“EXISTE UM GRANDE CLUBE NA CIDADE!”

A Nação Azul, que lotou o Mineirão mais uma vez, comemorou não o empate, mas o momento mágico do time, batendo recordes sobre recordes. Conquistado o título de campeão, não é fácil superar no gramado o clima de festa. Daí, as jogadas perdidas que poderiam resultar na vitória. Os jogadores se esforçaram mas ficaram longe do padrão médio do time. O sentimento do dever já cumprido estava na cabeça de todos e, assim, o empate de 1 x 1 com o Ituano ficou marcado por apenas uma jogada genial, exatamente a que resultou no gol de Edu:  o lançamento, pelo alto, de Lucas Oliveira à “la Gerson”.  Na medida. O resto resumiu-se em tentativas e erros. A torcida não se importou e, encerrado o jogo, permaneceu nas arquibancadas até que a saudação viking dos jogadores percorresse os quatro cantos do campo. De emocionar. Como brinde, um espetáculo inusitado com drones elevando a emoção azul.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Filipe Machado – A festa não pode encobrir erro crasso como foi a expulsão de Filipe Machado. Cometeu falta clara pra cartão amarelo e reclamou certamente com palavrões contra o juiz, sendo expulso. Apesar de erros anteriores do árbitro, o jogador tem de compreender que esta atitude só traz prejuízos. Merece punição pedagógica.

2. José Antônio – não desiste da cruzada quixotesca (Dom Quixote também combatia moinhos de vento) visando provar que tsunami não existiu no Cruzeiro. A pandemia é admitida, até mesmo porque seria difícil nega-la:

“Talvez um dia o sr. vai se convencer que não vai convencer ninguém com essa “conversa pra boi dormir” da dupla caipira “Tsunami & Pandemia” tentando justificar a incompetência, a omissão e a ausência dos responsáveis…”

Meu caro José Antônio, “incompetência, omissão e ausência dos responsáveis” aconteceram mesmo. Mas o fator básico, que potencializou essas falhas, foi o deliberado esquema pra lesar o Clube. Crimes premeditados, executados sem dó nem piedade, sorrateiramente. A não ser a “corte presidencial” e os aproveitadores, ninguém mais tomava conhecimento. Assinatura de contrato não faz barulho. Criação de firmas fantasmas também. Idem, para cheques recebidos e pagos. Com a saída dos diretores e estourado o esquema só então foi possível visualizar as dimensões do rombo. Cofres arrombados; contratos mais que leoninos pra serem cumpridos. Se isto não se chamar tsunami…

3. Momento Azul – É fácil perceber: há um sentimento novo no ar, materializado na festa da Praça 6+1. Comemorações nas regiões mineiras e vários pontos do mundo. Com direito a destaque no noticiário internacional. Campeão antecipado da Série B, batendo todos os recordes históricos, o Cruzeiro reencontra aos poucos o caminho de sua grandeza, perdida nos últimos anos pela ação de malfeitores disfarçados em dirigentes e pela pandemia mundial. Nesta retomada, destaque especial para a força da Nação Azul. Agora mesmo acaba de ser divulgado o TOP 10 das Maiores Médias de Público do Brasil em 2022. Um atrevido time há três anos na Série B passa na frente de todo mundo, só perdendo pra um:

1. Flamengo – 55.975 pessoas

2. Cruzeiro – 40.002

3. Corinthians – 38.470

4. Palmeiras – 30.026

5. São Paulo – 33.749

6. Atlético MG – 33.195

7. Ceará – 31.906

8. Fortaleza – 31.159

9. Fluminense – 30.110

10. Bahia – 28.633

In claris cessat interpretatio.

4. Série B – estreia neste QUINTAL tentando se misturar à turma de humoristas liderada por Jorge, Pepeu, Marcilio, Teobaldo, João de Deus Filho, José Antônio, Bruno e outros. Acha de fina criatividade “dar nome de filmes aos adversários” e logo alfineta:

“Se a torcida do Cruzeiro fosse um filme, seria “Escravas da Vaidade”.  Para os últimos presidentes do Clube seria “Os Trapalhões”. E o Cruzeiro na B: “Amor Eterno”.

Meu caro, a ideia é boa, mas das três sugestões você acertou só uma: Os Trapalhões, para os últimos presidentes. Ficou até suave.

