DEPOIS DE AMANHÃ, 19H, TOCA-3!

Será contra o CRB, no Mineirão, a próxima “final” do Cruzeiro em sua caminhada de retorno à Série A. Melhorando aos poucos o entrosamento entre as suas peças, a cada jogo o time apresenta progressos que se convertem em vitórias, como aconteceu sexta-feira em Ponta Grossa. Há, ainda, correções a serem feitas, em especial nas batidas de escanteio, faltas e chutes a gol. Erramos muito. Mas acertamos também, de vez em quando, e isto tem sido suficiente para nos manter no topo, graças à garra dos jogadores em campo, nas divididas e nas bolas “perdidas”, sempre com a força da arquibancada.

Este bom momento se reflete em dois campos: na Tabela e no Quadro de Sócios Torcedores, já ultrapassando 55 mil.

No pós-jogo, sexta-feira, Pezzolano enalteceu a sofrida vitória sobre o Operário Ferroviário (nome completo do time) mas lembrou que ainda não ganhamos nada e que parte do êxito atual se deve a mantermos os pés no chão.

Contusões e suspensões, ao mesmo tempo que retardam o encontro de um time titular, permitem testagens importantes, como ocorreu com Leo Pais e Pedrão. Leo marcou nosso primeiro gol e Pedrão, apesar de entrar no fim do jogo, teve atuação destacada pelo treinador.

Quarta-feira, contra o CRB, novamente diante de sua torcida lotando o Mineirão, as expectativas se concentram num jogador que já era conhecido, vinha atuando, mas que na última partida conquistou dimensões maiores: Jajá. É tudo que a gente precisava: um cara “liso” na frente, pra desarmar ferrolhos. Milhares de mãos estão prontas pra aplaudi-lo de novo.

BATE PAPO NO QUINTAL  

1. Mais uma “final” vencida – Contra o Operário, em Ponta Grossa, aconteceu o mesmo dos últimos jogos: o adversário cresce, se multiplica, parece jogar com 20! Todos querem parar o líder, pra dividir manchetes. E é preciso ser “casca grossa”, como disseram alguns comentaristas, pra fincar o pé e mostrar quem manda no pedaço. Onde falta inspiração tem que haver transpiração. Estamos no caminho certo.

2. Marcinha Guedes – mesmo alertada –  não consegue separar razão de paixão.  E insiste: o Atlético é o Maior de Minas.

Marcinha, há uma espécie de mandamento popular que seria muito útil pra racionalizar seu entendimento: contra fatos não há argumentos!

Quem fala são os números, as conquistas, os títulos – por exemplo – Maior Campeão da Copa do Brasil. Foram seis vezes.

Tetra campeão brasileiro!

 Não é pouco. Estas façanhas épicas, ao longo do tempo, vão aumentando a dimensão de um Clube levando-o a se destacar dentre os concorrentes. Neste último século foi o que aconteceu com o Cruzeiro. Por isto ele é o Maior de Minas e o Maior Clube Brasileiro Fora do Eixo Rio-São Paulo.

Em 2019 eclodiu um tsunami interno que arrombou seus cofres e deixou dezenas de contratos como bombas-relógio com alto poder de destruição. Caiu para a Série B. Quando, em janeiro de 2020, arregimentava forças para retornar à elite, surgiu o Coronavirus trancando o mundo em casa. Foi impossível subir. O mesmo ainda ocorreu em 2021. Nesse período o Atlético se reestruturou de forma a tornar-se um dos melhores do Brasil. Lógico, por isso, que está o Maior de Minas.

Entendeu, Marcinha?

3. José Antônio, insistindo em auditar o Cruzeiro, acusa o blogueiro de … 

“…voltar com a teoria esdrúxula do VAR do Bem (que só é “do bem” quando é a favor) …” 

Não, José Antônio, o VAR é do Bem, pela simples razão de que é do Bem e não do Mal. Surgiu de uma “limpa” nos quadros da arbitragem e do VAR. E está fazendo muito bem ao futebol brasileiro. Mas não se preocupe: o Atlético tem time pra vencer sem pênaltis estratégicos! 

