Com o Departamento Médico quase vazio, o Cruzeiro terá, em breve, peças importantes à disposição de Pezzolano: o lateral Geovane Jesus, os meio-campistas Leonardo Pais e João Paulo e o atacante Jajá. Lamentável a nova suspensão de Chay. Tal como seu treinador, precisa urgente de uma reciclagem emocional. Afunilando-se, a cada rodada, a reta final do campeonato, o Cruzeiro não deve nem pode prejudicar-se a si mesmo pelo descontrole gratuito de alguns.
De novo, a torcida é para que recém contratados mostrem a cara e o futebol, ajudando a melhorar o líder. Como no último jogo, a grande expectativa é sobre o time que entrará em campo.
BATE PAPO NO QUINTAL
1. Emilio Brandi – surpreende o apoio que vem sendo dado à possível candidatura de Emilio Brandi a presidente do Cruzeiro. Pensava-se que após a criação do Clube Empresa, gerindo o futebol, houvesse desinteresse pelo comando do Clube social, mas não é o que se observa. Vários conselheiros e grupos de Internet se manifestam apelando para que o empresário aceite o desafio. A ideia é preservar e potencializar o patrimônio que pertence integralmente aos sócios. Em conversa com amigos, Emilio sempre revela preocupação com dois temas: o sucateamento progressivo das sedes sociais e o aproveitamento do valioso quarteirão do Barro Preto, revitalizando-se um dos projetos já existentes visando o melhor aproveitamento da área.
2. Janete de Azevedo discorda do blogueiro – “não vi nenhum show de bola, mas vi sim show de garra e algumas jogadas primorosas”. Talvez você tenha razão, Janete. Mas aceite que foi um jogo muito acima de nossa média, enfrentando o mais forte de nossos concorrentes. E conservando dele a mesma e tranquila distância de pontos. A sinalização é a de que estamos no caminho certo, potencial pra melhorar jogo a jogo, com as novas peças.
3. Pepe Legal discorda de Janete e reproduz declarações do vice-presidente de futebol do Grêmio, Dênis Abrahão:
“Enfrentamos uma grande equipe. E não foi jogo de segunda, foi jogo de dois grandes do futebol brasileiro. Foi um grande jogo, ninguém se entregou. ”
No mesmo sentido, Diego Souza e Lucas Leiva.
4. José Antônio cobra cochilo do blogueiro ao anunciar que todos os demais jogos do Cruzeiro, com mando de campo, seriam no Mineirão, se esquecendo de que o próximo, amanhã, por exceção, será no Independência. Falha nossa. O entusiasmo excessivo às vezes tolhe a análise racional dos fatos, como parece estar acontecendo também com o próprio José Antônio quanto a anunciada proposta de Clube Empresa para o Atlético. Parece que investidores disputam a tapas lugar na fila, convencidos de que há um veio de ouro no CT do Atlético e mina de diamantes em Lourdes. Calma, até santo quando vê muita esmola desconfia.
5. A roda gira – Esta é uma verdade milenar. Para o bem ou para o mal, a História se repete. Em centenas de anos ou em centenas de dias, conforme a profundidade e grandeza das placas tectônicas. Com a propriedade de sempre, Jorge lembra que “há giros e giros”. E despeja água no nosso chope:
“O atual giro, que enche os cruzeirenses de vaidade por serem líderes da Segundona é apenas o giro de rotação: Dia e Noite. Logo volta o dia para uns e a noite para outros. Mas o que vale mesmo é o giro de translação ou seja, o movimento da Terra em torno do Sol. Ou, falando em futebol mineiro, o movimento do Cruzeiro em torno do Atlético. Esse giro aí, Dalai, dura cinquenta anos…”
Jorge, não venha de garfo, que hoje é sopa! Embora com os sinais trocados, você só acertou na frase final – “esse giro aí dura cinquenta anos…” – Rotação é movimento de rodinha e dura 24 horas. Translação, com 365 dias, também não é lá essas coisas… Taxa mínima dessa Roda com R maiúsculo, é meio século! São os 5 séculos do Império Romano (de 27 a.C a 476 d.C); O Império Otomano, iniciado no Século II, englobando parte do Oriente Médio, o Leste Europeu e o norte da África. Como se sabe, em 1853/56 o Império Otomano trava com a Rússia a Guerra da Criméia. Em jogo, territórios onde hoje ficam a Romênia e a península da Criméia, na Ucrânia. Nesta última, a roda não está girando. Disparou. E continua em movimento. Há 8 anos, a Rússia anexou a Criméia. E os ucranianos a querem de volta.
