que se aproveitem as melhores propostas na formatação de um único projeto. Com prazo de 15 dias, uma comissão composta das equipes dos três projetos, e mais cinco conselheiros há pelo menos 3 mandatos, ligados ao Direito, faria o exame comparado, tema por tema, formando um único projeto, este sim, a ser submetido à Assembleia, acompanhado de relatório explicativo.
Isto se chama bom senso. É difícil compreender?
BATE PAPO NO QUINTAL
Recebi ontem, do prof. Luciano Lopes, relator do projeto oficial do novo Estatuto:
“Dr. Dalai, como relator de uma comissão muito criteriosa, analisamos à exaustão. Saiu o resultado que submetemos à análise de todos, de forma anterior à votação, claro, e o senhor verá, a transparência e democracia são uma tônica da minuta. Entre erros e acertos, a julgar pela análise de cada um, fizemos nosso máximo com muito esforço e sem interferência nenhuma de qualquer pessoa externa à comissão, posso atestar.
Ouvimos os torcedores/conselheiros/associados/funcionários/especialistas de diversas áreas do direito, do marketing, da administração, do sistema financeiro, da gestão, etc/comitê de governança, gestão e compliance do clube/entre outros. Analisamos estatutos de diversos clubes do Brasil afora. Analisamos o excelente trabalho feito pelo Conselho Gestor, do qual aproveitamos muita coisa. Muita mesmo (aliás, a Danubia nos auxiliou demais).
Enfim… acho que pudemos analisar tecnicamente o produto que envio ao senhor. Na expectativa de um retorno técnico e com o olhar arguto do senhor, deixo meu abraço. Luciano Lopes. ”
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Bom dia, Sr Salão!
Concordo totalmente com vc, essa pressa de aprovação do novo estatuto não me parece boa coisa.
Mas, as maracutaias para beneficiar alguns, ainda vão prevalecer. O Sérgio Rodrigues, fala de um Novo Cruzeiro, só que na verdade, de novo é só a idade do Presidente. O resto não mudou, quase fui enganado.
Dalai deve estar falando com conhecimento de causa, não só por ter sido presidente interino como também pelo amor que dedica ao Cruzeiro.
ELES QUEREM APENAS O DINHEIRO DO TORCEDOR. A NOS TORCEDORES, NOS E PERMITIDO APENAS PAGAR E BATER PALMAS. PRECISAMOS QUEBRAR AS CORRENTES.
LIBERTAS QUAE SERA TAMEN.