SÁBADO 16H, REENCONTRO COM O NOVO CRUZEIRO!

Será contra o Santos, no Independência, o jogo do Cruzeiro pela quarta rodada do Brasileiro/23. Time em franca recuperação, peças ajustadas e outras ainda em testes. Não podemos tirar os pés do chão ao mirar as estrelas. As dificuldades serão muitas exatamente porque ainda somos noviços em terra de gigantes. Como sempre, a sabedoria está em dosar farinha com pirão. As três primeiras partidas nos surpreenderam positivamente, até mesmo contra o Corinthians quando perdemos podendo ter vencido. Contra o Grêmio houve, por assim dizer, um surpreendente cartão de visitas de Pepa se apresentando à Nação Azul. Destaque maior para o que não víamos nos últimos jogos com Pezzolano: entrosamento entre defesa e meio campo roubando praticamente todas as bolas inimigas que transitavam no setor. Isto é a essência de qualquer bom time. Dúvidas ficam para o difícil setor da execução. O passo derradeiro sem o qual o tudo vira nada. Aí entram a arte, a técnica, a inspiração que diferenciam craques e cabeças de bagre.

Depois de amanhã, Estádio da Independência lotado, a Nação Azul garantindo mais um show. Tomara que a árvore da esperança, germinando jogo a jogo, ganhe mais raízes.

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Marcos Mineiro acha que o blogueiro foi “severo” na análise de Bragantino 0 x 3 Cruzeiro. Talvez tenha razão, mas me assustou a sucessão de perdas de bola no meio campo ao contrário do que havia acontecido no jogo contra o Grêmio. Pareceu-me que a gente pecava naquele importante dogma: onde falta inspiração tem de sobrar transpiração. Na verdade, somos todos sobreviventes de guerra e nos atormenta ainda a lembrança de um passado recente.

Mas Marcos têm razão: “Então vamos para as estrelas”!

2. Jamicel entra logo após e potencializa o otimismo. Esteve em Bragança Paulista, foi ao campo e impressionou-se com a sinergia entre torcida e time.

Meu caro Jamicel, pela TV também deu pra perceber. Inclusive, jogo acabado, os torcedores permaneceram em campo até que os jogadores se aproximassem dando início àquela espetacular saudação viking, apropriada pela seleção da Islândia e pelo Cruzeiro. De arrepiar!

3. Luiz Barcelos matando de inveja o dorense Galo Doido New York:

“A família da minha mãe foi criada e cresceu em Bom Despacho. Meus avós Luiz e Toninha, meus tios Clarinda, Romeu e Padre Jaime Lopes Cançado e minha saudosa mãe Luizinha…”

Todos de Bom Despacho, que tem maioria de cruzeirenses.

Luiz, o interior mineiro é 70% azul. Com muito orgulho.

4. Jorge levantou-se mais cedo pra curtir melhor o feriado do Dia do Trabalho. Em verdade, não havia dormido bem por causa daquele incrível Botafogo 3 x Flamengo 2. Se possível, queria que os dois perdessem. O Flamengo, por óbvias razões. E o Bota, porque será o próximo adversário do Atlético. Foi nesse clima que Jorge, indo à geladeira, confundiu limonada com o Chá de Santo Daime. Tomou copão cheio. Minutos depois, olhar estranho, fixado no horizonte, como se estivesse ao lado do Mágico de Oz… e passou a escrever como se psicografando texto de Stanislaw Ponte Preta, revisado por Chico Anísio:

Reclama de pênalti contra o Cruzeiro, no jogo com o Náutico, não detectado pelo VAR (!!!)

Meu caro Jorge, o VAR não acusou, porque não houve falta. Só você viu. Ao contrário daquela semi final do Atlético contra o Athletic: todo mundo viu o pênalti, inclusive o VAR, menos o árbitro.

O efeito alucinógeno sobe um grau e Jorge nem percebe que está cometendo ato falho:

“… ouvi alguns falarem que no mínimo 40% dos títulos do antigo Cruzeiro estariam contaminados com alguma ocorrência benecyana desse tipo.”

Que é isto, Jorge? Dando milho pra bode? Até os postes da rua sabem que esta estatística é do Atlético e se refere aos títulos de campeão mineiro. 40% na Mão Grande!

O chá “ferventa” mais e Jorge pega carona com João de Deus pra comentar o carro lotado com que Ronaldo foi ao Independência, carregando gente até no porta malas. Pelo seu passado neste Bate Papo concedo-lhe o mesmo beneficio oferecido ao João: se fizer pedido por escrito, esta barrigada terrível… terrível, será apagada das notas taquigráficas.

