MELHORES EM CAMPO FORAM OS 58.397 TORCEDORES!

O líder da Série B fez o seu papel vencendo o Sampaio Corrêa por 2 x 0, com 58.397 pagantes. O líder da Série A, Corinthians, no clássico contra o São Paulo, colocou na sua arena 45.000 pagantes.

São apenas números. Ninguém quer nem pode comparar Série A com a B…

No Mineirão, sem dúvida, o nosso trabalho tornou-se menos difícil pela expulsão de um volante do adversário, aos dez minutos do primeiro tempo.  A torcida brilhou na arquibancada voltando a ser o décimo segundo jogador. Após o apito final, ninguém saiu. Jogadores permanecendo no gramado retribuindo com aplausos o apoio recebido. A sexta vitória consecutiva consolida a autoestima, melhora atuações individuais e vai ajustando sistemas como ocorre agora com a defesa e o meio de campo. A posição na tabela de classificação e os números de desempenho confirmam esse progresso, refletido também em 80% de aproveitamento na Série B. Merecem reparos, porém, as jogadas no último terço do campo e batidas de escanteios. É evidente que, na liderança, o Cruzeiro ao mesmo tempo que se transforma em time a ser batido, leva os adversários a se reforçarem na defesa, formando ferrolhos difíceis de serem rompidos. Aí a fórmula única da vitória são os treinamentos específicos de jogadas em profundidade e escanteios criativos. Tivemos exemplo disso, na manhã de ontem: O jogo se desenvolvia num teimoso 0x0, mas com as substituições de intervalo, Pezzolano quebrou o bloqueio do Sampaio Correa. Em 2 minutos, nos pés de um iluminado Rafa Silva, fizemos 1 x 0. Depois, com ele mesmo dando assistência a Edu, completamos 2 x 0.

É isto que temos de fazer. Daqui a pouco, sorteio indicará nossos adversários na Copa do Brasil. Paradas duríssimas.

Mas o gigante está acordando…

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Show da Torcida Mineira! Só num final de semana, fazendo inveja ao Brasil todo, em números redondos 90 mil torcedores foram colocados no Mineirão!

Quinta-feira, pela Libertadores, 30 mil atleticanos vibraram com a vitória do seu time sobre o Independiente Del Valle, por 3×1.  No domingo, 60 mil cruzeirenses coloriram a vitória sobre o Sampaio Corrêa por 2 x 1. 

Óbvio, são competições distintas. Como já afirmado, nem há termo de comparação entre Série B e Libertadores…e Série A.

2. Tostão – Com a discrição que vem pontuando a sua vida, apesar de todo êxito como jogador, médico e agora cronista, Tostão foi fotografado domingo no Mineirão, assistindo a vitória do líder. Se faltava algum sinal de que o Cruzeiro, hoje, é outro, agora não falta mais nada.

3. Jorge – Debate ocasional sobre os costumes, tendo por pano de fundo a homofobia e o bullying, iniciado por João de Deus, apoiado por Sem Paciência, contestado em parte por Atleticano, e tumultuado por este blogueiro, levou Jorge a produzir um bem elaborado mini-ensaio sociológico projetando a voz dos excluídos que, por séculos, fingimos não ouvir.  Depois de ler e reler o texto de Jorge concluí que tanto João de Deus e Sem Paciência quanto o blogueiro não soubemos externar o real sentido de nosso pensamento. Primeiro, vamos excluir os excluídos. Aqueles, portadores de alguma imperfeição física ou que saíram do curso “normal” quanto à sexualidade estes, nunca, em tempo algum, eram alvo das “gozeiras” em foco. Mas, é verdade, não tinham voz no passado e agora, graças aos benvindos movimentos libertários, conquistam cada vez mais o seu justo espaço, ainda que haja tanto por lutar. O “tempo antigo, melhor”, não era de ofensas a essas pessoas. Isto era e é inadmissível. Falávamos de quando se podia xingar de tudo a torcida adversária e, em revide, ser xingado dos mesmos impropérios. As maiores vítimas eram as mães. Parecia haver um entendimento tácito de que aquilo não era discriminação, porque em verdade, não havia intenção de ofender, apenas de gozar o adversário esportivo, tanto assim que as torcidas deixavam juntas o estádio. Hoje, uma espécie de jaula separa os torcedores. Uma fica presa, esperando a outra sair e deixar os entornos do estádio, como se fossem bichos selvagens. Concordo que a revisão dos temas hoje classificados de “homofóbicos” indica não ter sido politicamente correto o procedimento antigo. É certo que, tal como lembrado na coluna anterior, “ofensas iguais se anulam”.  Sim, entre os “ofendidos” de raspão, pelos ouvidos, e que retrucam na hora.  Mas e aqueles, sem voz, invisíveis, para os quais os termos cantados se transformam em espada cortando a alma?

