O CAMINHO CERTO PRA ENCARAR O REMO!

Na terceira vitória consecutiva, o Cruzeiro faz 1 x 0 contra o Grêmio, concorrente direto, mostra progressos – principalmente na defesa e meio de campo – e inflama a torcida para o jogo de volta, quinta-feira, contra o Remo, pela Copa do Brasil. Assim como aconteceu contra a Chapecoense, o meio de campo vem se encorpando, encontrando posições estratégicas para a retomada de bolas e disputa das divididas. Tudo com a garra necessária, um companheiro motivando o outro, resultando desse esforço o constante desarme do adversário. 

Estavam em campo 11 títulos da Copa do Brasil, seis do Brasileiro e cinco da Libertadores. Não foi um jogo comum. Apesar da situação atual dos dois Clubes, esse passado se agiganta para, como antes, emocionar multidões.

Encerrada a partida, a Nação Azul nem queria deixar o Independência pra festejar, ainda com os jogadores em campo, mais um pouco a grande vitória.

O técnico do Grêmio, Roger Machado, destacou a “sinergia da torcida celeste” como um dos fatores responsáveis pelo resultado final. “A gente sentia isso nos jogadores”, disse ele.

Pezzolano também se referiu ao torcedor como um “décimo segundo jogador”, levando o time a crescer, a lutar e a vencer.

Não se poderia desejar melhor preparação técnica e psicológica para o jogo de quinta-feira, contra o Remo.

Entramos em campo já perdendo por 1 a zero, pelo resultado da primeira partida. Mas vamos virar!

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Melhor em campo – O narrador Oswaldo Reis, Pequitito, estreou em grande estilo na Rádio Itatiaia. Poderia disputar o troféu de Melhor em Campo, tal o grau da emoção que literalmente transmite. A expectativa é que o jogo de quinta-feira, contra o Remo, terá dobradinha de Alberto Rodrigues e Pequitito.  É Neymar e Messi no mesmo ataque. Na votação para escolha do melhor em campo, a equipe de esportes da emissora dividiu os votos em Lucas Oliveira, Neto Moura, Brock e Geovane. Ganhou o primeiro, mas a diversificação é excelente termômetro pra medir a temperatura do time. 

2. Atlético 1 x 2 América – Nem os atleticanos suportavam mais os efeitos colaterais de sua longa invencibilidade diante do América: “Desde a inauguração do bondinho do Pão de Açúcar, o Atlético não perdia para o América”; “Na última vitória do América, Dom João Sexto reclamou que a coxa de frango tava salgada”…

Acabou, felizmente.  O mundo vai voltando ao normal, renovando ciclos.

Sábado, Hulk compôs um capítulo à parte. Pela primeira vez, em sua temporada mineira, foi peitado por um árbitro. Quando iniciava – como sempre – sua persistente e insistente “assessoria auricular” ao juiz, preparando eventualmente um “pênalti à la Hulk” foi brecado por um inusitado cartão amarelo. 10 minutos do primeiro tempo! O herói é o goiano Wilton Pereira Sampaio, certamente calejado de ver aquela “jogadinha”, cansativamente matreira, sendo preparada e executada na maioria dos jogos do Atlético.  Ao final da partida, procurado pelos repórteres, Hulk recusou-se a falar, mandando que entrevistassem o juiz (?). 

Antes que a barraca atleticana despeje sua artilharia contra o blogueiro quero propor a paz: aceito que Hulk seja um dos principais jogadores brasileiros, no momento; e vocês admitem que, sim, há um “jeito Hulk’ de “preparar” o juiz…

3. Salve Jorge! –  No embalo do protesto de Marcos Mineiro contra linguagem inadequada neste QUINTAL, reconheço que houve colocações imprecisas, inclusive do blogueiro, que provocaram suspeitas injustas. Um dos que se sentiram atingidos é Jorge. Pensei em completar a frase com um “sem motivo”. Recuei, porque o subjetivismo presente nestas questões, merece respeito. Quem se sente ofendido tem razões que o indigitado ofensor não percebe, porque ligado a outros focos.

Lendo textos de Jorge, neste QUINTAL, bem redigidos, contundentes pelo raciocínio arguto, fica-se com a impressão de que, mesmo se pretendesse, não conseguiria usar linguagem baixa, de botequim de meretrício verberada por Marcos Mineiro. Na última coluna, mostrei o DNA de quem me agride tanto.  Ainda mais lamentável que o “estilo”, é a motivação: mágoas de bandidos que afastei do Cruzeiro.

Enfim, meu caro Jorge, o veredito: você está condenado a permanecer na barraca atleticana. Liberação só para o Porta dos Fundos!

4. Sassá, depois de dois anos e meio numa nave espacial, aterrissa e se espanta:

“Essa pandemia do Covid-19 realmente é muito danadinha… em 2020 ela trancou todo mundo em casa e deixou escapar apenas 4 times da Série B que conseguiram fugir pra divisão superior… e não é que em 2021 ela repetiu a dose! Muito azar do Cruzeiro não ter conseguido sair de casa nesses dois anos! Ó vida, ó céus! ”

Sassá, bem-vindo à Terra. A pandemia pegou todos os times em pé, lutando. Só o Cruzeiro estava no chão, arrasado por um tsunami interno que destruiu todos os seus recursos.

Entendeu, ou quer que desenhe?

