O Cruzeiro venceu o time que é considerado hoje o melhor da América do Sul, invicto nos últimos 15 jogos e que na semana poupou todos os titulares na Copa do Brasil, descansando seus craques para a disputa de ontem.
Há 07 anos o Cruzeiro não vencia o Flamengo e quebrou este tabu perante 52.700 testemunhas motivadas durante 90 minutos de um grande e surpreendente jogo. A evolução do Cruzeiro, iniciada nos dois últimos jogos, dava uma relativa expectativa de boa atuação contra ao Flamengo, mas encolhia ante a categoria excepcional do adversário. Era difícil acreditar na vitória, mas isto durou só até o apito inicial.
Aí, para surpresa geral, surgiu um time de futebol, vestindo a camisa mais bonita do mundo. Toque de bola, coalizão, sistema defensivo afinado, meio de campo raçudo retomando bolas, e um ataque atrevido, carimbando a trave, testando os milagres do goleiro Rossi.
Coisa de esfregar os olhos, testar se a gente está acordado ou sonhando. Custei a acreditar. Será que estou vendo mesmo o que estou vendo? No saldo final, 17 finalizações nossas e 6 do Flamengo.
Você se lembra, caro leitor e corajosa leitora, até há pouco tempo, fizemos jogos sem qualquer finalização certa, daqueles que se o adversário não tivesse goleiro, ninguém notaria.
BATE PAPO NO QUINTAL
1. Gabigol – predestinado. Entrou aos 43 minutos do segundo tempo e bateu o pênalti que deu a vitória ao Cruzeiro. Na fração de segundos entre a defesa parcial de Rossi e o rebote que resultou no gol, deve ter havido alguns acidentes cardiovasculares. Sem necessidade, viu, Gabigol! Você bateu no modo-loteria, aquele em que se o goleiro advinha o canto dá tudo errado. Nas próximas, por favor, bata no modo-segurança: canto superior, direito ou esquerdo (pode escolher e avisar o goleiro), usando força média, pra não isolar a bola.
2. Leo Jardim – Nota 9 no clássico de ontem. Manteve o time até os 40 do segundo tempo, mesmo com a entrada de quatro jogadores no Flamengo, aos 35 minutos do segundo tempo. Dentre os que entraram, velocistas como Michael. Corremos riscos desnecessários. Leo Jardim teve mais sorte que juízo.
3. Vingança mineira – Da última vez que o Flamengo veio a Belo Horizonte, ganhou o primeiro título nacional disputado na Arena MRV. Saiu com o troféu da Copa do Brasil e deixou um vexame pra nós mineiros. Ontem, pensava em recuperar aqui a liderança do campeonato brasileiro. Voltou para o Rio com o rabo entre as pernas. Descontamos a surra dada em nosso irmão menor.
4. Sada Cruzeiro sensacional – Pela nona vez, o time de vôlei do Cruzeiro é campeão da Superliga, batendo o Campinas por 3 x 1, no Ginásio do Ibirapuera. Como equipe, está entre as maiores vencedoras do mundo, em todos os tempos.
5. Romulo não desiste de tentar validar moralmente o “titulo” de 37, outorgado ao Atlético pelo presidente Ednaldo, com a mesma autenticidade que se distribui títulos de cidadania.
Meu caro Romulo, é admirável seu esforço de combatente, mas, desculpe-me, assim como Dom Quixote, você ataca moinhos de vento. Como pode ser reconhecido campeão brasileiro quem disputa torneio regional (exclusivo do sudeste brasileiro, incluindo a Marinha)?
E os times do sul, norte, nordeste do país?
Porque se passaram 80 anos sem ninguém nem pensar nesta brincadeira “oficial”?
A não ser Ednaldo, outro presidente da CBF faria isto?
A comparação de 1937 com 1966 fere a lógica e o bom senso. Mas se é assim tão importante pra vocês esse “faz de conta”, vou recolher as armas, decretando silêncio perpétuo sobre o tema. Comemorem à vontade…
6. João de Deus Filho, grafando suas mensagens por volta de 8 da noite de quinta-feira (antes, portanto, de Cruzeiro x Vila Nova-GO e de Cruzeiro x Flamengo) deitou e rolou em cima da inoperância do ataque azul, centrando o tiroteio no Gabigol. Precipitou.
GARIMPO
“O bonito da vida é não saber quando o inesquecível está sendo inaugurado.”
(Zack Magiezi)
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Bom dia amigos !!! …enfim temos um
TIME a ser lapidado….manter o foco ,a pegada….