Para a Nação Azul, amigo, arrepiando os cabelos como acontece a cada jogo, o filme adequado seria um desses dois: 300 ou Invictus. É pra assistir com o coração na boca. E para o Cruzeiro na B, que tal Odisseia no Espaço?

Agora me permita sugerir dois filmes para o Atlético e você escolhe um:

“Últimos dias de Pompéia”  ou “A Queda do Império Romano”.

5. Rei Melo não renova o estoque de maracugina e quem sofre é o blogueiro. Não lutei pela contratação de Sassá. Ante a expectativa, disse apenas que poderia dar certo, assim como já aconteceu com o retorno de vários jogadores (remember Alex). Seria uma aposta válida. Umas são vitoriosas, outras frustrantes. Quanto a combater bandidos que assaltaram o Cruzeiro, por mais que você ignore, estamos do mesmo lado.

6. Loteria – de modo geral, contratações de jogadores são riscos necessários. A gente pode acertar ou não. Craques badalados viram foguetes molhados. Outros vêm como contrapeso e surpreendem (Nelinho, por exemplo). Há dois anos, meu filho Fernando Rocha participou do programa Bem Amigos, da Globo, juntamente com o zagueiro Geromel, e o técnico Jair Ventura. Coincidentemente, o Cruzeiro estava contratando, na semana anterior, o lateral Edilson, do Grêmio, e o volante Bruno Silva, do Botafogo. Enquanto esperavam o início do programa, batiam papo e Fernando ouvia as lamentações dos dois pela saída dos jogadores, porque eram “a alma” de Grêmio e Botafogo. No Cruzeiro não passaram de assombrações.

7. Cruzeiro Sim classifica de “tolice” do blogueiro aplaudir o Conselho dos Sete Notáveis instituído por Ronaldo:

“ o que, diabos, CEOs de telefônicas, de XPs e que tais nos interessa? ”

Meu caro, não vão entrar em campo nem treinar o time, pode ter certeza. Mas serão craques de seleção na hora de negociar nossas dívidas, planejar e atrair investimentos.

8. Augusto quer desidratar nosso título de campeão da Série B, “não tem graça nenhuma”. E pergunta:

“Onde enfiaram a faixa “Desde 1921 na Primeira Divisão”?

Augusto, no coração de cada cruzeirense, a faixa está na Seção Tsunami&Pandemia, junto com relatórios dos processos criminais instaurados a partir de 2019; cópias dos contratos estratosféricos; tabelas de classificação mensais, de 2020 e 2021, quando não chegamos nem na primeira página. Ameaçados de cair para a C. Mas lá estão também os recordes batidos em 2022, marcando o despertar de um gigante.

9. Eduardo Silva, corajoso, estreia no QUINTAL colocando ordem na Barraca Atleticana, infestada de “sambiquira de codorna”. Sem meias palavras, dá choque de realidade na turma, observando que “o uropígio dos atleticanos (também conhecido como occipucio, rabiosque, toutiço, espinhaço ou pousadeiro) está inflamado e latejando com o medo e terror que causa a volta do Maior de Minas à Série A”.

Depois, em poucas e duras palavras, pincela a realidade atleticana hoje:

“Clube falido, vivendo de mesada dos mecenas que agora querem passar a draga pra frente, elenco que falaram valer milhões estão rasgando a cloaca com a unha pra almejar uma vaga na sul-americana do ano que vem. ”

É mentira?

10. JCSR indica o melhor caminho para o Cruzeiro:

“manter o foco e a pegada pra bater todos os recordes possíveis: público, renda, pontos, artilharia, etc. Isto vai significar mais dinheiro em caixa mais visibilidade, mais patrocínios. ”

Quanto ao Mineirão, e tendo em vista as declarações do Governador Zema sobre a possibilidade de rompimento do contrato com a Minas Arena, sendo paga a multa rescisória, JCSR faz interessante observação:

“Estamos vendo um movimento aí da possibilidade do Mineirão ficar total ou parcialmente sob a gestão celeste: 62.000 lugares por 400 milhões, enquanto o outro lado leva 45.000 por 1 bilhão de reais. Eita gestão eficiente essa hein?!”

GARIMPO

“A vida me fez um papelão. E eu fiz do papelão a minha vida. ”

(Lema da ASMARE – Associação dos Catadores de Papelão e Material Reaproveitável – BH)