5. Marcilio sapateia e rola em cima do blogueiro: 

“Dalai não é capaz de fazer uma pesquisa sequer. O Hulk já jogou a Série A em 2004, pelo Vitória da Bahia:

1. Campeonato Brasileiro: Fluminense 3 x 2 Vitória – 9 de setembro de 2004;

2. Vitória 1 x 2 Internacional – 19 de setembro de 2004.

Foram dois jogos, mas jogou. Larga de preguiça, Dalai. ”

Meu caro Marcilio, será que JOGOU?   Vestiu a camisa apenas em dois jogos, como centroavante.  Em 180 minutos não deu um chute a gol e o time acabou rebaixado.

6. Sem Paciência questiona as 7 chaves do Paraíso de Alice:

 “… de onde inventou que são 7? É número de mentiroso…”

Não inventei. Observei, apenas. Nessa barraca atleticana, além de torcer, há os que fazem freelance de visionários. São sete: Jorge, João de Deus, Galo Doido New York, Teobaldo, José Antônio, Marcilio e você, meu caro Sem Paciência. A qualquer pretexto, pincelam o paraíso, com vitorias e troféus se sucedendo, sob um maná de euros… enquanto os novos 4 Reis Magos chegam à manjedoura do bairro Califórnia, inovando com presente único: pó de piripimpim.  Milagroso, transforma saldo devedor em saldo credor, corrigido… 

7. Teobaldo, após auto bloquear-se, volta ao QUINTAL pra perder ponto batendo lateral: transcreve uma frase da coluna anterior – “… estamos em bom momento técnico, em especial com um meio de campo ajustado” – e pergunta: “É sério isso? ”

Esta pergunta foi feita antes do jogo. Hoje, segunda-feira, após um “fim de semana perfeito”, você repetiria a pergunta?

Não satisfeito, distraído, enfia a mão em buraco de tatu, censurando o apoio do blogueiro à nova Liga pretendida pelos clubes – “Só uma simples conferência da ficha criminal da CBF nas últimas décadas justifica a iniciativa”. Para combater essa afirmação, Teobaldo escorrega feio na maionese, e ainda em caixa alta:

“E AS FICHAS CRIMINAIS DO EX-CRUZEIRO E SEUS DIRIGENTES? O QUE DIZER DELAS? DESCULPE, MAS ISSO É TÍPICO CASO DO SUJO FALANDO DO MAL LAVADO! ”

Meu caro Teobaldo, este comentário não é digno de seu prestígio no QUINTAL! Se quiser, mandamos apagar as notas taquigráficas… 

Vamos por partes, como diria o Jack:

1. Alguma coisa contra o fato de terem péssima ficha criminal tanto dirigentes ou ex, da CBF e a quadrilha que arrasou o Cruzeiro?
2. Qual “sujo” está falando do “mal lavado”? Desde a segunda quinzena de dezembro/2019 vimos combatendo sem tréguas a quadrilha que dizimou o Cruzeiro. 
3. Ainda que assim não fosse, você acha que um erro justifica o outro?
4. Quem sabe não seria melhor você hibernar por mais algum tempo?

8. Linchamento de blogueiro – Em 10 laudas da coluna anterior, sobre variados temas, foquei, em poucas linhas, en passant, o episódio da porta do vestiário de árbitros, arrombada, após o jogo do Atlético contra o Goiás e repercutido na imprensa nacional. O período foi o seguinte:

“Este QUINTAL apenas repercute fatos noticiados pela grande imprensa. As dúvidas surgem quando se tenta tampar sol com peneira. Exemplo: a porta do vestiário dos árbitros arrombada em Curitiba, após o jogo do Atlético. A foto mostra um fato. ”

Por descuido, numa coluna composta normalmente de cerca de 1.200 palavras, grafei Curitiba ao invés de Goiânia. O mundo desabou sobre a minha cabeça ante esse crime hediondo: energúmeno, caduco, paranoico, psicopata, terolero, licantropo, mentecapto, estroina, macavenco, dipsomaníaco e mais outras impublicáveis.

Meus amigos, com desculpas pela troca de uma capital por outra, lapso realmente merecedor dessa pancadaria, esclareçam-me, por favor: a porta de vestiário arrombada é fake-news?

9. Minas Gerais, estado do vôlei brasileiro! – Emocionantes, as finais de quatro times de vôlei, feminino e masculino, disputando o Brasileiro, todos mineiros!  A manhã de ontem reuniu em disputa, pela terceira vez, no masculino, o Sada Cruzeiro e o Minas. Cada um havia vencido uma partida. Pela sétima vez, o Cruzeiro venceu o campeonato nacional. Os três sets finais, principalmente o segundo, com 36×34 para o Cruzeiro, em 51 minutos de disputa, levou muita gente a pensar em uma fórmula de consagrar os dois, como campeões, em razão da absoluta igualdade. 

Janete Azevedo com razão, vem pincelando a grandeza do vôlei azul e o crescimento desse esporte na nossa torcida.

É só orgulho! 

GARIMPO

“Amarelo Manga”, filme de estreia do diretor pernambucano Claudio Assis (2002). 24 horas num submundo de vidas diferentes que se ligam por circunstâncias incríveis.  Um soco de realidade. Alguns críticos juram que Nelson Rodrigues assinaria o filme.

(colaboração de Manuel Panhame)