INOPERÂNCIA!

No primeiro tempo, com a bola em nosso poder na defesa, armamos mais o ataque do Flamengo do que o nosso próprio. Não é possível que Diniz queira isto. Dois resultados práticos dessa saída curta: quase mata cruzeirense do coração e quase nos faz tomar gol. No geral, posse de bola sem contundência e com uma agravante: os escanteios a nosso favor foram cobrados da mesma e inoperante forma: bola recuada para o canto da intermediária adversária e de lá cruzada alta para a área (!). Estamos trocando  o evidente perigo de gol resultante de escanteio bem batido, por uma jogada aleatória que certamente foi (mal) ensaiada nos treinos, e que até agora é de gritante inutilidade.

Começamos a jogar com alguma efetividade após os 25 minutos do segundo tempo, com duas jogadas de perigo contra o gol carioca.  E só.  No resto, a troca de passes pra trás ou os cruzamentos na área  direto para as mãos do goleiro.

Diniz tem até o fim do mês pra tentar fazer um time com efetividade, visando a Sul-americana. Enquanto não encontra a solução, pelo menos volte com os escanteios tradicionais. Pelo menos é uma chance.

 BATE PAPO NO QUINTAL

1. Marlon – Tem de entrar no bicho do Flamengo. Perdeu a bola na saída e em, seguida, sem necessidade, calçou, por trás, um atacante do Flamengo, perto do bico da grande área. Na cobrança da falta, David Luiz fez uma encenação que distraiu nossa defesa, aproveitou que Marlon inesperadamente se afastou da barreira, dando um passo pra sua esquerda, e chutou no vácuo deixado por ele.

2. Bruno Andrade ou tem parceria oculta com Mãe Dinah ou reencarna espírito (distraído e desinformado) da nobreza participante do último Baile da Ilha Fiscal. Na terça-feira, crava:

“Como explicar que o atleticano está mais confiante para esse jogo de volta da final (contra o Flamengo) com dois gols de desvantagem do que estava contra o River com 3 gols de vantagem? Torcer para o Atlético não é para amadores…”

3. Roberto Oliveira, voluntariamente, sem procuração de Grêmio e Internacional, continua a defende-los, como Melhores Clubes Brasileiros Fora do Eixo Rio-São Paulo porque foram campeões do mundo.  Até a poucas semanas, esse reconhecimento extraoficial era do Cruzeiro sem contestação ou dúvida. Gaúchos jamais protestaram.

Como um Dom Quixote das Alterosas, e valendo-se de sua facilidade em manipular palavras, Roberto Oliveira abre campanha pra aplicação das regras do COI ao futebol profissional.

Será uma revolução, se conseguir. Até agora, em rankings como o da Folha, o título mundial interclubes tem o mesmo peso, por exemplo, de campeão da Libertadores.

Por falar em Folha de São Paulo, o maior jornal da América do Sul, na edição de 22.04.23 publicou o Ranking Nacional de 2022, com as pontuações de 2021 e 2022:

1. Flamengo – 1.176 – 1.201
2. Palmeiras – 1.052 – 1092
3. São Paulo – 963 – 980
4. Corinthians – 939 – 949
5. Santos –  903 -903
6. Cruzeiro – 844 – 847
7. Grêmio – 793 – 800
8. Internacional – 765 – 780
9. Vasco – 757 – 757
10. Atlético-MG 687 – 699

Como não há exclusividade nesse ramo de pesquisa, óbvio que pode haver outras com resultados diferentes. Mas pela credibilidade impar do jornal paulista, creio que ela merece ser considerada. Os critérios usados pela Folha estão disponíveis na Internet.

Impressiona, sem dúvida, a grandeza do Cruzeiro, arrasado pelo tsunami interno e exclusivo em 2019, nocauteado como todo mundo pela pandemia do Covid, e ainda se manter como a sexta maior força do futebol brasileiro graças às suas reservas, registradas nas “páginas heroicas, imortais.”

Sobreviveu a uma terrível fase quando, esfacelado, não podia reagir porque o mundo estava trancado em casa. Ainda assim, em plena crise interna e externa, só é superado por Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos.

Tinha gordura pra queimar.

Orgulho imenso da Nação Azul.

Isto é pra poucos, sem dúvida, e crava a grande diferença entre Cruzeiro e Atlético.

4. JCSR, pós férias sabáticas, retorna traçando oportuno waze pra este QUINTAL:

“Voltei a comentar neste espaço depois de longo período apenas acompanhando. Como disse o Roberto, no primeiro comentário de hoje (segunda-feira); “K d eles?” Perceba que quando a coisa aperta do lado de lá eles somem. Fora isso estão aqui o tempo todo “zoando” (o que acho normal) porém não se nota nenhuma discussão objetiva sob futebol. Com isso, os cruzeirenses de verdade não participam pois o espaço fica cheio de tolices, inviabilizando qualquer debate interessante ou proveitoso. Veja do outro lado, no blog do barbudo se você postar que a barba do goleiro ta feia o comentário nem é publicado. Não estou falando em censura, mas deveria haver um filtro para melhorar o nível do debate. E aos atleticanos, sejam sempre bem vindos, mas vamos discutir futebol e não lorotas.”

Meu caro JCSR, tenha certeza, a luta é sempre pra depurar os comentários, procurando manter um nível civilizado, criativo, interessante. Chegamos a alcançar fase assim com debatedores argutos, perspicazes, elegantes, incluindo-se mulheres, textos ilustrados com gozeiras bem boladas que a gente repetia em conversas com amigos, no correr do dia. Debates sérios, ricos. Aí chegou a turma do ódio. Uns três ou quatro, incluindo cruzeirense, que se impuseram a missão de emporcalhar o blog e detonar o blogueiro. Sem escrúpulos, sem lógica, sem razão revelada, linguagem de botequim de zona boêmia. Certa vez um deles extrapolou tanto que amigos meus o identificaram e localizaram. Reside em município da Grande BH, funcionário da Prefeitura. Ameaçaram: se continuar, vamos distribuir suas mensagens pra a Máfia Azul da cidade.

Os que permanecem dessa turma do ódio (poucos, com vários codinomes) dão trabalho enorme para o nosso grupo de censores. Temos de recorrer a turnos de plantão pra que barbaridades escritas permaneçam publicadas o mínimo de tempo possível. 10 a 15 mensagens, tipo QI de Ameba, são excluídas diariamente.

E o que mais nos intriga: porque esse grupo, tão rejeitado aqui, não vai procurar sua própria turma?

GARIMPO

“No futuro, os computadores não pesarão mais do que uma tonelada”.

(Previsão otimista da revista Popular Mechanics, em 1949)