Seguem gozeiras justificáveis sobre o nosso atacante Gilberto e a perda de gols incríveis. Mas, me responda por favor: quem tem Vargas pode entrar neste terreiro?

A “viagem” passa para o modo avião e Jorge se empolga com as propostas de SAF para o Atlético: a menos sedutora é 36 vezes maior que a aceita pelo Cruzeiro! Coisa fantástica! O Atlético cedeu 130% do Diamond, mas conserva ainda 25%, operação explicada pela IAT -Inteligência Artificial Turbinada. Sob este mesmo enfoque o Atlético, com a SAF, “perde, mas não perde” a Arena ainda não inaugurada, o CT e outros penduricalhos. Ainda há saldo milionário a receber… Coisas pra Jorge, Chá de Santo Daime e a IAT explicarem.

5. Dalai “insuportável mala sem alça” – Em alguns dos quase cem grupos que recebem este QUINTAL fui questionado por não censurar aquela imprecação. Claro que não era caso de censura. Trata-se de opinião forte, mas sem ofensa moral ou palavrão.  Fiquei até tranquilo porque no amplo quesito “Mala Sem Alça” estou no grupo menos rejeitado, exatamente aquele que dá origem à série. Depois, cada vez piorando mais, vêm os “mala sem alça e com fecho-éclair estragado”, sem rodinhas… com chuva… e, finalmente, o fim de linha, aquele cara que, com licença do Eduardo Silva, “dá azia em canteiro de boldo”: tudo isto e ainda com greve de taxis e aplicativos…

6. Novo “Trio Maldito” atleticano? – Artilharia pesada quando se encontram, numa rodada de Chá de Santo Daime, Jorge, Panhame e João de Deus! Sai de baixo! Juntando-se os inspirados textos destes três, na última edição, melhor encerrar logo o campeonato brasileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores pois já têm vencedor garantido. Desta vez, a ayahuasca como um foguete supersônico colocou os três nas nuvens, embalados suavemente pelo som de harpas angelicais. Manuel Panhame “descobriu” mais quatro ou cinco conquistas atleticanas, desde a Idade Média, que vão se transformar em Campeonato Brasileiro. Jorge e João de Deus repetem o triplo mortal carpado, aplicado à matemática, à gramática e ao bom senso, com resultados “inebriantes”… A partir daí, forma-se um céu de brigadeiro para o Clube. A maior e mais sedutora mágica converte Passivo em Crédito. Facilita tudo porque títulos a pagar tornam-se a receber. O encontro dos três encerrou-se com a chegada de Alice que, cantarolando “põe aqui o seu pezinho”, os conduziu até a porta de saída do Paraíso.

7. Terça com terço na mão – O sorteio de partidas da Copa do Brasil, para a próxima fase de Oitavas de Finais realizou-se terça-feira, no inicio da tarde, e colocou torcedores agoniados. Em verdade, a gente não sabia bem o que queria. Só o que não queria, para essa fase.

Grêmio x Cruzeiro foi o último sorteio e nem precisava porque só faltavam os dois Clubes. Creio que não temos motivos nem pra lamentar nem pra aplaudir. São duas equipes egressas da B, em recuperação. No momento o Cruzeiro parece melhor ajustado. O bom é que a decisão desse mata-mata será em BH. “Bate outra vez, com esperanças o meu coração…”

8. Gol de placa – Eduardo Silva dá a “má nova” pra nós. Disse que “zapeando informações do dia” deparou-se com esta:

“Atlético contrata publicitário renomado para racionalizar a marca do clube. Diretoria acertou com Nizan Guanaes um projeto de nacionalização do clube; objetivo principal é aumentar o número de torcedores em outras regiões do país.”

A notícia, caso se confirme, permite abordagem sob vários ângulos, inclusive a discussão sobre eficiência de campanha assim sem o respaldo de um grande time nos gramados. Há que se considerar também a confissão implícita de que o Atlético está menor do que pensam seus diretores.

Como ex publicitário, redator de propaganda, o blogueiro quer dar seu testemunho sobre Nizan Guanaes. É um “pelé” (adjetivo que acaba de ser criado, oficialmente.) Em propaganda e marketing, Nizan sabe tudo e mais alguma coisa. Queria ele no Cruzeiro.

GARIMPO

“O avião é mais pesado que o ar, tem motor a explosão e foi inventado por brasileiro. E você ainda quer que eu entre nele?”

(Vinicius de Moraes)