BRAGANTINO 1 X 0 CRUZEIRO - Quintal do Dalai

BRAGANTINO 1 X 0 CRUZEIRO

  • por em 21 de abril de 2025

Caique Coufal/Cruzeiro/Flickr

Estamos evoluindo, mas precisamos de mais ajustes, sobretudo na cobrança de faltas e escanteios. A boa nova são os passes verticais, no sentido da área adversária, substituindo aquele irritante tricô de passes horizontais, sem sair de nossa intermediária.

Leo Jardim, mesmo com a derrota de ontem, mantém o crédito readquirido com a vitória sobre o Bahia quando mostramos finalmente um time de futebol. Na época dos contatos para sua contratação, o perfil de Jardim destacava um especial cuidado pra tratar a bola parada. Estamos esperando que isto se concretize. Contra o Bragantino, tivemos faltas a curta e média distância.  Foram cobradas de forma inofensiva, não trazendo nenhum risco ao adversário.

Vamos treinar isto? A conferir nos próximos jogos.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Palestino x Cruzeiro – Pela Conmebol, quinta-feira, 21h30, Estádio Francisco Rumoroso em Coquimbo. A cidade fica a 460 km de Santiago, capital chilena.

Cruzeiro e Palestino têm algo em comum: ambos conseguiram perder para o Mushuc Runa.

2. Hugo Calderano – Aos 28 anos, o carioca entrou ontem para a história do tênis de mesa, em Macau na China. Derrotou o chinês Lin Shidong, atual líder do ranking e tornou-se campeão do mundo. Único tenista fora da Ásia e da Europa a conquistar o título. Uma glória!

3. Cruzeiro 3 x 0 Bahia – Vou sofrer ameaça de linchamento, mas digo: a saída de Gabigol e Dudu não é a principal causa da recuperação do time. O mais decisivo foi a mudança de esquema: Dos 4 atacantes, Leo Jardim trocou dois por meias-volantes, reforçando o meio de campo, dando consistência ao conjunto. Isto sufocou o Bahia. Retomamos mais de 80% das bolas que os baianos conseguiam momentaneamente dominar. Foi um gosto, assistir ao jogo. Fizemos com os baianos o mesmo que vinham fazendo com a gente: sufoco. Pena que não conseguimos mostrar isto contra o Bragantino.

4. Marcos Mineiro – escrevendo sexta-feira e mostrando que “assim se viaja para as estrelas”, explica melhor o que o blogueiro tentou linhas acima:

“Sic itur ad astra”! Desde o empate com o São Paulo, atuando com três volantes, Jardim deu mais proteção à defesa, liberou MP pra jogar e criar mais. Com isso, Kaio Jorge consegue ser mais eficiente. A presença de Lucas Silva melhorou a segurança que faltava ao meio de campo. Só espero que não seja fogo de palha. Com a volta de Dinenno, pode ser que tenhamos uma opção melhor para o ataque: é muito goleador. No domingo, outro teste importante, pois em Bragança, a parada pode ser indigesta. Devagar e sempre. ”

5. Pênalti – Na esperança de que algum membro da comissão técnica do Cruzeiro tenha a coragem e a paciência de frequentar este minifúndio, relembro mais uma vez: há duas maneiras de bater pênalti: com segurança ou tentando a sorte. Isto é comprovado por milhares de pesquisas. A primeira é o chute a média força em qualquer dos ângulos superiores. Não precisa de raspar o ângulo da trave. O goleiro pula caindo, não subindo. A outra forma é suicida: adivinhar o canto que o goleiro vai pular e chutar no outro. Quando consegue é uma alegria.

A fórmula certa é simples. Principalmente quando há treinamento.

Contra o Bahia, Kaio Jorge não cobrou pênalti. Atrasou para o goleiro.

6. Bruno Henrique – A quarta feira passada deve ter sido uma tormenta interminável para o atacante do Flamengo. Começou de manhã, com o farto noticiário sobre o caso das apostas combinadas, prosseguiu com a Policia Federal anunciando o indiciamento do jogador, de parentes e amigos envolvidos. Passou pela dúvida, à tarde, se Bruno Henrique estaria na delegação do Flamengo que se deslocava para o Maracanã, terminou com goleada em cima do Juventude e aplausos da torcida quando o jogador entrou em campo, nos minutos finais.

