QUINTA-FEIRA 200 MILHÕES INVADIRÃO O CATAR!

O jogo contra a Sérvia será as 4 da tarde, mas às 7 da manhã, como olheiros de Tite, vamos fiscalizar a disputa entre os dois outros integrantes do Grupo G – Suíça x Camarões.  Os suíços nós vamos pegar na segunda e os camaroneses na sexta, 2 de dezembro.

A seleção atual conseguiu reacender um fogo que vinha de brando a fraco nos últimos mundiais. A gente se classificava sentindo que iria perder mais à frente: ruas, bares, condomínios e veículos nem de longe lembravam o clima das Copas Históricas Brasileiras, quando a emoção estava no ar, até nos voos dos passarinhos.

Uma moçada nova, boa de bola, convocada por Tite, está reabrindo os caminhos da esperança. O Brasil conseguiu se incluir entre os cinco favoritos, aliando-se à Alemanha, Argentina, França e o habitual Azarão. Vamos nos lembrar que em 2018, a final foi entre França e Croácia.

O importante, meu raro leitor e minha raríssima leitora que conseguiram chegar até este ponto (com licença do Kfouri) é que bate de novo a vontade vestir a amarelinha e torcer para o Brasil como se fosse nosso time. É o que sinto. E você?

  BATE PAPO NO QUINTAL

1. Imponderável F.C. de saia – Os quase 8.000 presentes que compareceram ao Mineirão sábado último para a final estadual de Cruzeiro x Atlético Feminino, e os dezenas de milhares que acompanharam a partida pelos sites ou emissoras de radio testemunharam a prevalência do Imponderável Feminino sobre a lógica do jogo. No primeiro turno o Cruzeiro venceu por 3 x 0 e durante todo o campeonato manteve a melhor defesa e o melhor ataque. No jogo de sábado, as garotas cruzeirenses amassaram as atleticanas. Erramos pelo menos cinco finalizações, no primeiro tempo, enquanto as adversárias poderiam ter feito um gol. Domínio absoluto, especialmente no meio campo. Jogadas de raça e de classe se alternavam implantando a supremacia azul alugando meio campo. Deu orgulho de assistir, especialmente com a transmissão feita por três lindas e eficientes jovens jornalistas do site do Cruzeiro. Aos 37 minutos do segundo tempo assinou ponto aquela velha e azarenta máxima do futebol: “quem não faz, leva”.  1 x 0 Atlético.  Balde de água fria atinge a Nação Azul, que não ensarilha as armas. O apoio redobrou, arrancando o empate aos 53 minutos.  Decisão levada para a loteria dos pênaltis. Perdemos.

2. Teobaldo, sempre antenado, exemplo de raciocínio cartesiano, cochila no volante e derrapa na curva, confessando-se assustado com a colocação do blogueiro de que “a derrota do adversário traz alegria quase equivalente à vitória nossa.”

Não brinca com coisa séria, Teobaldo. Não diga que isto é novidade pra você! Durante quase meio século, volto a repetir, time de atleticano era time que vencia o Cruzeiro, seja nacional ou estrangeiro. Até camisas deles eram vendidas no trânsito. Também nós estamos fazendo isto nos últimos três anos. Acontece o mesmo em outras rivalidades regionais. Sempre que enfoco este tema sociológico, recordo inacreditável pesquisa realizada nos Estados Unidos, com resultado ainda mais inacreditável: “Você prefere ganhar na loteria ou ver a casa de seu vizinho (muito melhor que a sua) pegar fogo”?

3. Guerra Fria – A rivalidade entre Cruzeiro e Atlético faz com que neste QUINTAL, por exemplo, os lideres atleticanos vigiem com lupa as coisas do Cruzeiro, misturando fatos com fakes ou previsões, sempre com o objetivo explícito de piorar a situação. Também fazemos o mesmo. Hoje, por exemplo, nossas atenções se voltam para a reunião do Conselho Deliberativo do Atlético, onde a rivalidade agora declarada entre Kalil e Ricardo Guimarães estará sendo exposta e julgada. Na pauta, dois temas explosivos: a legalidade da inclusão de 150 novos conselheiros e a manutenção ou não do nome de “Presidente Elias Kalil” para a arena do clube, em construção no Bairro Califórnia. Pepe Legal indica até o site onde o tema é comentado em profundidade.

4. Agnaldo entra no QUINTAL e lança míssil Exocet contra os poucos que teimam em baixar pra curso primário o nível dos debates temáticos do Bate Papo:

“Aos tolos, vis, hipócritas e toda sorte de gente estúpida e desprezível, minha indiferença e meu silêncio” (Augusto Branco).

Precisa acrescentar alguma coisa?

5. Marcelo reage à Série Expectativa x Realidade, compilada em 11 capítulos por Eduardo Silva que vem sendo reproduzida, uma a uma, nas colunas deste QUINTAL e crava:

“Expectativa: Vamos subir com um pé nas costas;

Realidade: 3 anos na B”.

Marcelo, vamos esclarecer, para os distraídos, o contexto em que foi cravada a promessa cruzeirense de voltar à Série A com facilidade. Este vaticínio surgiu na segunda quinzena de dezembro de 2019. Aquela diretoria que esvaziou os cofres e as esperanças azuis havia caído. Assumi o Cruzeiro, juntamente com o Conselho Gestor, e começamos a traçar um planejamento de recuperação de guerra. Foram duas ou três semanas de pura emoção, entusiasmo e participação, sobretudo das torcidas organizadas. A chegada da delegação do Cruzeiro, pelas várias regiões do país para a disputa da Série B seria acompanhada de ousada ação social, em parceria com o comércio local. Eram de arrepiar as reuniões com o nosso Marketing. A frase “vamos subir com um pé nas costas” brotou neste contexto. Aí veio a pandemia trancando o mundo em casa.

6. Pepe Legal não deixa barato e rebate, com apoio nos sites, a expectativa de Menin para a inauguração da Arena, contra Real Madrid ou Barcelona, enquanto a realidade é o Transfer-ban aplicado pela Fifa ao Clube.

7. Augusto volta com sua fixação: onde é que enfiamos a faixa “Desde 1921 na Série A”? Eduardo Silva dá o troco: essa faixa está juntinha da Taça de Campeão do Gelo.

EXPECTATIVAS E REALIDADES ATLETICANAS

7. Expectativa – O Shopping Diamond será a redenção financeira do clube.

Realidade – O rendimento do Shopping é menor que os juros da dívida. Temos de vende-lo.

GARIMPO

“Regra n. 1 da economia, universalmente aceita: não existe almoço grátis”.

(Milton Friedman)