DE VOLTA PARA O FUTURO! - Quintal do Dalai

DE VOLTA PARA O FUTURO!

  • por em 26 de junho de 2025

Cruzeiro/Flickr/Reprodução

Jogadores do Cruzeiro reapresentam-se amanhã na Toca 2, após miniférias. Exames médicos, densidade óssea, aferição muscular, psicológica, até podológica… tudo conferido pra tentar voltar no mesmo nível em que paramos, ou seja, como um dos três melhores times do Brasileiro na visão da crônica esportiva.

Uma das maiores expectativas é Matheus Henrique. Lesionado no menisco do joelho direito, em abril, partida contra o Mushuc, foi operado e entrou em processo de recuperação na Fisioterapia do Clube. Está na hora de voltar e aí vem a pergunta ainda sem resposta: quem vai sair no meio de campo pra ele entrar?

Repercute a entrevista de Ronaldo: Reduziu pela metade a dívida do Cruzeiro, que era de 1 bilhão e 200. Acha que acertou na mosca ao escolher o seu sucessor, Pedro Lourenço.  E no final, a frase que vem tirando o sono de muita gente:

“É questão de tempo para que o Cruzeiro domine o futebol brasileiro.”

Sorry, periferia.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Viva o Mushuc! Viva o Sousa!  O que seriam dos atleticanos se não fossem essas duas zebras recentes na história do Cruzeiro?  Com a supremacia azul voltando com força nestas Minas Gerais, em praticamente todas as modalidades esportivas, o que escreveriam aqui Augusto, Roberto Cardoso de Sousa, Agora Vai, Marcelinho Mineiro, João de Deus?  A Barraca Atleticana, estrepitosa de natureza, ficaria em silêncio vendo o bloco passar.

Atordoado pelos acontecimentos, o pessoal de Vespasiano resolveu requentar fracassos episódicos do Cruzeiro, na Copa do Brasil do ano passado e na Sul-americana deste ano tentando com eles responder à realidade crua dos tempos de agora. A gente escuta, lê e pensa: Como o atleticano tem coragem de falar em Copa do Brasil com o maior vencedor desse torneio? Como consegue “festejar” nossa eliminação da Sul-americana, sendo vizinho da zona de rebaixamento no Brasileiro até duas rodadas atrás? Vendo o Cruzeiro na co-liderança, com os mesmos pontos do Flamengo e tendo vencido o confronto direto?

Cara de pau, é pouco!

A gente poderia relembrar aqui vexames históricos do Atlético como a absurda eliminação diante do Afogados da Ingazeira, na Copa do Brasil, município de 40 mil habitantes, no Vale da Pajeú, em Pernambuco.  Os jogadores do Afogados se disseram bastante cansados depois do jogo pois tinham vindo direto do serviço para o campo. Quais serviços?  Servente de pedreiro, embalador de mercadoria, médico, frentista de posto de gasolina, caixa de supermercado…

Ao contrário dos atleticanos, não precisamos abrir o baú. Os dois vexamões recentíssimos, na Arena Meu Rival Venceu e em Buenos Aires, estão com tinta fresca.

Além deles, amarelam a Barraca, os balancetes descarnando essa dívida misteriosa que só cresce quanto mais se paga; o fracasso generalizado nas demais modalidades esportivas, sub-20, que perdeu a terceira consecutiva, terça-feira para o Fortaleza (3 x 0), e está na zona de rebaixamento. Tudo isto, além da incógnita do “gramado” da Arena, após cinco reformas.

Então, viva o Mushuc! Viva o Sousa!

2. Augusto Andrade não alivia:

“ A Turma da Ação entre Amigos do patetiquinho está tentando vender um número de rifa por 100 milhões. Difícil algum investidor aplicar dinheiro pra “ganhar” prejuízo. O Corinthians deve 40 milhões a mais que o Atlético. Só que tem a segunda torcida do Brasil.

O Atlético está atrás do Cabuloso, do Flamengo e do próprio Corinthians, em Minas…”

O pior é que é quase tudo verdade. Vamos atualizar: Em Minas o Atlético só perde para Cruzeiro e Flamengo.

3. Alô, alô, fiscais da ética & moral! Está ensurdecedor, na Barraca Atleticana, o silêncio sobre o negócio Atlético-Paulinho-Palmeiras. 100 milhões de reais. Quem enganou quem?

4. João de Deus Filho foca o jogo de maior torcida no Mineirão, final do Mineiro, Cruzeiro x Vila Nova. 132 mil pessoas. Pagantes foram apenas 74 mil. Entraram de graça 57 mil. E comenta:

“Claro que foi uma grande jogada de marketing pra que a torcida pudesse gritar que detinha o maior público do estádio. Porém, assim fica fácil, ne?”

Não é fácil não, João. O Atlético já tentou fazer o mesmo (mulheres entrando de graça) e não conseguiu figurar nos registros históricos do futebol.

Na última terça feira, dia 22, o jogo completou 28 anos. Foi realizado em 22 de junho de 1997. Decisão do campeonato mineiro. 132.834 torcedores estavam no Mineirão, hoje com a capacidade reduzida a menos da metade.

5. QUINTAL em livro vem aí –  Resumo em crônicas curtas da odisseia do Cruzeiro e o quanto foi importante a Nação Azul. Num espaço para o contraditório, meu filho atleticano Gustavo Rocha participa.  É “um estranho no ninho”. 

Quero ter o prazer de rever velhos amigos, conhecer os novos,  cumprimentar, enfim, TODOS os que frequentam este QUINTAL, seja participando do Bate Papo seja acompanhando nos grupos essa façanha das segundas e quintas. 

Será dia 26 de julho, sábado, a partir de 15.00 hs, no Restaurante Bebedouro – Espaço 356 – Bairro Olhos d´Água – BH. O chopp é oferta da casa.

Venham tranquilos: na portaria haverá um detector de armas!

6. Rafa! – A próxima coluna, dia 30, segunda-feira, última do mês, será assinada, como sempre,  pelo nosso revisor-editor Rafael de Novaes Rocha. De novo, o olhar prospectivo de um jovem atento ao seu tempo no instante em que o Cruzeiro parece reencontrar o seu passado grandioso.

GARIMPO

“O Brasil não é para principiantes.”

Tom Jobim (1927-1994)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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