Em ponto nanometricamente menor, o Cruzeiro vê a roda girar e vive, sim, a expectativa emocionante de retornar à Série A após o flagelo duplo (tsunami e pandemia).
Prestem atenção, porque também uma Roda maior começa a se movimentar. Na década de 60, com Felício Brandi, o Cruzeiro iniciou um bem-sucedido movimento de invasão do interior, cooptando a criançada. Alunos do primário recebiam regularmente o kit-Cruzeiro, com cadernos, lápis, régua, estojos e pastas, azuis cinco estrelas, resultando a médio e longo prazo o extraordinário crescimento de nossa torcida. Chegamos a 70% no interior, com o time ganhando tudo. Por algum bom tempo, o Atlético era o 4º. colocado, perdendo para Flamengo e Corinthians.
Depois do dilúvio nos amarrando por três anos consecutivos na B, o que está acontecendo agora? Outro plano extremamente bem bolado: Caravanas do Interior. Contato direto do Clube com grupos cruzeirenses de cada região. Já nos primeiros passos, um animador sucesso. Olha a Roda Grande começando a girar 60 anos depois…
6. Atleticano junta os cacos, lambe as feridas, concorda que seu time desandou e concentra as esperanças na futura Arena MRV que deverá abrir novas perspectivas. Não deixa, porém, de alfinetar a Nação Azul por se empolgar com o retorno à Série A, cada vez mais perto. Para Atleticano isto é muito pouco, tanto mais que estamos na B há três anos seguidos:
“… Nós temos experiência com essa euforia, em 2005 também vivemos (inclusive, tivemos a melhor média de público do país naquele ano). A diferença foi só que nós não tivemos que sofrer antes disso por dois anos lutando pra não cair para a série C…”
Meu caro Atleticano, é injusto comparar situações tão desiguais. A começar pela própria queda na B. A torcida do Atlético, emocionada, cantando o hino do Clube. No caso do Cruzeiro, a torcida, revoltada quebrando cadeiras do Mineirão, porque coincidiu com a divulgação do assalto perpetrado pela própria diretoria. Esta já foi uma abissal diferença. A outra, maior ainda, veio com a pandemia trancando o mundo em casa. Você próprio lembra que o Atlético bateu, na B, recorde de público, ou seja, contou com o forte apoio de sua torcida para a reação. O Cruzeiro, com os cofres arrasados, jogou em estádios vazios, por causa do isolamento.
7. Jamilton sintetiza muito bem essa diferença:
“…O clube não caiu para a segunda divisão. Fomos, por má administração e corrupção jogados na Série B. Depois a pandemia contribuiu para este atraso no retorno à elite do futebol. ”
8. Rei Melo rastreando, com propriedade e eficiência, o chororô atleticano pela derrocada geral. Estão reclamando até da umidade relativa do ar. Lamentação maior, porém, é pela limpeza ética da comissão de arbitragem e do VAR. Tiraram os “amiguinhos”, logo desapareceram os “pênaltis estratégicos” e a assistência auricular de Hulk.
9. Augusto, dividindo com João de Deus Filho a honraria de Guru da Racionalidade, reconhece que em títulos conquistados o Atlético está longe de equiparar-se ao Cruzeiro. Mas separa a Copa do Brasil de 2014, vencida pelo Atlético em cima do Cruzeiro, como a mais valiosa de todas. E destaca o dia 8 de dezembro de 2019 (quando caímos para a B), como marco histórico do naufrágio da “prepotência e arrogância”.
