VAMOS ESCALAR O CRUZEIRO?

Com os treinos coletivos fechados, sem informação da imprensa, a imaginação corre solta e várias escalações desse novo Cruzeiro surgem nos grupos sociais.

De caras novas, chegaram para a Toca-2 o goleiro Leo Aragão, de 21 anos, vindo do Bragantino; o zagueiro Zé Ivaldo, que teve ótima participação no time de 2022 que subiu para a Série A; o volante Lucas Romero, que disputará camisa de titular com Ramiro e Filipe Machado; o ponta Gabriel Verón, que já brilhou no Palmeiras, e vai  ter concorrência de Arthur Gomes, e os centroavantes Rafa Silva e Juan Dinenno. Nestes dois centralizam-se as esperanças de gols, nossa mais sentida deficiência no campeonato passado, quando se multiplicavam as jogadas de ataque; sem goleiro na meta adversária, a bola pererecava na pequena área, ia e voltava recusando-se a entrar… Foi de matar. Sei de torcedor que quebrou o pé, chutando parede. Não queremos ver este filme de novo.

Nicolás Lacarmón, ao que se informa, é partidário de estilo intenso, priorizando o ataque sustentado por briga dura no meio de campo pela posse da bola. O otimismo do blogueiro com o time se baseia nessa região. É na meiuca que temos nomes capazes de protagonizar, principalmente os dois Lucas e os laterais.

Dia 24 vamos conferir em Nova Lima.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Dorival Junior, primeiro degrau foi azul – Aos 45 anos, treinador do São Caetano, conseguiu ser vice campeão paulista. Era o ano de 2007. No Cruzeiro, o técnico Paulo Autuori se despedia. Quem foi chamado para substitui-lo? Exatamente Dorival Junior, até então desconhecido. Subiu de patamar assumindo pela primeira vez um grande Clube. Tornou-se admirado em campo e fora dele. Agora assume a Seleção Brasileira.

2. Teobaldo & Bruno – Antenados, trouxeram visão histórica sobre a CBF. Riqueza de detalhes,  projetando lá atrás a era-feudal da família Zveiter.  A entidade máxima de nosso futebol tornando-se apenas um “bem de família” . Qualquer semelhança com a era-José Guilherme na FMF, florescente até hoje,  não é mera coincidência.

3. Observando de longe recorda o clássico “Nove semanas e meia de amor”, dirigido por Adrian Lyne, parodiado pela última coluna, e pergunta:

“Duas semanas e meia”, de que? De amor? De expectativa? De otimismo? De ansiedade? De preocupação?”

Tudo isto misturado, meu caro. A expectativa, sem exagero, é a melhor possível em razão das contratações pontuais. Estamos, sim, formando um time. Cabeça nas nuvens, mas pés no chão.

4. Rei Melo continua a campanha indormida contra o nosso goleiro Rafael Cabral e destaca:

“Como o sr. diz que acompanha grupos cruzeirenses já deve saber que ninguém confia no goleiro…”

Meu caro Rei Melo, será isto mesmo? Ele falhou feio em duas faltas batidas por Hulk (em BH e Uberlândia). Ninguém contesta isto. Mas e quantas vezes salvou literalmente o Cruzeiro? Quantas vezes, jogo empatado ou  a gente vencendo por diferença mínima, o atacante contrário sai na frente do gol, sozinho… pinta o desespero… a certeza de que a casa vai cair… e, de repente, Rafael Cabral faz mais um milagre. Quantas vezes vimos esta cena? Quantas vezes o chamamos de  “São Rafael”?

5. João de Deus Filho, nosso Guru da Racionalidade, se apieda do blogueiro (“muito sucinto nas suas colunas”)  pela escassez de assunto neste período de férias do futebol profissional e  …

“pra não cair na repetição contumaz, eu proponho que ele volte a falar do Hulk. Pode voltar a falar também do título de 1937. Tem ponto cego na Arena MRV. Tem dívidas do Atlético. Será que basta? Espero ter ajudado pois os leitores se sentem incomodados quando começam a ser a coluna e, de repente, ela acaba, ainda no que se imaginava ser o início…”

Meu caro João de Deus, obrigado por reclamar de textos curtos. Isto é a glória de quem escreve. Normalmente acontece o contrário.

