A inspirada ideia de um grupo de torcedores, de elegermos três jogos inesquecíveis do Cabuloso, está recebendo a cada dia novos participantes. Mas grande parte está se manifestando apenas em seus próprios grupos sociais. Peço que entrem também neste democrático QUINTAL e deixem aqui os seus comentários, inclusive para facilitar a pesquisa que apontará os três mais indicados. Ontem recebemos participações especiais com detalhes que serão abordados ao final desta coluna.
2º JOGO INESQUECÍVEL – Tal como o primeiro comentado ontem, este segundo jogo ocorreu também no Mineirão. Dia 26 de novembro de 1967, contra o Atlético, ante 90.838 torcedores. Para justificar esta escolha devo confessar uma mania: assistir jogo do Cruzeiro sempre vestindo alguma peça azul, seja no campo ou em casa. Naquele dia, trabalhando como repórter político em um jornal e uma rádio, não tive tempo de passar em casa e cumprir o ritual. Encontrei-me com a minha mulher no centro da cidade e rumamos para o Mineirão. Chegamos com alguns minutos de atraso e foi só assentarmos: gol do Atlético. Mais algum tempo, mais gol. Começa o segundo tempo, e vem o terceiro gol do Atlético. Tinha de tomar alguma providência. Era culpa minha, que não estava vestindo nenhuma peça azul. Conversei com a minha mulher e concordamos: devíamos deixar o Mineirão imediatamente. Descemos as escadarias quase correndo e quando entramos no estacionamento, Natal fez o primeiro gol. Viu, o azar era a gente, falei enquanto procurava ligar o carro pra sair dali o mais rápido possível. Quando deixei o pátio e peguei a avenida Abrahão Caran, Natal fez o segundo gol. Tá vendo que não posso sair de casa de qualquer jeito? Na avenida Antônio Carlos, em frente ao quartel dos Bombeiros, Piazza empatou o jogo. E no segundo final, Zé Carlos perdeu o que a gente chama de gol feito. Agora você acredita?
BATE PAPO NO QUINTAL
OBRIGADO AMIGOS João Chiabi Duarte, Jonas Ferreira e Walter Chagas Jr. que, juntamente com tantos outros, coloriram a coluna de ontem com detalhes surpreendentes. João Chiabi, abordando o segundo jogo em Santos pincela a odisseia vivida pelo Cruzeiro perdendo por 2 a zero, com defesas milagrosas de Raul, destaque para a bomba de Pelé que explodiu no travessão. No começo do segundo tempo, Tostão perde pênalti. Mas depois se redime, batendo falta na entrada da área. Dirceu Lopes empata a partida e, aos 44 minutos, Tostão faz jogada espetacular e rola para Natal decretar a inimaginável vitória por 3 x 2: Jonas Ferreira entre os grandes jogos escolhidos, aponta o Cruzeiro e Inter (5 x 4) que será o “meu” terceiro jogo inesquecível, e aborda também Cruzeiro 2, Palmeiras 1, pela Copa do Brasil, no Parque Antártica, partida tão espetacular que será tema de uma próxima coluna. Walter Chagas Junior, com riqueza de detalhes escabrosos (mala preta!) aborda Cruzeiro e Santos, no Pacaembu, última rodada da Copa União, em 1987. O Cruzeiro precisava vencer para ir às semifinais; e o Santos precisava pelo menos do empate, para receber a mala preta do São Paulo. Não foi um jogo, foi uma odisseia. Por isso pedimos ao Walter que nos mande a sua crônica para publicação neste QUINTAL.
P.S. E a você, que ainda não nos enviou sua lista tríplice de jogos inesquecíveis, mande logo. Aguardamos.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.