10. Manuel Panhame – a isenção clubística e a louvável sinceridade de Augusto reconhecendo o protagonismo do Cruzeiro em Minas e fora do eixo-Rio-São Paulo incomodaram o historiador desde QUINTAL, que faz piada:
“Confrade Augusto, o senhor está passando bem? Onde o senhor está pra que o pessoal de sua família possa localiza-lo depressa?…”
Meu caro Panhame, a imparcialidade é uma das qualidades básicas do historiador. Você, realmente, nega a predominância do Cruzeiro?
GARIMPO
“Nunca deixe de perdoar seus inimigos – nada os aborrece tanto”.
(Oscar Wilde)
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Bom dia Sr Dalai,
como eu disse o projeto de SAF do Galo está tirando o sono de muita gente e matando outros tantos de inveja, normal….
“….se esquecendo de que o próximo, amanhã, por exceção, será no Independência…”?? Como assim Sr. Dalai o Sr. “se esqueceu”??? Só para refrescar a sua memória:
“Finalmente, um ajuste entre Cruzeiro e Minas Arena assegura que este será o último jogo nosso, deste ano, em que um show marcado anteriormente nos tira do Mineirão.
Dalai, 11/08/2022”
“Fui pego de surpresa. Vou apurar.”
Dalai, 22/08/2022
E apurou??? Não!!!! Como sempre “não sei de nada”, “não vi nada”, não sou responsável por nada”…
Agora estão querendo “arranjar” um administrador pra organizar churrasquinho, caldinho, bingo, torneio de bocha, torneio de buraco…. Coisas do conselho omisso, ausente e incompetente….
GARIMPO:
“Esse mesmo time, colocado na Série A? Lutaríamos para não cair. Sinceramente, sim. ”
Pezzolano (em entrevista ao Esporte Espetacular)
Sr. Dalai,
Me lembro bem dos jogadores do Cruzeiro, nos meados da década de 1960, percorrendo os “grupos escolares”.
Eu estudava no Grupo Escolar Francisco Sales, que,até hoje está lá, há um quarteirão do antigo “Estádio Juscelino Kubitscheck “.
Ganhei régua e caderno e foi sorteada, pelo saudoso lateral direito Pedro Paulo,uma bola azul com o escudo do Cruzeiro e eu fui o contemplado.
Saia do Grupo e assistia aos finais dos treinos no Barro Preto e tinha um caderno recheado de assinaturas dos nossos ídolos: Tostão, Dirceu, Piazza, Evaldo, etc.
Tambem estudei no Francisco Sales de 64,65,66 me lembro muito bem do Piazza e Raul na minha sala de Aula, da Dona Maria Jose’
Vc é Ben Hur do bistrô Milano? Estamos te procurando! Mandei e-mail pro touro de Vênus… Maurício e Betânia mari_betania@yahoo.com.br
TEMPOS DE SONHOS!!!
“….foi sorteada” ?????? Sei…….
Não entendi sua dúvida : ” foi sorteada uma bola “. Qual o problema ?
Melhor, pergunte ao José Antônio e se fosse: eu, João (fictício), fui sorteada com uma bola. Qual é o problema, Sr José??? O sexo ou gênero, cis, trans, bi, Sr José, provoca no Sr a necessidade de destacar ou documentar??? São seres inferiores para o Sr, Sr José??? Devem ser destacados e ridicularizados, Sr José Antônio??? O mundo te pertence Sr José Antônio e o Sr é daqueles únicos e maravilhosos “perfeitos” que tem o direito e deve habitá-lo.
Ah! Em tempo: o Prof Dalai te acolhe e concorda.
Bom dia, Dr. Dalai e Prezados irmãos 5 estrelas, estamos nos aproximando da tão sonhada data do retorno à Série A. Não é só futebol. É esse lindo esporte também, mas o que está em jogo transcende o campo, pois é o triunfo do planejamento e da fé, tanto do Cruzeiro, quanto nossa, os torcedores. Nesse momento temos de ser conscientes e sábios. Uma coisa que fiz já há cerca de 1 ano e meio foi adquirir pela internet a camisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Recebi em casa e costurei o escudo do Cruzeiro na manga assim que a encomenda chegou. Uso com orgulho e consciência, pois faz parte do que acredito e do meu jeito de ser. Quem quiser fazer o mesmo, o link é:
https://observatorioracialfutebol.com.br/
Nos próximos jogos temos de ter cuidado com a nova política de retirada de pontos.
