É AMANHÃ: FEIJOADA X MOQUECA

40 mil torcedores esperam testemunhar amanhã um novo Cruzeiro enfrentando o bom time do Bahia. Restaurado, reestruturado, linhas ajustadas, jogando pra frente, como um conjunto obstinado em vencer. O adversário é concorrente direto, ocupando o 7º lugar na tabela. Estamos logo abaixo e, vencendo,  trocamos de lugar com o Bahia. É a nossa meta. É o que merece a Nação Azul que nos últimos dez jogos, viu apenas uma vitória. Muito pouco, para o que somos; nada, para o que pretendemos ainda neste ano.

No meio de campo, um camisa 10 que o Brasil inteiro passou a conhecer, desde a última convocação para a seleção nacional. Matheus Pereira, pacificado com os seus melhores sonhos, entra em campo com a responsabilidade dobrada. Passamos a depender ainda mais de seus passes mágicos, amaciando a bola para  os atacantes.

Na região onde atua deve esbarrar com um antecessor de sua camisa e que deixou saudades; Everton Ribeiro. Teve a sua época e mereceu toda a admiração azul. Valeu! Mas a fila anda. Desculpe-nos, agora é MP-10.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Ainda a “recepção” na Arena MRV – Debate enriquecido, agora, por Paulo Augusto, Julia Rodrigues, Augusto Andrade, Roberto Carvalho e Fernando Barbosa. Valorizaram este minifúndio.

Sob minha ótica, entre vários argumentos pra defender o indefensável, Paulo Pimenta, contando com chancela de Roberto Cardoso de Sousa, disparou:

“…Dê uma pesquisada na internet e verá casos e casos de quebradeira de torcidas rivais nos estádios próprios dos adversários (torcida do Corinthians no Allianz Park, torcida do Palmeiras na Neo Química, torcida flamenguista em São Januário)…”

Meus caros, de fato há vândalos em todas as torcidas dos grandes clubes. Para extirpa-los é preciso vontade política e obstinação dos dirigentes, como conseguiu fazer a Inglaterra sempre à frente pra tentar consertar o mundo, como acaba de ocorrer no caso do carvão vegetal.

Voltando à nossa paroquia, apelo à sua pródiga imaginação:

Conceba a hipótese catastrófica de torcidas, do Corinthians e do Palmeiras, entrando no estádio adversário, sendo recebida, nos portões, com atos truculentos de seguranças, e, nas dependências internas, encontrando banheiros sem portas nem papel higiênico, nem água, bares fechados, painéis opacos na arquibancada tolhendo parcialmente a visão…

Não precisa responder.

Nestas próximas semanas, temos muito a comentar sobre façanhas de nossos times.

2. Tsunami – Com frequência, surge nesse Bate Papo, esfregada na nossa cara, a extensa relação de credores do Cruzeiro. Em muitos dos itens em que fixo os olhos, vem à tona uma lembrança dos desmandos daquela administração que corroeu as reservas do Clube. Sem mais nem menos, salários de 20 mil elevados para  50. De 100, para 150. De vários beneficiados, ouvi confissões de espanto e incredulidade com as inesperadas benesses. Coisa de louco. Um médico me revelou que tentou mostrar seu desconforto com inusitada majoração de salário e foi ironizado por Itair Machado. Por estas e por outras, o  Cruzeiro se tornou um desses guarda-roupas de madeira antigos, corroídos internamente pelos cupins. Fachada intacta. Interior consumido  pela praga. De fora, você não suspeita do desastre interno. Este tsunami só foi descoberto em fins de 2019, com o afastamento da diretoria. 

Assumimos e, em pouco mais de um mês, coração e alma nas nuvens, arquitetamos sonhos de renascimento.

Veio a pandemia e, por dois anos, trancou o mundo em casa.   

3. Torcidas – Debates apaixonados embaçam a razão. Cruzeirenses e atleticanos são absolutamente iguais neste plano: pegam pedaços favoráveis, de um todo, e projetam como se fossem tudo. Pesquisas parciais e, às vezes, fakes, que deveriam ser apenas  um alento momentâneo,  repetidos, são projetados como verdades absolutas. Nessa briga permanente estão: maiores públicos, maiores  torcidas, maiores rendas, forma de cair para a B, etc, etc.

Com a isenção possível, gostaria de propor alguns postulados sobre os quais qualquer discussão é perda de tempo:

1. Série B – Por circunstâncias absolutamente contrárias, Cruzeiro e Atlético caíram para a B de forma oposta: Cruzeiro, torcida revoltada depredando o estádio; Atlético, torcida chorando, cantando o hino do Clube.

2. Número de torcedores: Em Minas, 70% Cruzeiro;  Na Capital, meio a meio, com ligeira vantagem azul;

3. No Brasil, após Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, disputamos o quinto lugar com o Vasco. Atlético, abaixo do décimo;

4. Troféus e títulos – sem a mínima possibilidade de comparação;

5. Os últimos quatro anos: vantagem absoluta do Atlético.

4. Sub-20  Azul – Agora sob nova direção: Luciano Dias, profissional de 54 anos e que foi auxiliar técnico do Corinthians em 2023. Substitui Fernando Oliveira, desligado semana passada, após derrota para o Palmeiras. Como jogador, Luciano foi campeão da Libertadores de 1995, pelo Grêmio tendo como companheiro de equipe Adilson Batista, agora coordenador das categorias de base do Cruzeiro.

5. Rei Melo & Censura – Como sempre sem meias palavras, Rei Melo fuzila:

“Quanto a censura Dalai, esse imbecil que infesta seu blog não tem vergonha, nem educação… deixa esse lixo escrever aí… Deve ser um idiota sem nem gente pra conversar… nem cachorro deve ter porque pelo que escreve e se esconde atrás de fakes, cachorro nenhum chega nem perto… e cachorro não lê e nem escreve! Censura esse idiota não… Esse babaca não deve ter nada pra fazer e fica aí usando nomes de outros pra tentar iludir a decepção que ele deve ser para a família… O palhaço do blog, tão engraçado…vamos rir dele, Dalai. Kkkkkkkk.”

Certamente, muitos dos cem mil leitores deste QUINTAL subscreveriam o desabafo de Rei Melo. Diálogos ridículos, forjados entre fakes se denunciam na primeira linha.

GARIMPO

Sobre pontualidade:

 “Tenho reparado que as pessoas que chegam atrasadas estão frequentemente mais alegres que as pessoas esperando por elas”.

(E.V. Lucas, jornalista inglês,1868-1938)