QUALIDADE OU RESULTADO? - Quintal do Dalai

QUALIDADE OU RESULTADO?

  • por em 2 de outubro de 2024

Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Flickr

(Por Rafael de Novaes Rocha)

Prepare o seu coração. A Era Diniz começou.

Saída curta com o goleiro, toque de bola envolvente, placares elásticos e estilo de jogo intransmutável – tudo isso para o bem e para o mal. Assim é conhecido o dinizismo. Futebol total e intensidade.

Ainda temos dúvidas de como será o dinizismo cruzeirense. Os dois primeiros jogos tiveram apenas lampejos do estilo do treinador. Fato é que com tão pouco tempo de treinamentos, fica quase impossível imprimir um estilo de jogo no time. É um processo. A cada dia, a cada jogo, o Cruzeiro estará mais dinizista. Para o bem ou para o mal.

Hoje, às 21h30, mais uma amostra: Fluminense x Cruzeiro, o jogo dos ex. Fernando Diniz, ex-técnico do Fluminense contra Mano Menezes, ex-técnico do Cruzeiro. Visões sobre futebol completamente antagônicas.

Em 2019, quando éramos treinados pelo ferrenho resultadista, Mano, enfrentamos o Fluminense de Diniz nas oitavas de final da Copa do Brasil. Jogo de ida morno no Maracanã. Abrimos o placar e administrávamos a vantagem mínima até sofrermos o empate no finzinho – gol do jovem João Pedro. Na volta, um roteiro parecido: abrimos um a zero, mas cedemos o empate com um belo gol de bicicleta tricolor, também de João Pedro, também no apagar das luzes. A sorte é que tínhamos Fábio, que garantiu a classificação nos pênaltis.

O curioso é que entre estes dois jogos, pelo Brasileirão, fomos atropelados pelo Fluminense de Diniz no Maracanã: 4 a 1. No duelo entre resultado e qualidade, ficou um a um. Mano Menezes levou a classificação – suada e mal jogada; Diniz ficou com os três pontos, e com o futebol bem jogado. Mas o final daquele campeonato, infelizmente, nos lembramos de como foi.

O mundo dá voltas e hoje estamos do lado do bom futebol. Um alívio! E mais: quem luta contra o rebaixamento é o Fluminense de Mano Menezes. Resta saber se agora, também, o resultado virá para Diniz.

Passo agora a palavra ao blogueiro titular. Isto é: não me responsabilizo pelas declarações daqui em diante!

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Copa do Brasil – Quartas de final começaram ontem. Alguns querendo ganhar pela primeira vez. Outros, pela segunda. Só um é hexacampeão! Desculpe, periferia.

2. Augusto – integrou missão espacial pioneira, cinco anos girando entre planetas, retornou em capsula recolhida no Oceano Pacífico. Três meses submetendo-se a exames médicos em Huston e agora, finalmente, reencontra sua turma do fígado com jiló no Mercado. A noticia que mais empolgou: o Cruzeiro ficou três anos na B! Imediatamente, mandou brasa no QUINTAL:

“Alguém sabe qual o único time de Minas que se diz grande e ficou três anos seguidos na Série B?”

Meu caro Augusto, ficamos mesmo um tempão na B. Lá do espaço é claro que você não poderia saber. Mas, voltando à turma, pergunte sobre “tsunami” particular no Cruzeiro, cofres arrombados e, simultaneamente, pandemia mundial do Covid 19. Confira a influência desses fenômenos para o tri na B e imagine: se acontecesse com o Atlético, seriam quantos anos de vacas magras?

3. “Farra do boi” – Em recente entrevista, o gestor Rubens Menin voltou a referir-se aos desmandos financeiros de administrações anteriores do Atlético no uso do cartão corporativo. Estima o rombo em 120 milhões/ano. Um absurdo, considerando-se o orçamento global de 500 milhões. Cada caso é um caso, mas é bom lembrar que no Cruzeiro, o abuso do cartão corporativo foi apenas um dentre 10 outros itens de potencial corrosivo muito maior, formando-se o tsunami interno.

4. De novo a Arena Meu Rival Venceu – A torcida do Fluminense, após o jogo contra o Atlético, promoveu quebradeira no setor onde foi alocada. Não é o primeiro caso. Com o Cruzeiro, reconhecidamente, foi uma espécie de legítima defesa, tantas foram as agressões de toda natureza (banheiros sem portas e sem papel higiênico, torneiras secas, bares fechados, etc, etc). A revolta de torcidas na Arena que seria “a mais tecnológica do mundo”, mas que é cega, muda e surda, está se tornando um “case”.

Contra o Vasco, o Atlético lançou ontem um sistema de aplicativo que ajuda o torcedor a ouvir o que está sendo falado ou cantado na Arena. É confissão explícita de culpa.

5. Cruzeiro vice-campeão brasileiro sub 20 – Podia ser mais, mas já é muito! Um desajuste do nosso meio campo fez com que o Palmeiras retomasse todas bolas lançadas. No final da partida, 3 x 0. Os dois últimos gols merecem estudo especial de nossa comissão técnica.