Creio que esse risco pode surgir de três formas, no nosso caso:
1) Um fato genuíno de racismo, o que seria lamentável e injustificável e o autor tem de ser identificado e entregue `a polícia, para receber a punição prevista no código penal, com o devido processo e direito ao contraditório. (Para evitar esse fato lamentável, devemos nos informar e conscientizar, antes de ir ao estádio. Todos somos responsáveis!)
2) Um torcedor rival infiltrado, que tem de receber o mesmo tratamento do caso 1, acima, sendo identificado e entregue, ileso, às autoridades.
3) Uma gravação não identificada, divulgada por ALGUMA rede de TV de BH, cuja fala ninguém presenciou ao vivo, cuja imagem não foi gravada em nenhuma das câmeras do estádio e cuja gravação tem mais de uma versão de qualidade de áudio… POR QUÊ EU ACHO QUE ESSE É O CASO MAIS PROVÁVEL NESSES PRÓXIMOS JOGOS?
KKKKKKKKKKKKK o cara ta surtando kkkkkk também esperou 3 anos na serie BBB kkkkkkk e compreensivel kkkkkkkkkkkk Aproveitando…. este espaço aqui, vulgo quintal, cada dia mais vazio kkkkkk daqui a pouco só o “tonho da Lua” do pepe Lega vai ta frequentando aqui kkkkk
Justiça de MG absolve torcedores do Atlético-MG acusados de injúria racial contra segurança; Galo consegue indenização
Desembargadores apontam que irmãos agiram em “crescente e justificável ira” contra segurança; Galo obtém sentença de R$ 15 mil contra torcedores
Por Redação do ge — de Belo Horizonte
28/07/2022
https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/07/28/justica-de-mg-absolve-torcedores-do-atletico-mg-acusados-de-injuria-racial-contra-seguranca-galo-consegue-indenizacao.ghtml
“SÓ SE SUSTENTAM COM A OFICIALIZAÇÃO DO CALOTE”
Tem razão o Teobaldo! A Safadeza inicia a nova era do futeboleco brasileiro com prósperos laranjais… No faz de conta do “Bailão”, é irrelevante saber quem são os verdadeiros donos dos Clubes.
O SHOW DE CORRUPÇÃO, DE MÁS GESTÕES E OMISSÕES DOS TORCEDORES levaram os CLUBES aos descontrolados endividamentos!!! As soluções fora da Safadeza existem sim… O “marketing patife” também joga contra elas!!!
Sr. Dalai, tenho observado as três SAFs já oficializadas. Vasco da Gama, Botafogo e Cruzeiro. Parece que, das três, o Cruzeiro é quem ficou com menos dinheiro. Sem entrar em detalhes, o Cruzeiro SAF é em mais frequenta a mídia, quem mais aparece e quem mais está dando certo. Por quê? Pela história resgatada e pela credibilidade do Ronaldo. O maior acerto do Cruzeiro foi Ronaldo, alguém que não deve ter os bilhões anunciados por outras pretensões, mas que trouxe novas possibilidades, conhecimento, história verdadeira e credibilidade. Acendeu a torcida, criou vínculo estreito. Por isso está dando e vai dar certo.
Prof Dalai, o que os bocoiós de plantão querem dizer com “oficialização do calote” a não ser uma profunda ignorância dos processo de negócio? Meu Pai, em sua imensurável sabedoria, já dizia: “Filho, ninguém é obrigado a tratar. Tratou? É obrigado a cumprir. Não consegue cumprir? Chama para o destrato.” Ora, é isso. ONDE ESTÁ O CALOTE?
Imagino que seja uma paixão clubística que, em uma instância qualquer decide que tem que matar. Tem que morrer. São aqueles caras que, entre os torcedores (ou simpatizantes – como eu) brigam, matam …
Ora, por exemplo, o Cruzeiro deve ao Sr Dedé 20 milhões (nuuuuu!) e não consegue pagar como o Sr Dedé gostaria – a vista!!! Ora, chame o Sr Dedé e … adivinhe … negocie.
