SUFOCO ATÉ O MINUTO FINAL!

Não precisava acontecer esse aperto contra o Democrata em Governador Valadares.

Apesar da ausência de titulares importantes, no banco azul havia peças mais eficientes e que não foram usadas. Precisamos treinar mais as jogadas de ataque evitando lançamentos equivocados, com oportunidades  sendo bisonhamente perdidas. Para infelicidade geral, Larcamón está ressuscitando a bobagem tática de usar dois jogadores na bola quando o escanteio é batido. Tira um atacante nosso na área, a troco de nada. E as cobranças sempre protocolares, sem novidades.

A partir dos 30 minutos da etapa final passei a temer pelo pior. Gato escaldado tem medo de água fria. De tantas decepções de fim de jogo que esteve em nossa mão por 85 minutos cheguei a  “antever” o gol de empate do Democrata. Naquele período de vacas magras vi este filme várias vezes. O alívio só aconteceu no minuto final. 

Um sufoco desnecessário.

Ontem Dinenno marcou um e perdeu 10 oportunidades de gol. No banco estava Fernando, que só jogou 45 segundos. 

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Dinenno imexível! – Jogamos com 10 o tempo todo, contra o América. Larcamón fez cinco substituições, sendo que João Pedro, entrando aos 30 minutos do primeiro tempo, no lugar do contundido Robert, foi substituído aos 36 do segundo, por Rafael Elias.

Arthur Gomes, aos 22 do segundo tempo, saiu para entrada de Fernando. Intocável, insubstituível, permaneceu Dinenno em cujos pés morreram pelo menos três claras oportunidades de gol. Não se entende porque havendo boas peças de ataque no banco, o treinador aposte 90 minutos na inoperância.

Na verdade, a nossa atuação geral contra o América é pra ser resumida num vídeo, exibido durante o café e o almoço dos jogadores por uma semana inteira. Deveria começar pelo vestiário antes do jogo, em comparação daquele, memorável, contra o Atlético. Na Arena MRV a palavra dos líderes, como Rafael Cabral entre outros, representou um choque emocional de 200 volts na equipe. Entramos pegando fogo. Em 15 minutos de jogo, um bombardeio na área atleticana. Contra o América, em 5 minutos de jogo, entregamos ao adversário três  chances perigosíssimas de gol, por displicência na saída de bola. Entramos de salto alto, convictos de que era só querer, pra virar a chave e fazer gol. Daí o descuido com lançamentos vazios, errados; as jogadas equivocadas no último terço do campo, esperdiçando ataques bisonhamente. Parecia que tudo estava sob controle. Mas não era assim. Do outro lado, uma equipe operária, voluntariosa, combatente. Aos 14 minutos do segundo tempo achou um gol e o Cruzeiro se perdeu em campo. Larcamón não poderia ser mais infeliz nas substituições feitas e na que não fez. 

2. Futebol feminino do Cruzeiro perde vencendo!

Corinthians 1 x 0. O VAR gastou um tempão na análise dos dois lances que resultaram em dois gols do Cruzeiro. O primeiro, por milímetros do ombro da jogadora azul invadindo o lado adversário na linha divisória do campo; o segundo, em fantástica jogada de Byanca Brasil, aos 43 minutos do segundo tempo, a bola bate no joelho da adversária driblada na pequena área e resvala no braço de nossa atacante, colado ao corpo.  Lance de mera interpretação. Há argumentos legais de um lado e de outro. A pergunta que não quer calar é simples: Se fossem os mesmos lances beneficiando o Corinthians as interpretações seriam as mesmas? Mais: no último lance, se a bola batesse no joelho da Bianca  e no braço da defensora colado ao corpo, seria marcado pênalti?