Ótimos temas sugeridos, menos quanto a Hulk porque, por ausência de credibilidade, ele abandonou a famosa invenção dos “pênaltis estratégicos”. Sobram o “título” de 1937 conseguido num torneio do sudeste brasileiro, com a participação da Marinha, os pontos cegos da Arena MRV, que estão lá, porque não se tampa sol com peneira, e a dívida do Atlético que só diminui quando o nosso Guru pega a mão de Alice… Assuntos vivos, atuais, pra todo este restinho de ano…

6. Imponderável F. C. volta a atacar: Na seleção uruguaia, o meio campo Arrascaeta, que brilha no Flamengo, vinha perdendo espaço pra De La Cruz, que jogava no River Plate. Agora, por 77 milhões de reais, o Flamengo traz De La Cruz.

7. Marcos Mineiro – certas discussões são como pancadas ocasionais de chuva. Você está andando na rua, num dia que começou com sol, e de repente vem água torrencial. Todo molhado, não adianta se proteger. E você continua andando na chuva. Marcos Mineiro entrou assim numa briga de cachorro doido e levou alguns golpes abaixo da linha da cintura. Continuou de esgrima defendendo-se de pauladas. Baixadas as chamas, no rescaldo, recolho uma preciosidade:

“…Torcedor do Cruzeiro desde os tempos do Estadinho JK no Barro Preto…”

Caro Marcos, também frequentei e sinto saudade.

8. BCO – De louvar-se, a tentativa de começar o Ano Novo com diferente postura: civilizada, participativa, ética. Fez a primeira mensagem do Bate Papo. Pra azar seu e nosso, escolheu uma “piada” sobre Hulk no Big Brother que lembra  os piores programas de chanchadas.  Aqueles em que tirar a cadeira quando a pessoa vai se assentar leva o auditório à loucura…  idem pra jogar casca de banana na rua e esperar um desavisado escorregar…

Meu caro BCO, acredito ainda na sua recuperação,  na volta à sua primeira fase de QUINTAL. Lembra? Aquela em que várias mulheres participavam, sem receio ou constrangimento. Que se usavam nomes ou codinomes. Não fakes, que foram uma lamentável invenção sua. E o pior: assumindo codinomes de quem interage neste espaço.  Policie-se mais quanto à vocação pra baixarias. Se quiser fazer piada,  não se esqueça de que  o senso de humor está umbilicalmente ligado ao nível de neurônios em funcionamento. Se não sabe brincar, não desce para o play. Apelar a palavrões é confirmar digitais. Dê-se um tempo pra reflexões e avalie se você quer se submeter, tal como no ano passado, ao linchamento voluntário-masoquista-bissemanal. Não é uma boa nem pra você nem para os leitores, encontrando aqui expressões de profundo mal gosto. Pra você não gastar tempo com outras elocubrações vazias, descabidas, inoportunas vou repetir quatro lembretes:

01. Este minifúndio é democrático;

02. Ser chamado de Galai não me ofende. É criativo. O que me ofende é ler neste QUINTAL palavrões gratuitos e linguagem chula, de adulto que não cresceu.

03. Textos acobertados por fakes são liberados se a mensagem não é ofensiva, baixa, intelectual e moralmente. De uma vez, por todas: Não importa quem assina e, sim, o que está escrito.

04. Ficam ridículas suas tentativas de se passar por outros participantes deste Bate Papo. Mais ou menos como colocar asas num elefante e pensar que os outros estejam vendo nele um pássaro.

E então? Podemos contar com seu “recolhimento estratégico revisional” por pelo menos duas semanas?

GARIMPO

Neste início de ano, com inflação de abraços, é bom lembrar os quatro tipos a que estamos sujeitos:

(1) abraço de amigo;  (2) abraço de tamanduá; (3) abraço de urso, também conhecido como “beijo de Judas”;  (4) abraço de afogado, tipo “tô perdido, mas não vou sozinho.”