É muito chato ler pessoas inteligentes verbalizando uma não inteligência.
Coisa de exterminador: que que vc morra!!!!! Que nojo!
Onde está a “institucionalização do calote”? Esse bocoió aqui vai te dizer, embora haja um probleminha com o texto: é preciso saber interpretar o que está escrito! Pesquise aí “Lei 14.193 de 6/8/2021”. Não deveria, mas vou te ajudar:
– se abstenha da interpretação objetiva e dê atenção aos temas que tratam do “modus operandi” que separa os deveres das associações dos deveres da SAF (tenho 6 anos pra te pagar, mas podem virar 10 anos; e ao final dos 10 anos, se eu não te pagar, o problema volta para a associação… que estará quebrada e não terá patrimônio para vender, capiche? E o judiciário, VEGONHOSAMENTE, vem aceitando que as associações façam adesão à RCE – nessa o CSA-MG quebrou a cara, sou forçado a reconhecer);
– permaneça vigilante quando ler sobre a definição da sucessão (acredite, amigo, a SAF não é sucessora da Associação. Pode isso, Arnaldo?);
– fique velhaco quando passar pela necessidade de se doar o patrimônio das associações como garantia dos investimentos (aposto que você já se esqueceu disso… a conclusão é: quem investe não perde, sacou?);
– observe com atenção a isenção de impostos para os investidores (parece piada, mas não é! O nosso Congresso deu isenção de impostos para alguém GERAR O PRÓPRIO LUCRO, mas quem vai pagar a conta somos nós. Ou seja, o investidor capitalizará o lucro e socializará a desgraça!!)
E aí, você ainda continua achando que a “institucionalização do calote” não existe?
Teobaldo, meu admirado e respeitado adversário. Pela sua leitura, então, REFIS é uma “institucionalização do calote”, certo?
Bocoió!
O analfabetismo funcional ainda vai acabar com o que resta desse país! E não satisfeito com a própria burrice ainda ofende a quem o trata bem! Coitado…
Ô bocoió, que falta de argumentos. Considerei você mais lúcido antes. Vamos lá, para você, inteligentíssimo, de novo: o REFIS nacional é um convite ao calote ou, melhor, institucionalização do calote. Certo????
Ah, olha, vou torcer pelo Ameriquinha agora. Tchau.
Espero que hoje o Cruzeiro torne o jogo fácil. Um gol nos primeiros minutos seria perfeito.
Uma cena de Hospital e a volta pra casa.
Durante a minha vida, pouquíssimas vezes tive que recorrer e fazer uso do Hospital. Já visitei parentes, algum amigo e, em uma dessas visitas a um grande comparsa, um fato me marcou muito. Ao lado da cama desse meu amigo, tinha um rapaz do Estado do Amazonas hospitalizado na Santa Casa por 2 anos.
A ala onde meu amigo e o rapaz estavam era a enfermaria. E, pra quem nunca esteve em um hospital, a enfermaria é o lugar onde ficam vários pacientes lado a lado. Apesar de não ser por razões óbvias um lugar festivo, as pessoas ali conversam, trocam experiências. Meu amigo me contou sobre o rapaz da cama ao lado. O rapaz sorriu, e fiquei sabendo sobre a história dele. O rapaz queria me contar e fui mais a fundo sem ser invasivo, pois vi no semblante dele, várias facetas. Felicidade, orgulho…
Ele falou que estava lá, naquela cama há 2 anos. Um grave acidente de moto. Resolveram transferi-lo para Belo Horizonte, sendo que nesse período entre AM/MG, já tinha passado por várias cirurgias. Um verdadeiro milagre estar vivo ele me confidenciou..
Ao lado da cama, em uma mesinha dessas que tem em todo hospital, alguns biscoitos, objetos pessoais masculinos e femininos, o que me fez pensar que ele estava acompanhado. Como disse, não queria ser invasivo, me calei apenas observei.