Está passando da hora de serem racionalizadas essas regras para que se impeçam interpretações subjetivas sempre favoráveis aos senhores de plantão. Em quaisquer circunstâncias, não é possível considerar-se mão na bola se o braço está colado ao corpo, ou seja, na ausência de qualquer movimento do braço visando interferir na jogada. E quanto aos impedimentos milimétricos, a regra deveria ser invertida. Passariam a ser validadas jogadas em que o atacante estivesse com qualquer parte do seu corpo “desimpedida”.

3. Vôlei do Cruzeiro insuperável – Campeão de tudo, o Sada Cruzeiro sagrou-se neste fim de semana Deca Campeão Sul Americano de vôlei. Show!

4. Fred Melo Paiva, a pena brilhante atleticana, em sua última coluna:

“Se o Galo fosse uma escola de samba, seria a Desunidos da Viradouro. A Mocidade Triste…”

5. Bruno pega pesado com o blogueiro. Acha absurda essa “obsessão pelo Hulk…” Entende que o árbitro do jogo contra o Tombense aplicou com correção os cartões amarelos, sendo justa a expulsão do zagueiro Zé Vitor, aos 35 minutos do segundo tempo.

Meu caro Bruno, posso estar equivocado quanto a alguns cartões, não quanto ao Hulk. É impossível não se perceber as encenações  múltiplas que ele faz durante toda a partida. O técnico do Tombense reclamava toda hora: “Será que é proibido encostar no Hulk, ele é intocável?” Ao mesmo tempo que faz figurações corporais, o atacante “buzina” sem parar  no ouvido do juiz.

Bruno, veja em câmara lenta alguns desses lances. Você perceberá que na maioria, Hulk deixa de propósito a perna entre as pernas do adversário e se joga espetacularmente no gramado, simulando dor insuportável… Além de grande jogador é um grande artista cênico.

6. Mario Filho, sobre Atlético 1 x 1 Tombense, vai direto ao ponto:

“ E o Igor Gomes que fez mais de 20 faltas, e nada? O árbitro que apitou esse jogo é uma vergonha para o futebol brasileiro.”

7. Fernando, com o apoio de JCSR, escrevendo antes do jogo contra o América, questiona o blogueiro:

“Não entendo, sempre está cornetando o Dinenno. 4 jogos 2 gols.”

O blogueiro, também antes do clássico de quinta feira, respondeu:

Gilberto, na estreia, fez 3 gols. Torço muito pra dar certo, mas a amostra até agora é preocupante. Como se sabe, em partidas consideradas “menos difíceis”, mais importante do que gols feitos, são os gols perdidos. Em jogos duros, decisivos, o atacante não tem 10, 15 oportunidades. Há apenas uma bala de prata.

8. Bom caráter – Em grupos sociais, alguns cruzeirenses destacam que Dinenno é gente bacana, bom caráter. Tá certo. Até agora, bom pra entrar em nossa família. Não no nosso time.

9. A expulsão de Ryan – Como até os postes da rua sabem, integro dezenas de grupos sociais cruzeirenses,  aos quais envio a coluna às segundas e às quintas. Em vários deles ganha força movimento pra que  os clubes punam com severidade atos como o do zagueiro Ryan, do Itabirito. No jogo contra o Atlético, em Brasília, o time surpreendia com ótima apresentação, tendo inclusive as melhores chances de gol, no primeiro tempo. A meu ver até sofrendo um pênalti, “engolido” pelo árbitro e pelo VAR. Nesse clima, o zagueiro Ryan cisma de reclamar exageradamente contra a marcação de falta no meio de campo. Com justiça, toma o amarelo.

No início do segundo tempo é forçado a matar uma jogada do Atlético e recebe, também merecidamente, novo cartão amarelo. É expulso. Aí o Itabirito se despersonalizou. Essa irresponsabilidade tem de ser punida. É um absurdo.

10. Copa do Brasil – Começa quarta-feira outra jornada do Cruzeiro na disputa de um título do qual é o recordista. Será contra o Souza, na Paraíba, com a vantagem do empate.

GARIMPO

“Mais vale acender uma única e minúscula vela do que maldizer a escuridão.”

(Provérbio chinês)