TOSTÃO VISITA O QUINTAL E ELEGE OS SEUS TRÊS JOGOS INESQUECÍVEIS - Quintal do Dalai

TOSTÃO VISITA O QUINTAL E ELEGE OS SEUS TRÊS JOGOS INESQUECÍVEIS

  • por em 21 de julho de 2020

Arquivo Estado de Minas

Campanha lançada por um grupo de torcedores nos dá missão quase impossível: eleger os três jogos mais espetaculares do Cruzeiro. Com muita dificuldade, consegui selecionar os meus e publiquei aqui: 5 x 4, contra o Inter; 3 x 3 contra o Atlético; e 6×2 contra o Santos. Verdadeiras epopeias.

Quem assistiu está “condenado” a nunca mais esquecer.

Imagine quem jogou? Quem estava lá dentro, participando de jogadas, marcando gols?

São 11 jogadores para cada lado. 22 ao todo. Dentre eles, patrões da bola, que encantaram gerações. Tantas emoções vividas em cada jogo, momentos de céu e de inferno, lampejos de genialidade imortal! Mas quais serão os três mais?

Convidamos um destes fora de série, unanimidade nacional, a visitar este QUINTAL e responder.

Com a simplicidade própria de quem faz parte, na selecionada prateleira de cima, da História do Futebol, Tostão concordou em participar. Pediu uns três dias de prazo e achei até pouco, pensando nas dezenas e dezenas de partidas que a sua memória teria de vasculhar, seletivamente, para apontar as três mais emocionantes de que participou, vestindo a camisa mais bonita do Brasil.

Tarefa dificílima.

Com a precisão suíça com que batia faltas, ou lançava bolas, cumpriu o prazo.

PRIMEIRO JOGO: Cruzeiro 6 x 2 Santos (1966).

Eu, que tive o privilégio de assistir, juntamente com 65.500 torcedores, posso escrever ou falar três dias seguidos, sobre este que, possivelmente, foi o maior jogo do Cruzeiro em toda a sua história. Mas gênio é gênio. Esbanja arte, não palavras. Fala Tostão:

“Foi inacreditável: 5 x 0 no primeiro tempo e goleada sobre o melhor time do mundo, o Santos de Pelé”.

SEGUNDO JOGO: Santos 2 x 3 Cruzeiro (1966).

Tostão comenta:

“Foi a vitória do título da Taça Brasil. O Santos ganhava de 2 x 0 no primeiro tempo. Na época, não havia saldo de gols. Se o Santos ganhasse, haveria o terceiro jogo, no Maracanã. O Cruzeiro virou para 3 a 2, eu ainda perdi um pênalti e fiz um gol de falta”.

TERCEIRO JOGO: Cruzeiro 4 x 0 Atlético-MG (1967):

“Não fiz nenhum gol, mas, no quarto, dei um drible em meu marcador, que ficou no chão. Passei a bola para Wilson Almeida, que marcou. Um cronista do Estado de Minas, que torcia para o Atlético-MG, disse que meu marcador deveria ter me dado um soco, para salvar a honra do adversário”.

IN CLARIS CESSAT INTERPRETATIO, diziam os romanos. O que é claro dispensa interpretação!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Carlos

O campeonato brasileiro de 66 é o maior título da história do Cruzeiro. A única maneira de se superar essa conquista seria o Cruzeiro ser campeão do mundo goleando o melhor time do mundo, ou seja, é praticamente impossível.

Rossi Fox

Que orgulho heim Dalai, previlegio ter essa lenda contribuindo . Achei que el iria citar um jogo que já o ouvi falar tambem com muito prazer, uma partida salvo engano contra o Rapid Viena , foi tambem um 5 a 4 . Tostao elogiou muito esse time . O jogo foi o primeiro confronto contra clubes estrangeiros realizado no Mineirao

Rossi Fox

diga-se de passagem tambem ocorreu em 66 , confirmo agora , foi em janeiro de 66 em partida amistosa

Jose Fernando Saraiva

Assisti aos três jogos. Como Tostão indicou, O 6×1 a maior vitoria do Cruzeiro. Esta foto que está postada com Tostão com a bola dentro do gol do Santos, Gilmar caido, foi o segundo gol, de Natal. O 5×4 contra o Inter foi o jogo dos 2 melhores times do Brasil. O Cruzeiro havia perdido o titulo do Nacional em Dezembro, no Beira Rio, quando o Manga agarrou tudo. O 3×3 foi mais emoção debaixo de chuva. O Tostão saiu ainda no primeiro tempo, contundido e entrou o Zé Carlos. Em seguida Piazza foi expulso, tudo no primeiro tempo. E o pior o Atletico fez 3×0. No segundo tempo o Cruzeiro empatou em 3×3. Foi, talvez o maior jogo de Dirceu Lopes.

FRANK MACHADO (FRANK DRUIMAINI

MEMÓRIAS DE UM CLUBE QUE EM BREVE TERÁ BAIXADO O SEU CNPJ, POR MOTIVO DE FALÊNCIA.

peppeu

E quando foi rebaixado, vc estava lá também? E quando perdeu os 6 pontos, vc estava lá tambem? Mentira, porque vcs marias conseguiram a proeza de ficar negativos na tabela antes da bola rolar, hihihihi.

Lea Campos

EMPATOU COMIGO. ESSES FORAM OS TRES MELHORES DA EPOCA DE OURO : RAUL, PEDRO PAULO WILLIAM PROCOPIIO E NECO, PIAZZA, DIRCEU LOPES, NATAL , TOSTAO E HILTON OLIVEIRA . PELE E PROCOPIO,EXPULSOS EM NOITE INSPIRADA DE DIRCEU LOPES COM 3 GOLS, TOSTAO , NATAL, E UM GOL CONTRA MARCADO POR ZE CARLOS DO SANTOS. TONINHO GUERREIRO LAVOU A HONRA DO SANTOS, EM DIA QUE PELE NAO FEZ NADA.

Francisco 'LÔ' Miranda

São muitas partidas memoráveis… Me recordo de escutar do presidente Felício Brandi que para ele, a mãe de todas foi o 3 x 2 sobre o Santos, de 1966.
Se fizer uma ‘segunda prateleira’ ou, estender a lista para as 10 ou 15 maiores partidas, talvez apareça as mais recentes: 6×1 de 2011 (não precisa falar sobre quem) e a virada de 2×1 na final da Copa do Brasil, sobre o Palmeiras.

DR.DALAI, MAIS QUE ADMIRADOR ME TORNEI SEU FÃ! ESSE QUINTAL É BOM DEMAIS!!!!