CRUZEIRO SE IMPÕE… MAS COCHILOU UM MINUTO!

Continua valendo uma das mais antigas máximas do futebol: quem não faz, leva.

No Allianz Park lotado, o Cruzeiro encarou o Palmeiras, impôs o seu jogo em boa parte dos 90 minutos e teve as três melhores chances de gol, uma delas com Wesley sozinho, bola dominada e diante do goleiro Marcelo Lomba, após receber passe magistral, em profundidade, de Lucas Silva. Há três meses atrás seria o caso de banir o atacante, pra nunca mais voltar à Toca. Não agora, quando ele felizmente se reencontra e se ajusta ao habilidoso ataque azul. Teremos um turno inteiro pela frente com esse novo Cruzeiro pra ajustar a sintonia fina produzindo finalmente os gols que estão faltando. Sábado recomeça, contra o Corinthians, às 21h no Mineirão.

Tal como aconteceu com o Athletico Paranaense, o Flamengo e o Botafogo, também contra o Palmeiras o Cruzeiro se impôs com uma defesa sólida, a segunda menos vazada do campeonato, meio de campo organizado, brigador, e toques de classe ao avançar para o gol. Aí, pecamos nas finalizações.

Falta pouco. Estamos no caminho certo.

Quanto ao árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães, fiquei com a impressão (que pode ser passional) de que nos prejudicou deliberada e sutilmente. Em 3 ou 4 contraataques, decorrentes de retomada de bola no meio campo, com flagrante possibilidade de êxito porque a defesa palmeirense estava avançada, ele sustou, marcando falta nossa, sendo que jogadas semelhantes, em outros contextos, passaram em branco. 

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Lucas Silva – Alguns grupos sociais, dentre os 90 que tenho a honra de participar, despejam críticas porque o nosso meio-campo perdeu a bola que resultou no contra-ataque palmeirense, a falta e o gol.  Meu Deus! O jogador, de cem jogadas, brilha em 99! No mais alto estilo e contundência…

2. Grande é grande – Durante o jogo no Allienz Park, viam-se duas grandes placas: O PRIMEIRO CAMPEÃO DO MUNDO e O MAIOR CAMPEÃO BRASILEIRO.

Ao mesmo tempo, durante a transmissão, o narrador informava o retrospecto das partidas entre os dois Clubes, tanto na Libertadores quanto no campeonato brasileiro, e a vantagem, apertada, era do Cruzeiro. Em outras palavras: há decênios, o Palmeiras, mesmo com este histórico vencedor anunciado pelas placas, no seu estádio, ficava em desvantagem diante do Maior de Minas e do Melhor Clube Brasileiro fora do eixo Rio-São Paulo.

São fatos. E não se pode tampar sol com peneira. O atleticano não se conforma com isto. Mas deveria aceitar pra sofrer menos.

3. Carlos Lima contesta o blogueiro que identificou progresso do time:

“Se acreditarmos nessa cantilena, logo, logo a vaca estará irremediavelmente no brejo. O fato é que estamos mais perto do inferno do que querem nos fazer acreditar.”

Carlos, quando falo em melhoria a comparação é com o time de três ou quatro meses atrás.

4. João de Deus Filho, nosso Guru da Racionalidade, descuidou na dosagem do Chá de Cogumelos, recostou-se numa aconchegante poltrona, fechou os olhos e logo já estava de mãos dadas com Alice, retornando ao Paraíso…

“Nossa SAF está em andamento e o clube agora não tem mais dívidas. Nunca mais o atleticano vai sofrer, lendo matérias em qualquer mídia falando sobre a maior dívida do futebol brasileiro. A nossa está zerada.”

Isto é mágica! E o responsável deve ser Mister M!

Num estalar de dedos, dívida monstro de quase dois bilhões de reais desaparece, tal como aconteceu com o Shopping Diamond, deixando em seu lugar o estádio mais moderno das Américas…

Meu caro João, desculpe, isto não existe! Prepare-se para a hora da verdade. Voltamos àquele tema de sempre: “não há almoço de graça”!

5. Eduardo Silva, historiador azul, corajoso, enfia a mão em vespeiro ao abordar conflitos sociais que marcam os nossos tempos. Ideologias, políticas ou de gêneros, tornaram-se, hoje, temas que só podem ser manipulados com luvas de altíssima sensibilidade, pra não ferir nem constranger. O discordar não é licença pra magoar ou desmerecer. Nesses campos minados, de trajeto difícil e perigoso, a Internet – a meu ver – piora tudo porque coloca uma metralhadora giratória na mão de qualquer pessoa, seja ela prudente, que filtra informações recebidas e repassa o mínimo delas, ou o aloprado que acredita em tudo que vem em apoio ao seu credo político ou social e distribui na mesma hora, potencializando barbaridades. A IA torna agora tudo ainda mais perigoso: você vê e ouve uma pessoa falando mas é montagem!

6. Paulo Augusto sintetiza nosso dilema:

“… em uma sociedade onde se vende que a felicidade está na cerveja gelada e no consumo desenfreado, é preciso ensinar aos filhos os valores morais, na consciência tranquila, harmonia e paz de espírito. Verdadeiros e únicos valores que levamos dessa vida.”

É isto, Paulo Augusto, quando se tem dúvidas em vários pontos, temos de nos estreitar com os induvidosos.

7. Sarrafo subindo – Uma satisfação imensa para o blogueiro começou na coluna anterior e se repete nesta: primeiro, o show de racionalidade esportiva de Jamicel e Teobaldo. Agora o debate elegante, ético, entre os caros Augustos deste QUINTAL.  Tema espinhoso explodindo hoje no mundo inteiro, difícil, sensível, para os pais, como é a orientação sexual.  Não é novo.  Na Grécia antiga a homossexualidade já foi considerada a mais sublime forma de amor, sob as bençãos de Sócrates. Seguiu-se uma espécie de obscurantismo por séculos e, agora, por todos os cantos do planeta, o tema explode querendo tirar o atraso. Mas a pressa atropela. Confunde.  Para os pais, a meu ver, três combustíveis imprescindíveis: amor, respeito e prudência. 

8. Marcos Mineiro questiona o dilema azul: joga bem, mas perde ou empata. É isto mesmo, Marcos, mas não vai durar pra sempre. Precisamos da famosa “rebimboca da parafuseta” que de repente fará tudo funcionar bem.  Um reajuste aqui, uma troca ali, e o time colherá os frutos que já merece colher desde os quatro últimos jogos.  Futebol tem, como bem aponta Eduardo Silva. Vem aí um turno inteiro pra gente demonstrar isto.  

 GARIMPO

“Não acrescente dias à sua vida, mas vida a seus dias.”

(Harry Benjamin)