Aos 37 minutos do primeiro tempo, num escanteio vindo da esquerda de nossa defesa, o meia Coutinho, de baixa estatura, praticamente sem pular, marcou de cabeça. Nossos zagueirões se preocuparam em marcar os palmeirenses mais altos e “tomaram” o caldo. Erro palmar de marcação. Coisas que acontecem no futebol, para as devidas correções no vestiário, durante intervalo.

É o que se esperava, mas não foi o que aconteceu. Iniciado o segundo tempo, aos 13 minutos, novo escanteio à esquerda da defesa do Palmeiras.

Inacreditavelmente, o baixinho Coutinho de novo “surpreende” os nossos zagueirões e marca, de cabeça, o terceiro gol do Palmeiras.

Inconcebível! Inaceitável!

O Palmeiras não precisava, mas o árbitro Lucas Casagrande ajudou muito. O volante Patrick, capitão do time, recebeu cartão amarelo aos 26 minutos do primeiro tempo. No inicio do segundo, 1 x 0 no placar, deu o chamado “carrinho criminoso” no goleiro Otavio, sendo gritante jogada de cartão amarelo. Quem amarelou foi o próprio árbitro Lucas Casagrande ante os 23 mil torcedores presentes. Surpreendeu os comentaristas. Escondeu-se. Acovardou-se vergonhosamente.

Passa da hora de lances assim serem examinados pelo VAR, advertindo-se o árbitro sobre a necessidade de revisão.

GARIMPO

“São necessários dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar.”

(Ernest Hemingway)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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José Antonio

e ontem teve jogo das pequenas aves borradeiras:

EL PEQUETITO BORRADOR 2 X 1 VAIXXXO DA GRAMA

E as codornas que foram ao campinho CU DE ZEBRA logo no primeiro tempo já estavam borradas com o gol vascaíno. o MEDO era visível na expressão da torcidinha de nada com coisa alguma.

A Bunduda Chorona como sempre caia no chão e com cara de criança pedindo mamadeira, suplicava ao juiz que conversasse com ele, lhe desse atenção, é muito carente esse talarico, nem o Scarpa tá tolerando ele mais.

E o narrador falando que era um grande jogo, que era digno de uma semifinal de Copa do Brasil? kkk DOIS TIMINHOS de meio de tabela do Brasileirão, uma partida de quem errar menos ganha o jogo.

E a torcidinha monocromática do eu acredituuu brigou na arquibancada, atiraram aquelas grades uns nos outros, brigaram fora do estádio com a PM jogando spray de pimenta na fuça das frangas ouriçadas, ou seja, a moderna Arena padrão MRV não dá segurança nem para os próprios clientes gourmets, como disse o Fred Melo Todo.

Mas agora vão lá pro Rio com UM GOL de saldo, vamos ver se conseguem avançar a final da Copa do Brasil do qual o MAIOR DE MINAS tem só S6E1IS dessa na casinha, só pra relembrar as codorninahs cacarejantes e magoadas.

Pruuuuuu tiiiiii tiiiiii

José Antonio

E como sou setorista privilegiado vamos repercutir as notícias das páginas policiais também

CNN Esportes

MP oferece denúncia contra ex-diretor do Atlético-MG por apropriação indébita

Na ação, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pede que o ex-diretor financeiro do Atlético-MG, Carlos Fabel, devolva R$ 4 milhões aos cofres do Galo

Mardélio Coutoda Itatiaia

Após investigação, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra o ex-diretor do Atlético-MG, Carlos Fabel, por apropriação indébita. Na ação, o MP pede que ele devolva R$ 4 milhões aos cofres do Galo.

O MP identificou ações com suspeita de caráter criminoso na atuação profissional de Carlos Fabel durante o período de dez anos em que trabalhou no Atlético-MG.

Carlos foi contratado em 2009 na gestão do então presidente Alexandre Kalil. Com posição de destaque na alta cúpula do Galo, Fabel era considerado o braço direito de Kalil quando o assunto eram as finanças do clube alvinegro.

Fabel permaneceu no Atlético-MG entre junho de 2009 e janeiro de 2019.

Durante esses dez anos, Fabel foi diretor financeiro de três gestões: Alexandre Kalil (2009 a 2014), Daniel Nepomuceno (2015 a 2017) e Sérgio Sette Câmara (em 2018).

OBS: EU ACHAVA que Itair era ladrão e roubava o Cruzeiro, mas agora vi que ele é trombadinha em relação a uns e outros ai. Quer dizer que o cara levou na mão grande mais de 4 milhões da Casa da Mãe Joana?

E a galinhada ACHA que só no Cruzeiro que tinha dirigente corrupto? As frangas sempre sentaram no rabo para apontar o dedo podre para outros clubes, por isso que são chacotas no país inteiro!

Pruuuuuuu tiiiiii tiiiiii