Minha “missão” ali era ser um excelente ouvinte e, como ele era um bom “orador”, o assunto prosseguiu.
Ele me contou das cirurgias, do acidente, que foi acordar depois de 60 dias após o ocorrido. Mínimos detalhes ele quis relatar. Eu ali e meu amigo a quem fui visitar escutando a tudo calados.
De repente, entra uma mulher no quarto confirmando o que observara: era a acompanhante dele entrando no quarto com uma sacola.
Os dois, com traços caracteristicamente indígenas e quem já visitou a região norte do país sabe que é algo marcante, me contaram que o acidente se deu um mês após o casamento deles. Nesse momento pude notar novamente o porquê de ter uma mulher na ala masculina da enfermaria, nem sei se podia, ou apenas era uma excessão pelo motivos já mencionados.
Ela, a acompanhante/esposa no primeiro momento estava mais
calada, mas aos poucos foi se soltando, Acho até que ela já tinha adquirido um pouco do “desconfiado minerês”, mas após algum tempo, já estava falando mais e até um sorriso discreto, por ora envergonhado ,era notado.
O rapaz, tomado de emoção me confidenciou que a esposa, não o abanou nenhum dia nesses dois anos. Todos os dias ela permaneceu do lado dele. Ela, mais envergonhada ainda, pedia pra ele parar.
Minha vontade era de falar pra ela que o deixasse, que o amor tinha e tem que ser verbalizado, que ele só estava falando um “obrigado” ou um “amo você” em forma de relato. Não o fiz, continuei ouvindo.
Me contou também que ela só conseguiu vir pra MG, pois uma instituição a abençoava com algum dinheiro. “Iam “se virando”.
O dinheiro nem era o que mais importava. Os dois estavam juntos, na mais linda história de amor que alguém presencialmente me contou.
Via alegria em seus rostos e me perguntava: Gente, com tanto sofrimento, com tamanha provação, como conseguiam sorrir? Aquilo foi me tomando, quando disse: vocês estão de parabéns, preservaram e preservam a alegria, o amor.
Eu ali, um completo idiota tentando usar as palavras corretas, falando sobre amor… fui interrompido pela aquela já naquele momento eloquente mulher:
“Mas acabou”!
O sofrimento tinha data pra terminar. Eles tinham recebido da assistente social a notícia que em poucos dias voltariam pra casa.
Lágrimas escorriam no rosto deles e confesso: me emocionei também.
Minha lição pra vida estava dada naquele dia. Me despedi deles, do amigo, nunca mais me esqueci desse casal.
Hoje, depois de 3 anos, depois de passar vários dias no Hospital, o Cruzeiro Esporte Clube “voltando pra casa”.
Lágrimas escorreram de muita tristeza nesse período, fato. Mas essa torcida, igual a esposa daquele paciente que um dia conheci em um acaso, hoje, se escorre alguma lágrima em sua face, é de alegria.
Acabou!
São lágrimas de alguém que esteve lado a lado, o tempo todo, em um exemplo de fidelidade e amor! Se existem lágrimas, agora, são de alegria.
Parabéns Cruzeiro, parabéns Torcida do Cruzeiro!
Nós nunca iremos te abandonar
De mãos dadas, como tem que ser escrita uma história de amor, a “volta pra casa” também vai ficar marcada na minha memoria.
Enquanto lia a sua bela crônica, recordei-me do Cânticos dos Cânticos, embora entenda que essa não tenha sido a sua intenção!
Nossa! Que analogia infeliz. Cruz credo.
Cruzeiro Sim!, vc escolheu maravilhosamente seu codinome. Vc é um idiota funcional. Denegrir dessa maneira a gratificante crônica de seu confrade Leonardo… Vc é o cruzeirense tipico: desprovido de qualquer tipo de noção, mesmo aquela que diz respeito ao seu clube. Desprovido.
Palitando dentes que torturam lâmina de faca… O Galão da Massa vai daqui a pouco espatifar o Micróbio Verde, numa esporada só desancar a inteira porção de Minas que torce contra o Comandante destas Gerais… Vai, Galo!!! Canta alto pro pais inteiro ouvir!