4. Laner de Lucena Murad – “após longo período sabático” – retorna pra confessar:

“… nem em meus melhores sonhos esperava tanto progresso em tão pouco tempo. ”

Meu caro Laner, depois de dois anos terríveis, dentro e fora do campo, o Cruzeiro finalmente se reencontra, a ponto de incomodar o outro lado da lagoa. Agora é olhar pra frente, mantendo os pés no chão. Mas os sonhos estão liberados…

5. Avalanche de Sócio-torcedor – Éramos 8 mil, em janeiro. Somos 55 mil em maio. Time e torcida crescendo no esforço de reencontrar a História.

6. Bruno Araújo de Carvalho, cornetando Pezzolano, não quer ver o Cruzeiro preso a um esquema fixo de três zagueiros. Acha que experiências com dupla de zaga devem e podem ser feitas quando o time tem relativa folga na tabela.

Meu caro Bruno, a nossa equipe técnica deve variar o esquema defensivo mais pra frente. A saída do terceiro zagueiro possibilitará a entrada de mais um volante no meio. Chegará essa oportunidade, não tenha dúvida.

7. JCSR, escrevendo seu comentário na manhã de sexta-feira antes, portanto, do jogo contra o Operário:

“Vencendo hoje e repetindo a dose contra o CRB, que foi uma pedra no sapato nos anos anteriores, poderemos encarar o Vasco em São Januário muito mais tranquilos na tabela. ”

Meu caro JCSR, 50% de suas expectativas já foram cumpridas. Vencemos o Operário, em Ponta Grossa. Quarta-feira, vamos encarar um time que vem complicando a nossa vida – o CRB – e esperamos dar o revide. Agora, uma novidade: o jogo contra o Vasco foi movido para o Maracanã. Será porquê?

8. Jorge retorna ao QUINTAL pra defesa de tese sociológica reiterando o combate à homofobia, ao racismo e a quaisquer ofensas motivadas por opções de gênero. Na raiz da argumentação, um postulado imbatível: quem define se o ato é ofensivo não é o autor e, sim, a vítima.

Aproveitando a viagem, Jorge aborda a debandada atleticana deste minifúndio, atribuindo-a “ao ilusório bom desempenho do Cruzeiro”. Na sua ótica, estão apenas armazenando as gozeiras, à espera de que o time volte “ao seu leito natural de derrotas e vexames. ”

Meu caro Jorge, que o tsunami não passe de temporal perdendo força.

Lamento informa-lo que o sumiço atleticano já foi diagnosticado pelo Conselho de Sábios da Grande Dores do Indaiá. Causa comprovada: roda girando!

9. Teobaldo corre ao QUINTAL pra pegar Jorge ainda em casa e incentiva-lo a permanecer.

‘Some não, Jorge”, pede ele.

E nós acrescentamos: Calma, tirando o motorista e o trocador, tudo é passageiro!

10. Cruzeiro sim! corajoso, escrevendo seu comentário na manhã de domingo:

“Bom dia, Dalai

Compreendo em parte o silêncio dos rivais neste espaço democrático. A vitória do Cruzeiro e o medo do Palmeiras.” 

É preciso acrescentar mais?

11. Cruzeiro sim! /2, mais corajoso ainda, volta no pré-almoço dominical pra fazer confissão surpreendente: tem um filho atleticano, iria ver o jogo com ele, torcendo contra o Palmeiras. E deu seu palpite: 2 x 0. 

Meu caro Cruzeiro sim! Ainda não alcancei essa sublimação. Não consigo torcer. E olha que, tal como você, também tenho um filho atleticano. Imagine, advogado, mestrado em Lisboa, doutorado em Cambridge, e mexendo com “droga”?  Por dois anos paguei psiquiatra pra ele. Não adiantou. Ontem mesmo, saiu de BH e foi a São Paulo testemunhar seu time tomar sufoco do Palmeiras.

            GARIMPO 

“Viva todos os dias como se fosse o último. Um dia você acerta. ”

(Luis Fernando Veríssimo).