Irrespondível e irretocável a observação de Jorge:

“Também na minha juventude numa partida de futebol, eu brincava com amigos usando epítetos homofóbicos e os recebia de volta sem que eu ou eles se importassem com a brincadeira. (…) Como nenhuma das partes se identificava com tais epítetos, ninguém se sentia ofendido. Ocorre que à nossa volta, sem que percebêssemos ou importássemos, sempre havia aqueles para os quais essas qualificações se aplicavam e que se sentiam depreciados, humilhados, excluídos por ouvirem tais brincadeiras. Mas quem se importava com eles, né? A sociedade era dos “normais”, dos “fortes”, dos “qualificados”. Onde entrava aí o homossexual, o portador de necessidades especiais, o negro, a mulher nesse mundo extremamente machista, racista, homofóbico e “normal”?

Jorge, manda o PIX pra gente pagar a lição.

4. Atleticano conferindo ao blogueiro um poder que ele não tem:

“Dalai, pelo tom das suas respostas, está nítido que você está ainda, ou novamente, tentando implantar uma crise no Atlético. Nada surpreendente, vindo do blogueiro que passou todo o ano de 2021 procurando motivo pra declarar uma crise incorrigível onde não havia…”

Meu caro Atleticano, não tenho este poder.  Se tivesse, é claro que implantaria.

Você vai negar que o time está rateando? Que houve vaias nos últimos jogos? Que vários grupos sociais fizeram campanha pra tirar o treinador? Na última partida, contra o Independiente Del Valle, o placar de 3 x 1 espelha o que foi o jogo?

Se puder responda sem paixão, por favor.

5. Presidente SSR promete: não disputará reeleição – Ainda bem, porque o Estatuto proíbe três mandatos consecutivos. Lá atrás ele até que tentou, articulando um projeto de reforma no qual incluiu um casuísmo, que também atende pelo codinome “jabuti”, pelo qual o mandato tampão deixaria de ser, pra ele, empecilho à terceira eleição. Outra “inovação” proposta daria ao presidente o poder de distribuir a honraria de “Sócio Benemérito”, como se fosse tomate na feira. 

Modéstia à parte, explodiu neste QUINTAL a reação contrária, seguida até por ações judiciais logo acatadas. Para a felicidade geral da Nação Azul, o “projeto” de reforma desmilinguiu-se.

6. Marcos Mineiro pede a atenção dos cruzeirenses sobre a coluna de Kelen Cristina, no Estado de Minas. Show de bola ao pincelar os novos tempos azuis, desde a administração, o treinador e o desempenho em campo.

7. JCSR – curto e grosso:

“Dalai, quero tocar em 2 pontos hoje:

1. Ao contrário do ano passado, quando o Cruzeiro só empatava e os concorrentes ganhavam, este ano vem ocorrendo o contrário. Os 4 de ontem terminaram empatados.

2. Público de Atlético x Del Vale: 28.000 “torcedores”; Cruzeiro x Sampaio Correa: mais e 50.000 “simpatizantes. Haja “simpatizantes”, hein!

JCSR –  muito bem lembrado. O assunto é tema da coluna de hoje. Embora não se possa mesmo comparar Libertadores da América com Série B…

8. José Antônio, apesar de sempre atento, plugado no que acontece, distraiu-se e não percebeu que seu anjo da guarda foi conferir a temperatura em Maria da Fé. Resultado: soltou a bola quicando na área, pra JCSR

“Vamos ver quanto será a renda!!”

JCSR não perdoou e marcou!

 “Caro José Antônio, o público foi superior a 58.000 pagantes e a renda de R$ 2.466.000,00. Algum comentário a respeito? ”

In claris cessat interpretativo.

9. Galo Doido New York, tirou uma soneca no sábado após lauto almoço e, semi desperto, começou a sonhar descrevendo o que via. Não percebeu que o seu celular estava ligado no modo transcrição de palavras…  O resultado foram expressões desconexas, envolvendo até o vetusto Conselho de Sábios da Grande Dores do Indaiá. Mas a “pérola” maior temos o dever jornalístico e humanitário de transcrever:

“… Enquanto isso, a Elite de Lourdes continua batendo recordes após recordes. ” 

(?) Será que essa Freud explica?

GARIMPO

“Tudo que é fácil de ler é difícil de escrever  e vice-versa. ” 

(Telmo Martino)