CRUZEIRO X FLAMENGO – FÉ E ESPERANÇA!

7 desta noite, Mineirão. Arrancar forças inimagináveis pra encarar o Flamengo que estreia Tite no seu comando. Parada dificílima, divisor de águas de um time que já errou além do que poderia errar. Oportunidades se afunilando, concorrência aumentando pra subir e pra cair. Lucas Silva, Bruno Rodrigues e Matheus Pereira são nomes que sopram a chama da esperança. Torcida, como sempre, marcando presença em números que impressionam. Cumpre a Zé Ricardo explicar a que veio formando um time mais organizado na transposição do meio para o ataque, no aproveitamento de bolas paradas. E que tudo resulte finalmente no que está faltando: gols nossos!

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Dinizismo em colapso – A derrota desconcertante da seleção brasileira diante do Uruguai coloca em xeque o técnico tampão. Manter a bola nos pés indefinidamente em nosso campo, com sucessivos passes curtos, às vezes dentro da área, não pode ser regra rígida. Em 90% das situações não leva a nada de positivo e cria perigo constante. Outra prova de que há algo errado:  as constantes tentativas de nossos atacantes em resolver sozinhos. Podem driblar dois ou três, mas dificilmente vão passar pela defesa toda. Inexplicável, também, a substituição de Neymar, contundido, por Richarlison, quando nosso embaraço era o meio campo.

Depois do desastre da Copa de 50, no Maracanã, talvez este seja o segundo maior feito dos uruguaios em cima do Brasil. O que impressiona é que a população do Uruguai é pouco maior que a de Belo Horizonte. Mais ou menos como imaginar uma disputa da seleção brasileira contra seleção de jogadores nascidos na capital mineira.

2. Fina ironia – Numa premonição, Teobaldo abriu o Bate Papo da última coluna referindo-se a “savoir faire”. Foi o gancho pra Duda Galardi dá na moleira do blogueiro:

“Parabéns pelo GARIMPO de hoje. Excelente começar a semana com essas pérolas de conhecimento.”

Essas “pérolas” foram críticas ao famoso “modus vivendi” do carioca, no caso quanto à proverbial impontualidade. Duda não foi o único a marretar. Coloquei aquele Garimpo porque foi redigido por quem nasceu no século 19 e o propósito era mostrar que incrivelmente nada mudou. O carioca tem mil qualidades, dentre as quais não se encontra a pontualidade. Em meus tempos de imprensa, um colega trabalhou no Rio por dois anos e depois, na mesma empresa, mudou-se para São Paulo. Passado um tempo nos reencontramos e perguntei a ele a diferença entre cariocas e paulistas. No Rio, disse ele, cheguei e dias depois três colegas me prometeram um churrasco de fim semana que nunca chegou. Em São Paulo, meses após, um colega se aproximou, perguntou se eu tinha programa para o sábado. Ante a resposta negativa, mostrou-me um mapa, com um endereço, horários e disse: “Será um prazer recebê-lo para o almoço.”

3. Augusto, comprovando o nível da histórica rivalidade que nos “une”, não se esquece das referências ao 2 x 1 do primeiro jogo Sub-20 entre Coimbra e Cruzeiro, porque o nosso gol foi feito nos acréscimos do acréscimo. Imagine! Depois disso não só houve o segundo jogo, quando nos sagramos campeões mineiros, como também aconteceu o histórico título de Campeão da Copa do Brasil Sub-20, em cima do Grêmio. Mas Augusto volta lá atrás e ressuscita nosso gol nos acréscimos. Meu caro, se fôssemos ficar lamentando gols que sofremos assim, não teríamos tempo pra mais nada aqui.

4. Jamicel, tal como prometido, esteve na Arena Cuiabá e faz agudas observações:

a) Lucas Oliveira foi bem como volante, pois jogou o simples com passes de primeira e dinamizadores do jogo;

b) a saída do William prejudicou muito o rendimento do time já que o Cruzeiro explorava jogadas naquele setor e conseguia manter a bola na intermediária e no ataque, sem dar chances ao Cuiabá. Assim que William saiu perdemos o domínio do jogo, pois o Palácios marca muito mal.  O Cuiabá percebeu e começou a jogar em cima dele;

c) Matheus Pereira é diferente e vai ser importante, caso não se machuque e se adapte rápido.”

5. Gustavo Bianchetti leva o blogueiro às cordas:

“Dalai, imagino que seu feriadão tenha sido à base da Cristalina do Picão! Porque vc viajou na maionese. Vejamos:

1) O sub 20 jogou na terça, na quarta ou na quinta-feira contra o Coimbra? Decida-se.

2) Me explica como as camisas do Manto da Massa IV estão encalhadas, se a produção é por demanda de venda. São produzidas apenas camisas vendidas antecipadamente.”

Meu caro Gustavo Bianchetti, em primeiro lugar, obrigado pelo honroso interesse com o nosso Sub 20, numa semana em que o lanterninha do Brasileiro aprontou na Arena MRV. Sem contar as duas barras pesadas que enfrentaremos hoje: nós o Flamengo, vocês o Palmeiras.

A questão do segundo jogo com o Coimbra, na Toca 2, teve três datas possíveis porque dependia de dois fatores: classificar-se para a final da Copa do Brasil da categoria, tendo assim de superar o Fluminense, e a fisiologia, tempo de recuperação para os atletas. Decidiu-se, finalmente, pela quinta-feira, 12 de outubro, com descanso na sexta e sábado. Não se exclui aqui algum vacilo do blogueiro na abordagem dos fatos. O histórico jogo da final contra o Grêmio ocorreu no domingo, dia 15. Felizmente pra nós, o planejamento foi Nota 10.

Quanto ao fracasso retumbante do “Manto da Massa” dirija-se, por favor, ao departamento de esportes da Radio Itatiaia. Lá foi divulgada a notícia, em manchete.

No mais, tal como você, gosto de ver duelos de esgrima neste Bate Papo. Não, briga de foice, no escuro, dentro de cisterna, que é pra onde nos remetem os palavrões.

6. Eduardo Silva lembra que com o título inédito da Copa do Brasil, o Cruzeiro se tornou o maior campeão nacional da categoria Sub-20. E relaciona os 5 maiores:

1. Cruzeiro – 5 títulos (4 Brasileiros e 1 Copa do Brasil)

2. Palmeiras – 4 títulos (2 Brasileiros e 2 Copas do Brasil)

3. Internacional – 4 títulos (3 Brasileiros e 1 Copa do Brasil)

4. São Paulo – 3 títulos (3 Copas do Brasil)

5. Grêmio – 2 títulos (2 Brasileiros)

Com o cotovelo inflamado, Marcelo pergunta e responde: “Sabe o que isto significa? Nada!”

Você acha mesmo? Pense na correspondência entre estes títulos e a grandeza dos Clubes. Em verdade, significa muito!

GARIMPO

“Toda crítica é uma autobiografia”

(Oscar Wilde)