No dia seguinte, o técnico Filipe Luis, abordando finalmente o tema, disse que pedia apenas respeito ao princípio da presunção de inocência.

Está certo e errado. A presunção de inocência é um direito de todos nós já que a culpa exige prova cabal de quem acusa.

E quando há dúvida, a decisão deve sempre favorecer ao réu.

Mas, e no caso do batom na cueca? Deve ser proclamada com alto falante a presunção de inocência?

Provas escancaradas de culpa ainda não devem gerar condenação e execração pública, mas é um paradoxo conviverem com passação de pano, como se o fato absurdo não tivesse ocorrido. Bruno Henrique não deveria ter entrado em campo.

7. BCO – Bobo da Corte Oficial – Voltou, com os “disfarces” que mais entregam do que escondem. Impressões digitais impressas em cada linha dos novos codinomes. Já vimos esse filme. Próximos episódios: palavrões, ofensas ao blogueiro, denúncias à chefia do grupo empresarial, etc, etc.

Evolua, por favor. Não ultrapasse os limites éticos, do bom senso e da interação social.

8. Ednaldo, CBF e nova Copa do Mundo – Emoções renovadas em 2026. Mas ainda não temos nem técnico. Tá difícil acordar o otimismo, tantas foram as decepções. Como em 2022, em Catar. Lembra? Caímos nas quartas de final. Um desempenho pífio, frustrando milhões de brasileiros, mas um grupo de 49 torcedores fez a festa. Eram convidados especiais do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Assinada por Allan de Abreu, reportagem da revista Piauí de abril disseca o festival de maracutaias nababescas patrocinado pela Casa Bandida do Futebol, na expressão de Juca Kfouri.

Além da própria família, mulher, filhos, cunhados, Ednaldo lembrou-se dos amigos da política, do Judiciário, da imprensa e das artes. Alguns levaram cabelereiro e babá. Todo mundo incrustrado em hotéis paradisíacos, a custo zero. A CBF pagou tudo.

A reportagem relembra que Ednaldo tem salário de um milhão de reais por mês, somando-se as comissões da Federação Sul Americana de Futebol e da Fifa.

Cada presidente de Federação ganhava 50 mil por mês. Quando assumiu, Ednaldo turbinou os contracheques da cartolagem. Hoje, um presidente de federação ganha 215 mil reais, por mês, com direito a décimo sexto salário.

E Ronaldo ainda se achava capaz de disputar voto das federações com Ednaldo…

9. É ele mesmo! Atleticanos que tiveram paciência e coragem de chegar até aqui devem se perguntar: É aquele que nos deu o título brasileiro de 1937, quando ganhamos da Marinha?

Sim! Mas o Atlético soube fazer o approch. Trouxe Ednaldo pra inauguração da Arena MRV da mesma forma que ele recebeu os convidados em Catar. Tudo 0-800. Suíte presidencial no Ouro Minas, Limusine na porta, tapete vermelho pra entrar no Estádio. Whisky 20 anos e camarões VG flambados na recepção. Impossível dar errado. E surgiu mais uma estrela na camisa do Atlético.

GARIMPO

“Dar exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única. ”

(Albert Schweitzer – físico alemão e Nobel da Paz.1875-1965)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Augusto

Bbbom dia e bbboa segunda a quem mais entende de segunda

Já ia tão bem …….

MarcelinhoMineiro

Futebol mineiro voltando ao normal!
CSA/mg perdeu, GALO e América ganharam!
E o Dalai não se esquece do GALO, normal também!

ROBERTO CARDOSO DE SOUSA

E o novo Re-re-re-re-re-recomeço não durou muito… mas sempre tem um novo Re-re-re-re-re-re-recomeço.

antonio tonidândel

Lembrando que o Siderúrgica foi o campeão mineiro de 1937 e o Cruzeiro/Palestra foi vice. Ainda assim, o alto comando atleticano teve a cara-de-pau de insistir e conseguir o vexatório “título”, graças à fraqueza dos dirigentes da CBF