SÁBADO: MANHÃ AZUL NO INDEPENDÊNCIA!

10h30, contra o Athletic, a estreia da nova camisa Adidas, finalmente com o misterioso patrocinador master. O terceiro do Brasil em valores (seria a Betfair, seriam R$ 25 milhões anuais?). Haverá a tomada de nosso novo território, como copossuidores em acordo emergencial com o América, após o Mineirão tornar-se inviável. Logo abaixo, no Bate Papo, o tema é enfocado. Voltamos assim a um terreno conhecido, espero que provisoriamente porque até burrice tem limite. Seria motivo de piada nacional transformar-se o segundo maior estádio do País em casa de shows. Além das atrações já anunciadas, para o jogo de sábado, um bom brinde pra esta torcida que acaba de sofrer os transtornos da saída do Mineirão, seria a estreia do centroavante Gilberto contratado e que já treina na Toca, estando apenas na dependência de formalidades.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Copa São Paulo – Palmeiras campeão. O América, desclassificado a dois minutos do final da partida, mostrou excelente base. Difícil apontar o maior craque ante tantos jovens promissores que tiveram o título nos pés em várias jogadas decisivas. Impressiona a categoria técnica do meio de campo e o lado esquerdo do time. Show de bola. Mina de ouro sub 20. E o Palmeiras, campeão, também não está para brincadeira. Timaço em campo e timaço que ficou de fora por várias circunstâncias.

2. Minas Arena ou Corda muito esticada, rebenta – É parte fundamental dos manuais de negociações a análise da resistência da corda. Até que ponto firmar o pé e não recuar “nem um milímetro!” Grandes negociadores têm sempre afinadíssimo o “timing”, o ritmo de aceleração ou frenagem da conversa, pra que não empaque, nem desande nem recue. Em suma: não deixar o caldo entornar. No nosso curto período de presidência do Cruzeiro senti que havia esse “timing” por parte da Minas Arena. Cheguei a ter esperanças numa engenharia complexa, dificílima, que atendesse o Estado, a empresa e o Clube. Não sei se chegaríamos lá, porque a pandemia brecou tudo, até os contatos presenciais. O tempo passou. Os homens mudaram. O atual negociador da Minas Arena tem a sensibilidade de um javali ferido em fuga na floresta. Em todas as manifestações mostra-se com a prepotência do dono da bola, em nossas peladas de infância. Era fácil prever que a corda rebentaria.

Do lado do Atlético a situação não tem sido diferente e o presidente Sérgio Coelho resumiu assim: “Tenho a impressão que a Minas Arena vê o futebol como um sub produto.” E agora, José?

Após as declarações de Cruzeiro e Atlético o “javali ferido” vem à imprensa pra sua resposta: bandeira branca, acenando boa vontade e confiança em um reposicionamento? Jamais! Como sempre, apaga fogueira jogando gasolina. Diz que 80% dos lucros da Arena vêm de shows e que o Mineirão “jamais será um elefante branco…” E o torcedor, o povo mineiro que pagou a grandiosa obra? E a destinação básica que motivou todo o investimento? E agora, José? O governador Zema, de imediato, criou um grupo de emergência pra estancar o sangue. Um apelo ao sócio torcedor, cada vez em maior número: aguarde um pouco. Haverá uma solução ou uma compensação.

3. Ainda as relações obscuras Atlético/FMF/VAR – Um lamentável cochilo do blogueiro ao comentar Atlético 2 x Caldense 1 sonegou informação importante e é corrigido agora pelo atento JCSR: o árbitro do VAR naquele jogo foi Igor Benevenuto:

“aquele mesmo do pênalti no Hulk no clássico passado. Este cidadão, quando não pode fazer o “serviço” dentro de campo, faz na cabine do VAR.”

É auto explicável, mas quer que desenhe?

4. Teobaldo, sem razão, quer minimizar as críticas ao VAR: quando o nosso time ganha, acerta; quando perde, erra. Não é assim, Teobaldo. Há falhas clamorosas, que revoltam a torcida consciente, ou seja, a mais racional possível, que consegue reconhecer erros próprios. Aquela fase dos famosos “pênaltis estratégicos” do Hulk é um triste exemplo. O problema até agora insolúvel: engenharia eletrônica avançadíssima criou o VAR. Mas quem manobra e decide é a mão humana com DNA de seu clube. Remember Igor Benevenuto.

5. Gustavo Bianchetti também discorda das críticas ao VAR e questiona o cartão amarelo recebido pelo nosso goleiro naquela salvada de bola recuada. Entende que poderia ser expulsão.

Meu caro Gustavo, tivesse o Rafael Cabral colocado mão na bola fora da área, seria expulso, com a falta sendo batida no local. Ocorreu, porém, no jogo contra a Caldense, recuo de bola. Como a falta é batida na região da infração, no caso na linha da pequena área, ou seja, mais perto que pênalti, considera-se que o time infrator já tem punição suficiente, que seria exageradamente agravada no caso de expulsão.

6. Rei Melo, não sem razão, faz previsões sombrias sobre arbitragens e VAR no campeonato mineiro. A amostra foi assustadora. No jogo do Atlético contra a Caldense o melhor em campo foi Igor Benevenuto que dirigia o VAR. Será que vamos voltar ao tempo dos assaltos “à mão armada com apito”?

7. Eduardo Silva destaca o sucesso de Alberto Rodrigues na transmissão do jogo contra o Patrocinense, pelo canal do Youtube do Samuel Venâncio: venceu todos os concorrentes, Radio Itatiaia, O Tempo e 98 FM, com 152 mil views.

Abração, Alberto e Samuel. Dupla campeã em eficiência, cordialidade e trabalho bem feito.

8. Manuel Panhame – nosso historiador atleticano pega a esgrima e duela com seu opositor cruzeirense Eduardo Silva. Estocada pra cá, afundo pra lá, flecha, balestra. Pela primeira vez no QUINTAL uma tertúlia memorável. Empate!

9. Augusto é outro líder da barraca atleticana que discorda de nossas críticas à VAR observando que também o Cruzeiro já foi beneficiado. Mexe nos arquivos, busca, rebusca e acha dois exemplos: um de 2018 e outro de 2019 (!)

Meu caro Augusto, a desproporção é imensa. O favorecimento do Atlético pelas arbitragens mineiras é histórico. Essa vantagem “comprada” nos campeonatos mineiros alicerça o estranho raciocínio de que a hegemonia é atleticana. Disparadamente é azul, com a flagrante concordância da imprensa nacional.

GARIMPO

“O amor é cego, mas o casamento lhe restaura a vista”

(Bernhard Riemann – matemático alemão, citado por Manuel Panhame)