SEM ATAQUE ATÉ QUANDO?

Mais uma vez, ataque imaginário. Cruzeiro 0 x 0 Coritiba. No primeiro tempo, apenas uma finalização. No segundo, três ou quatro, incluindo-se aqueles gols que até a gente faria. Mas o adversário também teve chances que transformaram Rafael Cabral no melhor em campo. No final, vaias de parte da torcida expuseram a frustração azul.

Uma pena a insistência de Pepa com Bruno Rodrigues de centroavante.  Anula o nosso melhor atacante pela esquerda, sem qualquer benefício para o time.  O resultado são dezenas de jogadas perdidas, com lançamentos agudos pra fantasmas ou cruzamentos nas mãos do goleiro.

O lamentável é que parece não estar difícil a solução porque o setor esquerdo, com Bruno Rodrigues já está resolvido. O problema se resume assim no centro e na direita. Temos opções novas no banco e que precisam ser testadas com urgência. Velhas táticas, improdutivas, não dão novos resultados pela repetição. Não adianta insistir. Será sempre mais do mesmo.

A Nação Azul não quer muito. Apenas um ataque minimamente produtivo. É pedir muito?

BATE PAPO NO QUINTAL

1. América – único mineiro que sobrou na Copa do Brasil, deu show de bola no Itaquerão, sábado à tarde, encarando o Corinthians. Perdeu nos detalhes com pênaltis pessimamente cobrados. Algumas batidas pareciam recuo de bola para o goleiro. Lamentável, porque durante a partida o América foi superior aos paulistas em vários momentos, contando com excepcionais jogadas de craques como Benitez e Mastriani, entre outros.  Tal como fez o blogueiro, acho que a grande maioria dos mineiros torceu para o Mequinha.

2. João de Deus Filho – embora detentor do troféu Guru da Racionalidade, às vezes tem recaídas. Assenta-se confortavelmente numa cadeira de encosto, fecha os olhos, deixa-se levar… logo já está de mãos dadas com Alice, entrando de novo no paraíso… 

“… O cara (Rubens Menin) injetou dinheiro, nos trouxe títulos, não cobra juros e ainda é criticado por alguns (…) E lembro que ele tentou encontrar um comprador pra SAF, o que não foi possível…”

Meu caro João, pelo que sei você é a única pessoa no planeta que acredita na existência de almoço de graça. Como mero observador, concordo que o empresário tem feito muito pelo Atlético. Mas e o Atlético? Será que não tem feito nada por ele?

3. Rei Melo, pós férias sabáticas, retorna pra concordar com o blogueiro no caso da absurda pretensão de nos imporem uma “Raposinha Fake”:

“Esse funcionário sem ter o que fazer de novo quer fazer um bichinho de pelúcia pra ele brincar de noite …pqp… será que não tem uma roupa para esse vagabundo lavar, ou pintar uma unha… lavar prato… marketing do Cruzeiro totalmente fora de sintonia com a história do clube…”

Assino embaixo, Rei Melo. E não só eu. Dezenas de grupos sociais azuis que interagem com este QUINTAL manifestam sua revolta. Tantas tarefas a serem resolvidas, porque imaginar um problema onde não precisa? É como se alguém, precisando de implante de coração preocupe-se em aparar as unhas dos pés.

Paulistas mexendo (mal) nos costumes mineiros.

E reitero minha promessa: embora com pesar, se for mesmo criada comissão pra reformular nosso símbolo, cancelo na hora meu Sócio Diamante. Sei de muitos que farão o mesmo.

4. FIlipe Machado, vivendo uma semana de sonhos depois daquele golaço contra o Vasco, concedeu importante entrevista ao “Bastidores” da  Radio Itatiaia não fugindo de nenhuma pergunta, nem mesmo da comparação de Pezzolano, nosso ex-técnico, com Pepa. Para ele, o uruguaio é “sanguíneo” enquanto o português “é mais tranquilo”. Revelou uma permanente recomendação de Pepa: se o adversário tem mais técnica, vamos supera-lo em tenacidade, em entrega. Comprovamos isto em campo. Não por acaso, temos a segunda melhor defesa do campeonato.

5. Udiano levanta questão pra reflexões: 

“Porque chamar o atual ataque do Cabuloso de fantasma… Vamos recordar o que faz mesmo um fantasma? Assusta os outros! E essa atual formação do ataque do Cruzeiro não assusta ninguém.”

Não assustava, Udiano. Agora vai começar a dar calafrios… nos adversários!

6. SAF do Atlético – Fred Melo Paiva, um dos maiores cronistas do País, joga a toalha. Em sua crônica de sábado, no Estado de Minas, confessa que não quer entender mais nada.  Quer apenas ser feliz. Imagina-se num sono profundo, longo, não perturbado por qualquer informação:

“O momento do Atlético nos impõe essa danação: como seguir esse torcedor cegamente apaixonado sem sentir-se um corno manso, com uma galhada de quase dois bilhões de reais aboletados sobre a carcaça craniana?”

Atenção, amigos da Barraca Atleticana neste QUINTAL, alguém se sentiu pessoalmente atingido pela expressão “torcedor cegamente apaixonado”?

GARIMPO

“Serviço de quarto 24 horas” – isto geralmente se refere ao tempo que o sanduiche leva pra chegar ao apartamento.

(Fran Lebowitz)